Reflete sobre as contribuições dos últimos 14 anos de Didier Fassin em sua análise de questões apontadas pelo fenômeno migratório, sobretudo na França, no contexto contemporâneo. Sob sua perspectiva, torna-se fundamental compreender os usos políticos por trás do advento da 'razão humanitária' e do 'império do trauma', operadores fundamentais na sociedade atual para entender os sofrimentos causados por grandes e pequenas crises e o modo de ação das forças sociais a elas relacionadas. Retomando os conceitos foucaultianos de 'biopolítica' e 'biopoder', Fassin problematiza, criticamente, ações de ajuda e assistência aos 'indesejados' e seus modos de vida, marcados pela inscrição e desinscrição social por meio do corpo e do trauma.
direito humanitário internacional; migração; estresse psicológico; antropologia; saúde pública