Este artigo apresenta uma breve análise histórica da epistemologia, do modelo normativo tradicional às vertentes contemporâneas, aqui designadas de ‘histórico-interpretativas’. Estas últimas fazem vigorosa crítica ao paradigma tradicional, demonstrando não só os limites da ‘falsificação lógica’ e da ‘verificação empírica’, mas também a rigidez prescritiva da metaciência normativa, incompatível com os avanços científicos deste século. Analisa-se a contribuição kuhniana, dando-se destaque aos seus conceitos originais e às redefinições de conceitos e modelos anteriores. À guisa de ilustração, alguns são utilizadas na análise da descoberta da estrutura do DNA. A apresentação do modelo kuhniano inclui posições de interlocutores, tanto os normativos quanto os pós-kuhnianos, sobretudo em relação às ciências sociais e ao uso ampliado para outras áreas do conhecimento.
epistemologia histórico-interpretativa; história da ciência; paradigma; ciência normal; revolução científica