Acessibilidade / Reportar erro

Flora da Usina São José, Igarassu, Estado de Pernambuco, Brasil: Asteraceae

Flora of the Usina São José, Igarassu, Pernambuco State, Brazil: Asteraceae

RESUMO

Asteraceae é uma das maiores famílias dentre as angiospermas, concentrada principalmente em vegetações abertas. O presente trabalho tem como objetivo realizar um inventário florístico de Asteraceae em fragmentos de Mata Atlântica da Usina São José (USJ), Igarassu, Pernambuco, oferecendo subsídios para o reconhecimento das espécies na região. Foram amostradas 32 espécies circunscritas a 27 gêneros e 10 tribos. As tribos com maior número de espécies são Eupatorieae (8 spp.), Vernonieae (7 spp.) e Heliantheae (6 spp.). Os gêneros mais representativos são Mikania (3 spp.), Acanthospermum, Elephantopus e Emilia (2 spp. cada). Gamochaeta pensylvanica apresenta aqui a primeira ocorrência para o Estado de Pernambuco. São fornecidas chave de identificação, descrições, ilustrações, comentários taxonômicos e de distribuição geográfica para cada espécie.

Palavras-chave:
Compositae; florística; Mata Atlântica; taxonomia; terras baixas

ABSTRACT

Asteraceae is one of the largest families among angiosperms, concentrated mainly in open vegetation. This study aims to survey the floristic inventory of Asteraceae in fragments of Atlantic Forest of Usina São José (USJ), Igarassu, Pernambuco State, providing subsidies for an updated taxonomic recognition of species in the region. In total, 32 species from 27 genera and 10 tribes were identifield. The tribes with the greatest number of species are Eupatorieae (8 spp.), Vernonieae (7 spp.) and Heliantheae (6 spp.). The most representative genera were Mikania (3 spp.), Acanthospermum, Elephantopus and Emilia (2 spp. each). Gamochaeta pensylvanica presents here the first occurrence for the State of Pernambuco. Identification key is presented, followed by taxonomic comments and geographic distribution for each taxon, and illustrations are presented.

Keywords:
Atlantic rainforest; Compositae; floristic; lowland; taxonomy

Introdução

Asteraceae Bercht. & J.Presl é uma das três famílias mega-diversas dentre as Angiospermas, contendo 25.000-35.000 espécies distribuídas em ca. 1.300 gêneros. Possui distribuição cosmopolita, com maior representatividade em formações campestres e menos frequentes em florestas tropicais úmidas (Funk et al. 2009Funk, V.A., Susanna, A., Stuessy, T.F. & Robinson, H. 2009. Classification of Compositae. In: V.A. Funk, A. Susanna, T.F. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, evolution and biogeography of the Compositae. IAPT, Vienna , pp. 171-189., Mandel et al. 2019Mandel, J.R., Dikow, R.B., Siniscalchi, C.M., Thapa, R., Watson, L.E. & Funk, V.A. 2019. A fully resolved backbone phylogeny reveals numerous dispersals and explosive diversifications throughout the history of Asteraceae. Proceedings of the National Academy of Sciences 116(28): 14083-14088.). Pode ser reconhecida pelas inflorescências em capítulo, anteras sinânteras e ovário ínfero e bicarpelar desenvolvido em uma cipsela, geralmente com pápus (Bremer 1994Bremer, K., Anderberg, A.A., Karis, P.A. & Lundberg, J. 1994. Tribe Eupatorieae. In: K. Bremer (ed.). Asteraceae: Cladistics and Classification. Timber Press, Oregon, pp. 625-680. , Jeffrey 2007Jeffrey, C. 2007. Introduction with key to tribes. In: J.W. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, vol VIII. Flowering plants-eudicot, Asterales. Springer, Berlin , pp 61-87., Funk et al. 2009Funk, V.A., Susanna, A., Stuessy, T.F. & Robinson, H. 2009. Classification of Compositae. In: V.A. Funk, A. Susanna, T.F. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, evolution and biogeography of the Compositae. IAPT, Vienna , pp. 171-189., Roque et al. 2017Roque, N., Teles, A.M. & Nakajima, J.N. 2017. Introdução. In: N. Roque , A.M. Teles & J.N. Nakajima (eds.). A família Asteraceae no Brasil: classificação e diversidade. Salvador: EDUFBA, pp. 19-35.).

