Com o objetivo de estudar a viabilidade de se cultivar ervilha destinada à produção de grãos secos e verdes no norte de Minas Gerais, foram conduzidos dois ensaios de competição entre cultivares na fazenda experimental da EPAMIG, em Janaúba. O primeiro ensaio foi instalado em 16 de maio de 1995 e foram avaliadas 20 cultivares e linhagens. O segundo ensaio foi instalado em 15 de maio de 1997 e foram testadas 15 cultivares e linhagens. A ervilha foi plantada no espaçamento entre fileiras de 30 cm, utilizando-se 30 sementes por metro. Os ensaios foram conduzidos em solo de média a alta fertilidade e fez-se adubação com 90, 140 e 80 kg/ha de N, P2O5 e K2O, respectivamente. Os ensaios foram irrigados por aspersão convencional, e foram utilizados defensivos químicos (fungicidas, inseticidas e nematicidas). As temperaturas médias durante a condução do ensaio de 1995 foram mais altas que as de 1997 e representaram bem as variações de temperatura do local. A emergência das plântulas deu-se com seis ou nove dias. Dependendo da cultivar e do ano, o florescimento teve início entre 23 e 45 dias após a emergência. A duração do período reprodutivo (início da floração à colheita) variou de 32 a 57 dias. O ciclo de vida, contado a partir da emergência, variou de 58 a 96 dias. Os rendimentos máximos alcançados foram 2,5 t/ha, em 1995, e 2,4 t/ha, em 1997, com uma taxa de produção máxima de 42,9 kg/ha/dia, obtida em 1995 com a cultivar precoce Majestic. Portanto, é viável o cultivo da ervilha no Norte de Minas Gerais ou em locais onde as condições edafoclimáticas forem semelhantes às de Janaúba.
Pisum sativum; produtividade; ciclo de vida