Este artigo analisa as práticas educativas aplicadas a centenas de meninas que viveram em condição asilar durante a administração de Antonio José de Lemos (1897-1911), período marcado por transformações políticas, econômicas e sociais na capital paraense. Com o objetivo entender as práticas educativas no internato, o estudo revelou que, mesmo se tratando de uma instituição de natureza filantrópica, pelo menos no seu início, os regulamentos, programas e compêndios eram semelhantes aos estabelecidos para as demais escolas públicas. Ficou evidenciado que as disciplinas que envolviam as habilidades práticas, como trabalhos manuais, trabalhos de agulha e as prendas domésticas, tinham prioridade e ocupavam grande parte do tempo das educandas órfãs.
meninas órfãs; práticas educativas; Orphanato Municipal de Belém