Diversas espécies da família são cultivadas e comercializadas pelo seu potencial alimentício, medicinal e ornamental (Calabria et al. 2009Calabria, L.M., Emerenciano, V.P., Scotti, M.T. & Mabry, T.J. 2009. Secondary chemistry of Compositae. In: V.A. Funk, A. Susanna, T.F. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, evolution and biogeography of the Compositae. IAPT, Vienna, pp. 73-88., Simpson 2009Simpson, B.B. 2009. Economic importance of Compositae. In: V.A. Funk, A. Susanna, T.F. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, evolution and biogeography of the Compositae. IAPT, Vienna , pp. 45-58.). Além disso, devido à grande variedade morfológica, reprodutiva e fitoquímica, conferindo melhor capacidade de dispersão e anti-herbivoria, muitas espécies são conhecidas como ruderais e invasoras de culturas (Heiden et al. 2007Heiden, G., Barbieri, R.L., Wasum, R.A., Scur, L. & Sartori, M. 2007. A família Asteraceae em São Mateus do Sul, Paraná. Revista Brasileira de Biociências 5(S2): 249-251. , Jeffrey 2009Jeffrey, C. 2009. Evolution of Compositae flowers. In: V.A. Funk, A. Susanna, T.F. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, evolution and biogeography of the Compositae. IAPT, Vienna , pp. 131-138.). Apesar disto, a maioria das espécies de Asteraceae apresentam distribuição restrita, e muitas são importantes componentes da flora de habitats “ameaçados” (Funk et al. 2009Funk, V.A., Susanna, A., Stuessy, T.F. & Robinson, H. 2009. Classification of Compositae. In: V.A. Funk, A. Susanna, T.F. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, evolution and biogeography of the Compositae. IAPT, Vienna , pp. 171-189.).

No Brasil, a família encontra-se representada por 326 gêneros e 2.205 espécies. Ocorre em todos os Estados brasileiros e tipos de vegetação, sendo mais abundante no Cerrado, campos rupestres e campos sulinos (Roque et al. 2020Roque, N., Nakajima, J., Heiden, G., Monge, M., Ritter, M.R., Loeuille, B.F.P., Christ, A.L., Rebouças, N.C., Castro, M.S., Saavedra, M.M., Teles, A.M., Gandara, A., Marques, D., Bringel Jr., J.B.A., Angulo, M.B., Santos, J.U.M.D., Souza-Buturi, F.O., Alves, M., Sancho, G., Reis-Silva, G.A., Volet, D.P., Hattori, E.K.O., Plos, A., Simão-Bianchini, R., Rivera, V.L., Magenta, M.A.G., Silva, G.H.L., Abreu, V.H.R., Grossi, M.A., Amorim, V.O., Schneider, A.A., Carneiro, C.R., Borges, R.A.X., Siniscalchi, C.M., Bueno, V.R., Via do Pico, G.M., Almeida, G.S.S., Freitas, F.S., Deble, L.P., Moreira, G.L., Contro, F.L., Gutiérrez, D.G., Souza-Souza, R.M.B., Viera Barreto, J.N., Soares, P.N., Quaresma, A.S., Picanço, W.L., Fernandes, F., Mondin, C.A., Salgado, V.G., Kilipper, J.T., Farco, G.E., Ribeiro, R.N., Walter, B.M.T., Lorencini, T.S., Fernandes, A.C., Silva, L.N., Barcelos, L.B., Barbosa, M.L., Bautista, H.P., Casas, J.C., Dematteis, M., Ferreira, S.C., Hiriart, F.D., Moraes, M.D. & Semir, J (in memoriam) . 2020. Asteraceae in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB55 > (accesso em 27-V-2021)
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Dentre os domínios fitogeográficos do país, a Mata Atlântica é o segundo mais rico em Asteraceae, com 187 gêneros e 961 espécies (Roque et al. 2020Roque, N., Nakajima, J., Heiden, G., Monge, M., Ritter, M.R., Loeuille, B.F.P., Christ, A.L., Rebouças, N.C., Castro, M.S., Saavedra, M.M., Teles, A.M., Gandara, A., Marques, D., Bringel Jr., J.B.A., Angulo, M.B., Santos, J.U.M.D., Souza-Buturi, F.O., Alves, M., Sancho, G., Reis-Silva, G.A., Volet, D.P., Hattori, E.K.O., Plos, A., Simão-Bianchini, R., Rivera, V.L., Magenta, M.A.G., Silva, G.H.L., Abreu, V.H.R., Grossi, M.A., Amorim, V.O., Schneider, A.A., Carneiro, C.R., Borges, R.A.X., Siniscalchi, C.M., Bueno, V.R., Via do Pico, G.M., Almeida, G.S.S., Freitas, F.S., Deble, L.P., Moreira, G.L., Contro, F.L., Gutiérrez, D.G., Souza-Souza, R.M.B., Viera Barreto, J.N., Soares, P.N., Quaresma, A.S., Picanço, W.L., Fernandes, F., Mondin, C.A., Salgado, V.G., Kilipper, J.T., Farco, G.E., Ribeiro, R.N., Walter, B.M.T., Lorencini, T.S., Fernandes, A.C., Silva, L.N., Barcelos, L.B., Barbosa, M.L., Bautista, H.P., Casas, J.C., Dematteis, M., Ferreira, S.C., Hiriart, F.D., Moraes, M.D. & Semir, J (in memoriam) . 2020. Asteraceae in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB55 > (accesso em 27-V-2021)
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Ao longo dos anos, a floresta foi impactada pela fragmentação e perda de habitat, restando apenas 12,4% da cobertura natural (Morellato & Haddad 2000Morellato, L.P.C. & Haddad, C.F. 2000. Introduction: the Brazilian Atlantic Forest. Biotropica 32: 786-792., Fundação SOS Mata Atlântica & Inpe 2020Fundação SOS Mata Atlântica & Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais [INPE]. 2020. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica - Período 2018-2019. São Paulo: Fundação, SOS Mata Atlântica.). A situação é mais crítica na região Nordeste, com a vegetação restrita a fragmentos pequenos e irregulares em meio ao cultivo de cana-de-açúcar (Tabarelli et al. 2003Tabarelli, M., Siqueira-Filho, J.A. & Santos, A. 2003. A Floresta Atlântica ao norte do rio São Francisco. In: K.C. Pôrto , J. Almeida-Cortez & M. Tabarelli (eds.). Diversidade Biológica e Conservação da Floresta Atlântica ao Norte do Rio São Francisco. MMA, Brasília, pp. 25-40., Metzger 2009Metzger, J.P. 2009. Conservation issues in the Brazilian Atlantic forest. Biological Conservation 142(8): 1138-1140.).

