RESUMO
Neste trabalho tenta-se compreender o autoexílio de Gabriela Mistral como uma experiência fundamental na sua vida, o que lhe permitiu criar movimentos compreendidos metaforicamente na figura de danças de roda. As rodas apresentam uma possibilidade de releitura, em termos simbólicos e políticos, da figura e da obra de Mistral, pois permitem pôr em tensão algumas das leituras oficiais que se fizeram delas. Compreendem-se as rodas como espaço de resistência, onde Mistral uniu diferentes vozes (alheias e próprias) para criar seus cantos e dançar nessa união com outros(as), estabelecendo diferentes conexões, por meio de suas viagens, interações, escrita de si e das mensagens como Recados que entregava na roda, as quais transmitiam suas experiências e enviavam convites para sentir, refletir e circular.
Palavras-chave:
Gabriela Mistral; autoexílio; danças de roda; experiências; educação