RESUMO
Espécies de Thysanoptera podem transmitir vírus para vegetais da família Solanaceae, incluindo plantas de tomate para processamento industrial, causando a doença vira-cabeça do tomateiro (TSWV). A resistência dos tripes a inseticidas indica a necessidade urgente de técnicas adequadas às práticas de Manejo Integrado de Pragas. O objetivo foi avaliar a eficiência de controle (CE%) de Frankliniella schultzei (Thysanoptera: Thripidae) com o fungo Beauveria bassiana (Bb), o indutor de resistência silicato de potássio (KSil) e o inseticida químico profenofós + cipermetrina (PC) isolados, ou em misturas binárias. Os tratamentos foram aplicados via foliar nas plantas de tomate com Bb (T1), KSil (T2) e PC (T3) isolados ou em misturas binárias Bb+KSil (T4), PC+KSil (T5) e Bb+PC (T6). Os tripes foram amostrados com bandejas plásticas aos 0, 1, 7, 14 e 21 dias após a aplicação (daa). A CE% de cada produto (isolado ou em misturas) diferiu em todos os intervalos de tempo. O tratamento Bb+KSil teve alta CE% desde as primeiras 24 horas da aplicação até o final do período experimental, variando entre 95% (1 daa) a 41,5% (21 daa). A CE% diminuiu em todos os tratamentos com um comportamento quadrático ao longo do tempo. O inseticida PC, isolado, apresentou uma diminuição para a CE% através de uma regressão linear. Análises de agrupamento indicaram que o efeito do Bb+KSil foi mais heterogêneo do que o dos outros tratamentos avaliados. O sinergismo entre Bb e KSil, em mistura, indica seu potencial em programas de Manejo Integrado de Pragas de F. schultzei em plantas de tomate para processamento industrial.
Palavras-chave:
Frankliniella schultzei; Solanum lycopersicum; fungos entomopatogênicos; silício; sinergismo; mistura em tanque
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