Resumo:
Este artigo investiga perguntas relativas à febre amarela e ao destino político de Cuba no final do século XIX. Um dispositivo terapêutico usado para tratar a doença foi inventado nesse período - a câmara polar. Ela oferece uma perspectiva útil para reconstituir a tradição da pesquisa espanhola da febre amarela em Cuba, um tópico muito negligenciado pela histografia médica. A falta de registro histórico deste dispositivo explica, em parte, a complexa luta por hegemonia científica entre instituições e pesquisadores espanhóis, cubanos e norte-americanos. Finalmente, abordamos a política da câmara polar, analisando como esta invenção visava oferecer uma solução especial para a complexa luta tríplice pelo futuro político de Cuba.
Palavras-chave:
febre amarela; Cuba; século XIX; ciência nacional; câmara polar