Resumo
Aborda o trabalho dos geneticistas Salvador Armendares e Rubén Lisker, entre 1960 e 1980, para analisar como se insere nos estudos biológicos humanos do pós-1945, e demonstra como as populações estudadas por eles, a infantil e a indígena, podem ser consideradas laboratórios de produção de conhecimento. O artigo revela como as populações foram consideradas para diversos propósitos: investigação científica, padronização das práticas médicas e produção ou aplicação de suas medicinas. Por meio da narrativa das diferentes trajetórias e colaborações entre Armendares e Lisker, também procura discutir o contato de suas práticas científicas, que colocaram a citogenética e a genética de populações lado a lado nos níveis local e global a partir de uma perspectiva transnacional.
Salvador Armendares (1925-2010; Rubén Lisker (1931-2015; genética de populações; deficiência G6PD; deficiência de lactase