Embora severamente impactados, os atuais remanescentes da Mata Atlântica nordestina ainda exibem uma rica biodiversidade e endemismo (Ostroski et al. 2020Ostroski, P., Saiter, F.Z., Amorim, A.M. & Fiaschi, P. 2020. Angiosperm endemism in a Brazilian Atlantic Forest biodiversity hot-point. Brazilian Journal of Botany 43: 397-404, Marques et al. 2021Marques, M.C.M., Trindade, W., Bohn, A. & Grelle, C.E.V. 2021. The Atlantic Forest: An Introduction to the Megadiverse Forest of South America. In: M.C.M. Marques & C.E.V. Grelle (eds.). The Atlantic Forest. Springer, Cham , pp. 3-23. ). Dentre os esforços para catalogar as plantas da região está a série de publicações referentes à Flora da Usina São José (USJ), em Pernambuco. Mais de 40 monografias sobre diferentes famílias de angiospermas, além de listas florísticas, foram publicadas para as florestas da propriedade canavieira, registrando um número superior a 800 espécies (Melo et al. 2010Melo, A., Alves-Araújo, A. & Alves, M. 2010. Burmanniaceae e Gentianaceae da Usina São José, Igarassu, Pernambuco. Rodriguésia 61: 431-440., Pessoa & Alves 2012Pessoa, E. & Alves, M. 2012. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Orchidaceae. Rodriguésia 63(2): 341-356., Luna et al. 2016aLuna, N.K.M.D, Pessoa, E. & Alves, M. 2016a. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Zingiberales. Rodriguésia 67(1): 261-273. , Gomes-Silva et al. 2018Gomes-Silva, F., Macedo, A., Pessoa, E. & Alves, M. 2018. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Chrysobalanaceae, Humiriaceae, Lacistemataceae e Trigoniaceae. Rodriguésia 69(4): 1799-1811. , Nepomuceno & Alves 2019Nepomuceno, Á. & Alves, M. 2019. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Salicaceae e Violaceae. Rodriguésia 70: 1-12., Bazante et al. 2020Bazante, M.L., Melo, A. & Alves, M. 2020. Flora of the Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Annonaceae. Rodriguésia 71: 1-13., entre outras). As floras da USJ vem sendo uma importante ferramenta para estudos botânicos de Pernambuco e Estados adjacentes, contribuindo na descrição de novas espécies e ampliação da distribuição geográfica de muitos táxons (eg. Luna et al. 2016bLuna, N.K.M.D., Pessoa, E., Saka, M. N. & Alves, M. 2016b. A new species of Goeppertia (Marantaceae) from the Atlantic Forest of northeastern Brazil. Phytotaxa 273(2): 122-126., Lacerda et al. 2020Lacerda, T.L.G., Rocha, A.M. & Buril, M.T. 2020. Flora of Usina São José, Igarassu, Pernambuco (Brazil): Lythraceae J. St.-Hil. and Onagraceae Juss. Acta Brasiliensis 4(2): 77-84., Pessoa et al. 2020Pessoa, E., Sader, M., Pedrosa-Harand, A. & Alves, M. 2020. A natural hybrid, an autopolyploid, or a new species? An integrative case study of a distinctive Costus species (Costaceae) from the Atlantic Forest of Brazil. Systematics and Biodiversity 18(1): 42-56.).

