Resumo
O jiu-jitsu chegou ao Brasil na primeira década do século XX, quando oficiais da Marinha brasileira inseriram a arte marcial japonesa na formação da marinhagem. O jiu-jitsu era considerado uma prática com uma técnica mais eficiente e científica e, portanto, deveria substituir a marginalizada capoeira como forma de defesa pessoal. Nesse sentido, o presente artigo visa compreender a contraposição ocorrida na primeira década do século XX no Brasil entre o jiu-jitsu e a capoeira. A pesquisa evidencia que a capoeira era considerada por alguns como superior por ser um elemento genuinamente brasileiro e que, com um processo metodológico adequado, poderia se transformar em uma prática útil para o país. Por outro lado, havia quem defendesse o jiu-jitsu por considerá-lo uma prática mais racional e científica. Como conclusão, o artigo aponta que o triunfo de um capoeira sobre um lutador japonês de jiu-jitsu contribuiu para a consolidação de um discurso nacionalista em torno da capoeira.
Palavras-chave:
Jiu-Jitsu; Capoeira; Marinha; Ginástica Nacional; Nacionalismo
Thumbnail
Thumbnail
Thumbnail


