RESUMO
O artigo analisa o romance Jeqe, the Bodyservant of Shaka, originalmente publicado sob o título Insila kaShaka (1931), do educador e político sul-africano John Langalibalele Dube, com ênfase na construção de uma identidade nacional zulu no entrelaçamento entre história e literatura. O foco recai sobre as conexões entre a trajetória e a produção literária de Dube e os movimentos culturais e políticos das primeiras décadas do século XX, particularmente no contexto das articulações políticas promovidas por líderes sul-africanos diante do avanço das legislações segregacionistas. Em Jeqe, Dube buscou idealizar um novo tipo de homem zulu e ressignificar a memória coletiva de figuras associadas à fundação e expansão do reino Zulu, como Shaka kaSenzangakhona, explorando o passado como fonte de estratégias para enfrentar as novas realidades políticas do Estado nacional sul-africano.
Palavras-chave:
História e literatura; África do Sul; John Langalibalele Dube