Considerando a riqueza de Asteraceae e o estado avançado de fragmentação da Mata Atlântica nordestina, este estudo teve como objetivo inventariar e caracterizar morfologicamente os gêneros e espécies da família em fragmentos florestais da Usina São José, Igarassu, Pernambuco. O intuito é auxiliar no reconhecimento dos táxons, contribuindo com chave de identificação, descrições, ilustrações, comentários taxonômicos e dados de distribuição geográfica.

Material e métodos

O estudo foi realizado na Usina São José (USJ), propriedade com 270 km² localizada na Zona da Mata Norte do Estado de Pernambuco, cuja vegetação é caracterizada por Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas (7°40’21.25”-7°55’50.92”S, 34°54’14.25”-35°05’21.08”W) (IBGE 1992Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]. 1992. Manual técnico da vegetação brasileira. Manuais técnicos em Geociências, Rio de Janeiro.). Está situada principalmente no município de Igarassu, com partes nos municípios de Abreu e Lima, Araçoiaba, Goiana, Itapissuma e Itaquitinga (CPRH 2003Companhia Pernambucana do Meio Ambiente [CPRH]. 2003. Companhia Pernambucana do Meio Ambiente. Diagnóstico sócio ambiental do litoral norte de Pernambuco. Recife.). O clima local é tipo As’, quente e úmido, com precipitação média anual de 1687 mm e temperatura média anual de 24,9°C (Köppen 1936Köppen, W. 1936. Das geographische System der Klimate. In: W. Köppen & W. Geiger (eds.). Handbuch der Klimatologie. Bd. I, Teil C, Kraus Verlag, Nendeln, pp. 1-43., Alvares et al. 2013Alvares, C.A., Stape, J.L., Sentelhas, P.C., Gonçalves, J.L.M. & Sparoveek, G. 2013. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift 22(6): 711-728.). O relevo é composto por tabuleiros, encostas laterais de alta declividade e sítios ripários, com altitude variando entre 30 a 150 m (CPRH 2003Companhia Pernambucana do Meio Ambiente [CPRH]. 2003. Companhia Pernambucana do Meio Ambiente. Diagnóstico sócio ambiental do litoral norte de Pernambuco. Recife.) (figura 1 c-e).

Figura 1.
a. Mapa com a localização da área de estudo, Usina São José, Igarassu, Estado de Pernambuco, Brasil. b. Fragmentos da Mata Atlântica amostrados da Usina São José, Igarassu, Pernambuco. 1. Zambana. 2. Cruzinha. 3. Vespa. 4. Dedo de Deus. 5. Macacos. 6. Pezinho. 7. Santa Helena. 8. BR. 9. Chave. 10. Piedade (adaptado de Trindade et al. 2008Trindade, M.B., Lins-e-Silva, A.C.B., Silva, H.D., Figueira, S.B. & Schessl, M. 2008. Fragmentation of the Atlantic Rainforest in the northern coastal region of Pernambuco, Brazil: recent changes and implications for conservation. Bioremediation, Biodiversity and Bioavailability 2(1): 5-13.). c-e. Habitats da vegetação para a área de estudo. c. Encostas sobre influência de cursos d’água (Mata de Piedade). d. Limite da floresta com a matriz de cana-de-açúcar (Mata de Zambana). e. Matriz canavieira (Mata de Macacos).

A USJ apresenta cerca de 110 fragmentos florestais, variando de 20 a 400 ha e inseridos numa matriz canavieira, frequentemente irregulares e com grande pressão antrópica (Trindade et al. 2008Trindade, M.B., Lins-e-Silva, A.C.B., Silva, H.D., Figueira, S.B. & Schessl, M. 2008. Fragmentation of the Atlantic Rainforest in the northern coastal region of Pernambuco, Brazil: recent changes and implications for conservation. Bioremediation, Biodiversity and Bioavailability 2(1): 5-13.). Dentre os fragmentos, 10 foram selecionados para o estudo, devido à maior extensão ou por apresentarem registros prévios da família, sendo eles: BR, Chave, Cruzinha, Dedo de Deus, Macacos, Pezinho, Piedade, Santa Helena, Vespas e Zambana (figura 1b). Foram realizadas coletas durante a execução do Projeto Flora da Usina São José (2009-2012), feitas pela equipe do Laboratório de Morfo-Taxonomia Vegetal (MTV) apoiado pelo Projeto Floresta Atlântica do Nordeste (PFA), além de expedições adicionais entre junho de 2016 e janeiro de 2018. Os espécimes foram tratados seguindo os procedimentos usuais em estudos taxonômicos (Peixoto & Maia 2013Peixoto, A.L. & Maia, L.C. 2013. Manual de Procedimentos para herbários. Ed. Universitária da UFPE, Recife.).

