Examina o uso de instalações e serviços de saúde como instrumento de controle dos trabalhadores no Caribe britânico entre 1838 e 1860. Argumenta-se que as estratégias sobre a saúde adotadas pelos proprietários rurais baseavam-se em suposições inconsistentes. A decisão de privar a população trabalhadora de acesso a serviços médicos teve graves consequências: 16 anos após a abolição da escravidão uma epidemia de cólera abalou a região, desnudando as precárias condições de vida das aldeias libertas e gerando pânico na elite local, então forçada a fazer mudanças na política de saúde e saneamento. Só então foram estabelecidos os primeiros serviços de saúde pública no Caribe britânico.
Caribe britânico; abolição da escravidão; política de saúde; saneamento; cólera