Discute a instalação do modelo penitenciário na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina, na década de 1930, sob a ótica do pensamento médico-higienista, e suas interfaces com o pensamento jurídico. Analisa também os discursos que, na época, eram aceitos ou considerados com valor científico. Edelvito Campelo D'Araújo, diretor da Penitenciária Pedra Grande entre 1935 e 1945, realizou uma reforma na instituição tanto administrativa, com o aumento e especialização do funcionalismo e a criação de novas seções, como física, isto é, na estrutura do prédio. Essa reforma tinha um duplo objetivo: além de implementar uma administração mais racional e moderna, de acordo com o ideário positivista da República Nova, buscava realizar um estudo científico, elaborado pelo próprio diretor, no intuito de conhecer a fundo o 'fenômeno crime' e as motivações dos criminosos.
penitenciária; crime; sífilis; raça; higienismo; Santa Catarina