Foram consultados os acervos dos Herbários HST, IPA, PEUFR e UFP, além de imagens digitalizadas dos herbários BOTU e NY (Thiers et al. Thiers, B. [continuously updated] Index Herbariorum: A global directory of public herbaria and associated staff. New York Botanical Garden’s Virtual Herbarium. Disponível em http://sweetgum. nybg.org/science/ih/ > (acesso em 10-XII-2020).
http://sweetgum. nybg.org/science/ih/...
continuamente atualizado) disponíveis no speciesLink (http://www.specieslink.net/). A identificação dos táxons foi baseada nos caracteres morfológicos diagnósticos do material examinado, fundamentados na literatura especializada. Para a descrição, foram adotadas as terminologias de Harris & Harris (2001Harris Harris, J.G. & Harris, M.W. 2001. Plant identification terminology: An Illustrated Glossary, 2ª ed. Missouri Botanical Garden Library.) para morfologia geral, Ellis et al. (2009Ellis, B., Daly, D.C., Hickey, L.J., Johnson, K.R., Mitchell, J.D., Wilf, P. & Wing, S.L. 2009. Manual of leaf architecture. Cornell University Press, Ithaca, New York, USA.) para folhas, e Roque & Bautista (2008Roque, N. & Bautista, H.P. 2008. Asteraceae: Caracterização e Morfologia Floral. EDUFBA.) e Endress (2010Endress, P.K. 2010. Disentangling confusions in inflorescence morphology: patterns and diversity of reproductive shoot ramification in angiosperms. Journal of systematics and Evolution 48(4): 225-239.) para os caracteres reprodutivos. O material coletado foi incorporado ao herbário UFP, com duplicatas enviadas aos demais herbários consultados.

Resultados e Discussão

Foram reconhecidas 32 espécies pertencentes a 27 gêneros e 10 tribos. Essa riqueza coloca Asteraceae como a quinta família mais rica dentre as 113 registradas para os fragmentos florestais da USJ (Alves et al. 2013Alves, M., Alves-Araújo, A., Amorim, B., Araújo, A., Araújo, D., Araujo, M.F., Buril, M.T., Costa-Lima, J., Garcia-Gonzalez, J., Gomes-Costa, G., Melo, A., Novaes, J., Oliveira, S., Pessoa, E., Pontes, T. & Rodrigues, J. 2013. Inventário de Angiospermas dos fragmentos de Mata Atlântica da Usina São José, Igarassu, Pernambuco. In: M.T. Buril, A. Melo, A. Alves-Araújo & M. Alves (eds.). Plantas da Mata Atlântica: Guia de árvores e arbustos da Usina São José (Pernambuco). Editora Livro Rápido, Recife, pp. 133-158., Maciel & Alves 2014Maciel, J.R. & Alves, M. 2014. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Poaceae. Rodriguésia 65(2): 355-367.). As tribos registradas são Eupatorieae Cass. (oito spp.), Vernonieae Cass. (sete spp.), Heliantheae Cass. (seis spp.), Millerieae Lindl., Senecioneae Cass. (três spp. cada), Astereae Cass., Coreopsideae Lindl., Gnaphalieae (Cass.) Lecoq & Juill., Inuleae Cass., e Tageteae Cass. (uma sp. cada). Com relação aos gêneros, os mais representativos são Mikania Willd. (três spp.), Acanthospermum Schrank, Elephantopus L. e Emilia (Cass.) Cass. (duas spp. cada).

