Resumo
O artigo identifica a história da “relação terapêutica” como uma tecnologia inserida em um contexto mais amplo de relações sociais marcadas por mudanças nos EUA do século XX. Mais especificamente, sintetiza o surgimento e a subsequente difusão de práticas voltadas para o cultivo do vínculo social entre terapeuta e paciente que podem servir como ferramenta psicoterapêutica. O artigo destaca as transformações dessa tecnologia à medida que passam a ser contestados os alicerces institucionais e epistemológicos da psicoterapia. Em princípio concebida como uma relação social “artificial”, criada para colaborar com o “ajuste pessoal”, a relação terapêutica não tardou a ser aplicada também por não especialistas e se tornou um modelo para relações sociais mais saudáveis. Nos últimos tempos, passou a figurar como prática colaborativa e a ser associada a uma série de outros métodos.
história da psicoterapia; relação terapêutica; tecnologia social; relações sociais