O texto discute as conseqüências ambientais e socioeconômicas de um grande empreendimento de extração mineral na Amazônia brasileira. Entre 1957 e 1998, a Indústria e Comércio de Minérios S. A. (ICOMI) explorou manganês no Amapá, em Serra do Navio, uma das maiores minas desse minério no mundo. Foi o primeiro e o mais durável empreendimento mineral de grande escala e intensivo de capital na região amazônica brasileira. O texto apresenta um perfil biofísico e socioeconômico do Amapá, caracterizando-o como fronteira de expansão da sociedade nacional. Discute o volume da produção, as características da companhia mineradora, mostrando seu sucesso comercial, os principais impactos ambientais do empreendimento, especialmente o desmatamento, o status da qualidade de água e a recuperação ambiental da área minerada, concluindo que esses impactos foram localizados e moderados. Na conclusão, são apresentados os resultados de um exercício de mensuração dos níveis de bem-estar socioeconômico da população do Amapá entre 1953 e 1993: as melhoras foram sensíveis.
Amapá; mineração; manganês; Amazônia; impactos ambientais; desenvolvimento socioeconômico; desenvolvimento regional