A maioria das espécies apresenta ampla distribuição e cerca de 70% são consideradas ruderais, a exemplo de Ageratum conyzoides L., Bidens pilosa L., Chromolaena odorata (L.) R.M.King & H.Rob. e Tridax procumbens L., indicando grande influência antrópica na região (Powell 1965Powell, A.M. 1965. Taxonomy of Tridax (Compositae). Brittonia 17(1): 47-96., D’Arcy 1975D’Arcy, W.G. 1975. Heliantheae: Helianthinae; Coreopsidinae. In: W.G. D’Arcy (ed.). Flora of Panama: Compositae. Annals of the Missouri Botanical Garden 62: 1053-1056., Bremer 1994Bremer, K., Anderberg, A.A., Karis, P.A. & Lundberg, J. 1994. Tribe Eupatorieae. In: K. Bremer (ed.). Asteraceae: Cladistics and Classification. Timber Press, Oregon, pp. 625-680. , Raimundo et al. 2007Raimundo, R.L.G., Fonseca, R.L., Schachetti-Pereira, R., Peterson, A.T. & Lewinsohn, T.M. 2007. Native and exotic distributions of siamweed (Chromolaena odorata) modeled using the genetic algorithm for rule-set production. Weed Science 55(1): 41-48.). A representatividade de espécies ruderais, favorecidas pelo corte indiscriminado da vegetação e entrada de luminosidade, exibe sinais de ameaça comuns em paisagens fragmentadas, como o efeito de borda pronunciado, redução da diversidade e ocorrência de exóticas com a proximidade das margens (Silva et al. 2008Silva, A.G., Sá-e-Silva, I.M.M., Rodal, M.J.N. & Lins-e-Silva, A.C.B. 2008. Influence of edge and topography on canopy and sub-canopy structure of an Atlantic Forest fragment in Igarassu, Pernambuco State, Brazil. Bioremediation, Biodiversity and Bioavailability 2(1): 41-46., Guerra et al. 2012Guerra, T.N.F., Rodal, M.J.N., Silva, A.C.B.L., Alves, M., Silva, M.A.M. & Mendes, P.G.A. 2012. Influence of edge and topography on the vegetation in an Atlantic Forest remnant in northeastern Brazil. Journal of forest research 18(2): 200-208.). Contudo, a eficiência na dispersão dessas espécies confere grande importância na regeneração de áreas degradadas, uma vez que atuam como pioneiras na colonização de ambientes (Heiden et al. 2007Heiden, G., Barbieri, R.L., Wasum, R.A., Scur, L. & Sartori, M. 2007. A família Asteraceae em São Mateus do Sul, Paraná. Revista Brasileira de Biociências 5(S2): 249-251. , Nascimento et al. 2014Nascimento, L.M., Sampaio, E.V.D.S.B., Rodal, M.J.N. & Lins-e-Silva, A.C.B. 2014. Secondary succession in a fragmented Atlantic Forest landscape: evidence of structural and diversity convergence along a chronosequence. Journal of forest research 19(6): 501-513.).

Por outro lado, foram registradas três espécies que ocorrem apenas no Brasil: Conocliniopsis prasiifolia (DC.) R.M.King & H.Rob., Mikania duckei G.M.Barroso, restritas à região Nordeste, e Platypodanthera melissifolia (DC.) R.M.King & H.Rob., presente nas regiões Nordeste, Centro-oeste e Sudeste (Oliveira 2015Oliveira, C.T. 2015. Sistemática de Mikania Willd. (Eupatorieae-Asteraceae). Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo., Roque et al. 2020Roque, N., Nakajima, J., Heiden, G., Monge, M., Ritter, M.R., Loeuille, B.F.P., Christ, A.L., Rebouças, N.C., Castro, M.S., Saavedra, M.M., Teles, A.M., Gandara, A., Marques, D., Bringel Jr., J.B.A., Angulo, M.B., Santos, J.U.M.D., Souza-Buturi, F.O., Alves, M., Sancho, G., Reis-Silva, G.A., Volet, D.P., Hattori, E.K.O., Plos, A., Simão-Bianchini, R., Rivera, V.L., Magenta, M.A.G., Silva, G.H.L., Abreu, V.H.R., Grossi, M.A., Amorim, V.O., Schneider, A.A., Carneiro, C.R., Borges, R.A.X., Siniscalchi, C.M., Bueno, V.R., Via do Pico, G.M., Almeida, G.S.S., Freitas, F.S., Deble, L.P., Moreira, G.L., Contro, F.L., Gutiérrez, D.G., Souza-Souza, R.M.B., Viera Barreto, J.N., Soares, P.N., Quaresma, A.S., Picanço, W.L., Fernandes, F., Mondin, C.A., Salgado, V.G., Kilipper, J.T., Farco, G.E., Ribeiro, R.N., Walter, B.M.T., Lorencini, T.S., Fernandes, A.C., Silva, L.N., Barcelos, L.B., Barbosa, M.L., Bautista, H.P., Casas, J.C., Dematteis, M., Ferreira, S.C., Hiriart, F.D., Moraes, M.D. & Semir, J (in memoriam) . 2020. Asteraceae in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB55 > (accesso em 27-V-2021)
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). As espécies C. prasiifolia e P. melissifolia ocorrem em áreas de Caatinga, campo rupestre e Cerrado, enquanto M. duckei é restrita à Mata Atlântica. Além disso, Gamochaeta pensylvanica (Willd.) Cabrera apresenta aqui a primeira ocorrência para o Estado de Pernambuco, e outras seis espécies são novos registros para a USJ de acordo com a lista publicada por Alves et al. (2013Alves, M., Alves-Araújo, A., Amorim, B., Araújo, A., Araújo, D., Araujo, M.F., Buril, M.T., Costa-Lima, J., Garcia-Gonzalez, J., Gomes-Costa, G., Melo, A., Novaes, J., Oliveira, S., Pessoa, E., Pontes, T. & Rodrigues, J. 2013. Inventário de Angiospermas dos fragmentos de Mata Atlântica da Usina São José, Igarassu, Pernambuco. In: M.T. Buril, A. Melo, A. Alves-Araújo & M. Alves (eds.). Plantas da Mata Atlântica: Guia de árvores e arbustos da Usina São José (Pernambuco). Editora Livro Rápido, Recife, pp. 133-158.): Acanthospermum hispidum DC., Elephantopus mollis Kunth, Gymnanthemum amygdalinum (Delile) Sch.Bip. ex Walp., Melanthera latifolia (Gardner) Cabrera, Platypodanthera melissifolia (DC.) R.M.King & H.Rob. e Verbesina macrophylla (Cass.) S.F.Blake.

