Um dos principais problemas ambientais que ocorre com o processo de exploração do xisto é a produção de quantidades maciças de xisto retortado de alta alcalinidade. Este resíduo, depositado em larga escala, libera elementos tóxicos no ambiente, poluindo o solo, a água de superfície e até o ar atmosférico. Avaliou-se o efeito do xisto nas características químicas do solo e na nutrição do tomateiro em dois experimentos conduzidos em Argissolos Vermelho Amarelo, em ambiente protegido. Foram aplicadas e incorporadas ao solo as doses de 0; 3; 6; 9 e 12 t ha-1 de xisto. O delineamento utilizado foi em blocos ao acaso com quatro repetições. A adição de xisto promoveu aumento significativo nos teores de enxofre e silício no solo e nas folhas do tomateiro. Não foram verificadas alterações no valor do pH do solo nem nos teores de cátions trocáveis, mas, observou-se aumento na disponibilidade de fósforo. Não se verificou dano ao ambiente, por contaminações químicas de metais pesados, nem diminuição na produtividade do tomate em função da aplicação dos tratamentos. O xisto se mostrou apto para ser usado na agricultura, nas doses utilizadas.
Lycopersicon esculentum; metais pesados; silício