Acessibilidade / Reportar erro

Entre irmãos: sociabilidade, mobilidade e identidade maçônica em São Paulo (1850-1888)

Between brothers: sociability, mobility and masonic identity in São Paulo (1850-1888)

RESUMO

O presente artigo analisa a mudança do perfil dos frequentadores de dois dos templos maçônicos mais antigos da cidade de São Paulo, o Piratininga e o América, fundados respectivamente em 1850 e 1868. As lojas maçônicas reuniram importantes lideranças políticas e sociais da cidade, personagens como os abolicionistas Luiz Gama, Joaquim Nabuco e Antonio Bento, entre outros. Ao final do século XIX, a organização havia se transformado num dos principais espaços de sociabilidade, onde o debate político e social tornou-se frequente. A maçonaria como espaço de interlocução, tributária de prestígio e status, no início do século XIX, esteve marcadamente circunscrita a participação de grupos mais abastados da sociedade, no entanto, uma série de transformações sociais acenaria para o ingresso de grupos menos privilegiados na organização, como “homens de cor”, nascidos livres e libertos, imigrantes e trabalhadores nacionais. O ingresso de grupos menos privilegiados suscitaria conflitos, disputas e debates no interior dos templos. Aspecto que colocaria em xeque a afirmação historiográfica de que a organização maçônica compunha um grupo formado por bem-nascidos.

Palavras-chave:
sociabilidade; maçonaria; iniciação; São Paulo; identidade; perfil maçônico

Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho Faculdade de Ciências e Letras, UNESP, Campus de Assis, 19 806-900 - Assis - São Paulo - Brasil, Tel: (55 18) 3302-5861, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, UNESP, Campus de Franca, 14409-160 - Franca - São Paulo - Brasil, Tel: (55 16) 3706-8700 - Assis/Franca - SP - Brazil
E-mail: revistahistoria@unesp.br