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Um laboratório da Fundação Rockefeller: interação médica e produção de conhecimento científico na saúde internacional* * Agradeço à supervisão do professor Dr. André Mota e à equipe do Museu Histórico Prof. Carlos da Silva Lacaz pelos diálogos estabelecidos, pelas condições para a realização do estudo e pelo acolhimento afetuoso em tempos de pandemia.

A Rockefeller Foundation laboratory: Medical interaction and production of scientific knowledge in international health

Resumo:

O presente artigo analisa a recepção do Laboratório da Fundação Rockefeller na Bahia, entre 1928 e 1930, como propulsor de interações entre agentes de saúde e agentes de construção de conhecimento científico. São utilizados como fontes relatórios, textos diversos, diários e correspondências de profissionais que atuaram na pesquisa e no controle da febre amarela, além do periódico soteropolitano A Tarde. Conclui-se que a presença do laboratório foi de fundamental importância para a produção e interpretação de dados sobre mosquitos, amarílica e malária em Salvador e em cidades do interior da Bahia. As pesquisas desenvolvidas naquele espaço foram publicadas como contribuição valiosa para a compreensão de aspectos da febre amarela e, eventualmente, apresentadas em eventos nacionais, a exemplo do V Congresso Brasileiro de Higiene. Além disso, foi possível observar desconfianças e conflitos de interesses entre brasileiros e norte-americanos ao longo da atuação da agência internacional no Estado da Bahia.

Palavras-chave:
Fundação Rockefeller; laboratório; saúde internacional

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