Examina como se consolidaram, no país, processos discursivos, sociais e políticos que nacionalizaram a Amazônia, no período da Primeira República. Com base em textos de Euclides da Cunha sobre a Amazônia, argumenta-se que estava em operação um modo de ver e narrar a floresta distinto do encontrado em relatos de viagem escritos por naturalistas, sobretudo estrangeiros, ao longo do século XIX. Aprofunda, sob inspiração dos estudos culturais de vertentes latino-americanas, o argumento em defesa de uma descontinuidade histórica entre a literatura estrangeira e romântica de viagem do século XIX e os escritos euclidianos do início do século XX.
estudos culturais; Euclides da Cunha (1866-1909); Amazônia; Brasil