Dentre os fragmentos da USJ, a Mata de Piedade apresenta a maior riqueza da família (18 spp.), seguida da Mata de Zambana (14 spp.) e Macacos (13 spp.). As com menor riqueza foram as Matas de Vespas (duas spp.) e Dedo de Deus (uma sp.). Segundo Trindade et al. (2008Trindade, M.B., Lins-e-Silva, A.C.B., Silva, H.D., Figueira, S.B. & Schessl, M. 2008. Fragmentation of the Atlantic Rainforest in the northern coastal region of Pernambuco, Brazil: recent changes and implications for conservation. Bioremediation, Biodiversity and Bioavailability 2(1): 5-13.) e Melo et al. (2011Melo, A., Amorim, B.S., García-Gonzalez, J., Souza, J.A.N., Pessoa, E.M., Mendonça, E., Chagas, M., Alves-Araújo, A. & Alves, M. 2011. Updated Floristic Inventory of the Angiosperms of the Usina São José, Igarassu, Pernambuco, Brazil. Revista Nordestina de Biologia 20(2): 3-26.), as áreas de Mata Atlântica mais representativas em Asteraceae são de floresta madura, superiores a 300 ha e em melhor estado de conservação, enquanto as menos representativas são de floresta secundária, inferiores a 100 ha e com predomínio de espécies generalistas. Isso ocorre porque a maioria das espécies registradas, por serem ruderais, se concentram nas bordas de mata, devido a maior influência antrópica. Dessa forma, os fragmentos maiores e com interior mais conservado apresentam áreas de borda extensas e, consequentemente, mais hábitat para comportar diferentes espécies de Asteraceae. Já os fragmentos menores, apesar do interior mais devastado e com clareiras, apresentam áreas de borda reduzidas, comportando menos espécies da família.

