RESUMO
Este artigo analisa como o Conselho de Índias, instituição conciliar espanhola responsável pela gestão das Índias ocidentais durante a Idade Moderna, se preocupou constantemente, durante o século XVI, com a produção e a circulação das informações no processo de interação comunicativa entre a América e a Europa. Em função disso, diversos instrumentos que visavam solicitar e controlar as informações foram desenvolvidos. Entendemos que a censura, isto é, a prática de analisar, rasurar, entesourar e retirar de circulação livros, especialmente crônicas de Índias, se configurou como um importante instrumento político de controle informativo por parte do Conselho, sobretudo a partir da segunda metade do século. Todavia, a censura e a prática censória foram pouco visitadas pelos estudos que se dedicaram à produção e circulação do saber no Império Espanhol. Nesse sentido, este trabalho também evidencia como a censura se tornou um instrumento de controle político do saber, impactando diretamente a comunicação entre os súditos e o Conselho de Índias. Essas constatações são comprovadas por meio do exemplo documental do franciscano Pedro de Aguado e sua crônica Recopilación Historial, avaliada pelo Conselho entre 1575-1582.
Palavras-chave:
Conselho de Índias; Circulação de Informações; Controle de Informações; Censura; Gestão do Saber; Recopilación Historial; Fray Pedro de Aguado
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Fonte:
Fonte: © Real Academia de la Historia. España.
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