RESUMO
Este artigo aborda as ambiguidades do Brasil no tocante à área nuclear durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva. Para tanto, o texto recorre a discursos de importantes políticos e integrantes das instâncias governamentais, de modo a analisar o posicionamento errático de Brasília ante os compromissos assumidos com a Argentina desde o Acordo Quadripartite (1991) e a fundação da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC). Outras categorias de fontes utilizadas são artigos de jornais - brasileiros e internacionais - e arquivos confidenciais vazados pela organização não governamental WikiLeaks. Finalmente, busca-se avaliar o papel da ABACC como instrumento de sustentação da “paciência estratégica” argentina no âmbito da sensível área nuclear.
Palavras-chave:
Cooperação nuclear; Governo Lula; ABACC; Paciência estratégica; Relações Brasil-Argentina