Este artigo analisa o sucesso das novas tecnologias de visualização médica, as quais têm dado relevância ao interior do corpo humano que não encontra precedentes nas nossas sociedades. Essas tecnologias extrapolam o campo estritamente biomédico e se introduzem no campo cultural e jurídico. O artigo traça uma genealogia das diferentes tecnologias médicas de visualização do corpo humano e do cérebro no século XX, desde os raios X até as imagens mais sofisticadas de CT, IRM e PET. Pretende-se explorar as modificações na corporeidade resultantes da crescente visualização, assim como a recepção dessas tecnologias em tribunais e na cultura popular, especialmente na literatura, no cinema e nas revistas de divulgação.
corporeidade; visualização médica; cultura popular; neurociências