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As Fontes indológicas de Nietzsche: um espanto antimodernista ao ritmo do Ganges

Nietzsche’s Indological sources: an anti-modernistic astonishment to the rhythm of the Ganges

RESUMO

Apresentamos um Nietzsche pouco conhecido e com marcas profundas de uma cultura oriental que ocupou seu espírito e seus escritos. A Índia, o pensamento nela inserido e o que chegou à Alemanha até a época do filósofo, não foi ou se tornou uma simples aventura ou curiosidade em Nietzsche, senão um choque proveitoso de cultura, misturado com um encanto de pensamento sistemático, novos olhares e ousadias. Novos olhares: fora das fronteiras europeias, fora da moral e erudição (otimismo da razão moderna). Nietzsche deleita-se, aconchega-se, encontra-se e anseia, como ele mesmo expressa, mais e mais. A Índia lhe faz bem, muito bem, bem além do bem e do mal. Uma Índia que, além de ser ponto de referência para suas comparações frente ao cristianismo, servia-lhe de ponte ou de inspiração para além-do-homem. E, aqui, mostramos esse encontro de ideias e damos dois exemplos de como o filósofo se apoderou delas, especialmente em torno do Manu-saṁhitā e do budismo, sobre os quais ele debruça-se com “uma espécie de sede crescente”, utilizando-os em comparações.

Palavras-chave:
Nietzsche; Índia; Manu-saṁhitā; budismo; modernidade

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