A trajetória de uma das 'mães-fundadoras' das ciências sociais cariocas, Marina de Vasconcellos, herdeira de Arthur Ramos, permite entender a afirmação da antropologia na cidade do Rio de Janeiro. Os conflitos e alianças, as continuidades e descontinuidades explicam a pioneira Sociedade Brasileira de Antropologia e Etnologia e o Instituto de Ciências Sociais, ambos na Faculdade Nacional de Filosofia. Marina vivenciou o confronto entre diferentes modelos do fazer antropológico, em tempos de institucionalização dos cursos universitários. Empenhou-se na formação de novos quadros profissionais e em 1968 lutou pela autonomia universitária. O estudo impõe-nos a reflexão sobre os critérios de êxito de uma carreira acadêmica, contestando a visão de que esta se restringe à publicação de livros e artigos.
Marina de Vasconcellos; Faculdade Nacional de Filosofia; Instituto de Filosofia e Ciências Sociais; história das ciências sociais; história da antropologia