Falar de ensino técnico obriga a cruzar vertentes científicas diversas - história, sociologia, economia - e contextualizar a informação no âmbito da História da Educação. A herança recebida do sistema corporativo, a partilha de responsabilidades entre público e privado, as expectativas sociais e económicas, a sua relação com o desenvolvimento e a difícil relação entre o nacional e o internacional são algumas das vertentes que importa analisar quando procuramos fazer um trajeto breve na dimensão mais alargada no tempo. Inserir ainda uma preocupação comparativa entre Portugal e Brasil, ainda que pontual, exige uma síntese das ideias nucleares marginalizando o acessório. Procura este artigo, numa cronologia que vai do século 18 aos fins do 20, elencar as mudanças de filosofia, de investimento, de credibilidade social e de necessidade económica.
ensino técnico; profissionalização; capitalismo industrial; neoprofissionalismo; Portugal; Brasil; ensino secundário