O artigo identifica e estuda as sexualidades e afetividades masculinas interditadas e aprisionadas nos hospícios brasileiros, durante as primeiras décadas republicanas. Busca-se problematizar a idéia de que os comportamentos sexuais e afetivos não teriam grande relevância na construção de perfis masculinos considerados 'desviantes' e/ou 'patológicos', por meio da análise de registros psiquiátricos da época. Trata-se, pois, de propor uma reflexão que desloque o eixo da análise para as especificidades de gênero que determinam as diferentes feições assumidas pelos 'distúrbios mentais' atribuídos a certos comportamentos sexuais e afetivos.
sexualidade; loucura; gênero masculino; Brasil