A USJ apresenta o maior número de espécies de Asteraceae quando comparada a outros inventários florísticos de Pernambuco (Rodal & Nascimento 2002Rodal, M.J.N. & Nascimento, L.M.D. 2002. Levantamento florístico da floresta serrana da reserva biológica de Serra Negra, microrregião de Itaparica, Pernambuco, Brasil. Acta Botanica Brasilica 16(4): 481-500. , Alcoforado-Filho et al. 2003Alcoforado-Filho, F.G., Sampaio, E.V.D.S.B. & Rodal, M.J.N. 2003. Florística e fitossociologia de um remanescente de vegetação caducifólia espinhosa arbórea em Caruaru, Pernambuco. Acta botanica brasilica 17(2): 287-303., Rodal et al. 2005aRodal, M.J.N., Lucena, M.D.F.A., Andrade, K.V.S.A. & Melo, A.D. 2005a. Mata do Toró: uma floresta estacional semidecidual de terras baixas no nordeste do Brasil. Hoehnea 32(2): 283-294., bRodal, M.J.N., Sales, M.F., Silva, M.J.D. & Silva, A.G.D. 2005b. Flora de um Brejo de Altitude na escarpa oriental do planalto da Borborema, PE, Brasil. Acta Botanica Brasilica 19(4): 843-858., Rodal & Sales 2007Rodal, M.J.N. & Sales, M.F.D. 2007. Composição da flora vascular em um remanescente de floresta montana no semi-árido do nordeste do Brasil. Hoehnea 34(4): 433-446. , Ferraz & Rodal 2008Ferraz, E.M.N. & Rodal, M.J.N. 2008. Floristic characterization of a remnant ombrophilous montane forest at São Vicente Férrer, Pernambuco, Brazil. Memoirs of the New York Botanical Garden 100: 468-510., Costa et al. 2009Costa, K.C., de Lima, A.L., Fernandes, C.H.D.M., da Silva, M.C., Lins, A.C. & Rodal, M.J. 2009. Flora vascular e formas de vida em um hectare de caatinga no Nordeste brasileiro. Revista Brasileira de Ciências Agrárias 4(1): 48-54. , Pereira & Melo 2009Pereira, R.C.A. & Melo, M.R.C.S. 2009. Checklist da Flora de Mirandiba: Asteraceae. In: M. Alves, M.F. Araújo, J.R. Maciel & S. Martins (eds.). Flora da Mirandiba. Associação Plantas do Nordeste, Recife, pp. 71-83., Pessoa et al. 2009Pessoa, L.M., Pinheiro, T.S., Alves, M.C.J.L., Pimentel, R.M.M. & Zickel, C.S. 2009. Flora lenhosa em um fragmento urbano de floresta atlântica em Pernambuco. Revista de Geografia 26(3): 247-262. , Souza et al. 2009Souza, A.C.R., de Almeida Jr, E.B. & Zickel, C.S. 2009. Riqueza de espécies de sub-bosque em um fragmento florestal urbano, Pernambuco, Brasil. Biotemas 22(3): 57-66., Nascimento et al. 2012Nascimento, L.M., Rodal, M.J.N. & Silva, A.G.D. 2012. Florística de uma floresta estacional no Planalto da Borborema, nordeste do Brasil. Rodriguésia 63: 429-440. , Cavalcanti Ferreira et al. 2016Cavalcanti Ferreira, D.M., Amorim, B.S., Maciel, J.R. & Alves, M. 2016. Floristic checklist from an Atlantic Forest vegetation mosaic in Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Tabatinga, Pernambuco, Brazil. CheckList 12(6): 1-18. , Melo et al. 2016Melo, A., Amorim, B.S., Pessoa, E., Maciel, J.R. & Alves, M. 2016. Serra do Urubu, a biodiversity hot-spot for angiosperms in the northern Atlantic Forest (Pernambuco, Brazil). Check List 12(1): 1842. , Da Silva & Moura 2021Da Silva, J.M. & Moura, C.H.R. 2021. Análise da vegetação de um remanescente de Floresta Atlântica: subsídios para o projeto paisagístico. Revista Brasileira de Meio Ambiente 9(1): 2-24.). A riqueza é superada apenas pelo Parque Nacional do Catimbau, situado na região semiárida do Estado e com vegetação típica do domínio da Caatinga, com 36 espécies (Athiê-Souza et al. 2019Athiê-Souza, S.M., Melo, J.I.M.D., Silva, L.P.D., Santos, L.L.D., Santos, J.S.D., Oliveira, L.D.S.D.D. & Sales, M.F.D. 2019. Phanerogamic flora of the Catimbau National Park, Pernambuco, Brazil. Biota Neotropica 19(1): 1-27.). Abaixo, é apresentada uma chave de identificação das espécies de Asteraceae ocorrentes na USJ, seguida das descrições e comentários dos respectivos táxons.

Chave de identificação das espécies de Asteraceae ocorrentes na Usina São José, Igarassu, PE

1. Lâminas foliares e brácteas involucrais glanduloso-lineares; brácteas involucrais 18-20 mm compr. ……………………………………………………………………… 19.1. Porophyllum ruderale

1. Lâminas foliares e brácteas involucrais glanduloso-pontoadas ou eglandulares; brácteas involucrais 0,9-10 mm compr.

2. Ramos lanosos a albo-tomentosos; capitulescências espiciformes

3. Ramos alados; lâminas foliares linear-lanceoladas, margem irregularmente serreada, venação broquidódroma; pápus com cerdas persistentes ...………… 21.1. Pterocaulon alopecuroides

3. Ramos não alados; lâminas foliares espatuladas ou oblongas, margem inteira a ondulada, venação eucamptódroma; pápus com cerdas caducas em conjunto …...………………………………………………......……… 14.1. Gamochaeta pensylvanica

2. Ramos glabros, glabrescentes ou diversamente pubescentes, mas nunca lanosos ou albo-tomentosos; capítulos solitários ou em capitulescências diversas, mas nunca espiciformes

4. Páleas com ápice obtuso-fimbriado; cipselas recobertas por cerdas uncinadas aderentes (1. Acanthospermum)

5. Plantas prostradas; lâminas foliares rômbico-ovadas; cipselas oblongo-fusiformes, sem cerdas apicais espinescentes …….........................………………………… 1.1. A. australe

5. Plantas eretas; lâminas foliares obovadas; cipselas obpiramidais, compressas dorsiventralmente, com duas cerdas apicais espinescentes ……...........… 1.2. A. hispidium

4. Páleas ausentes ou, se presentes, com ápice agudo, agudo-ciliado, acuminado, cuspidado, filiforme, aristado-fimbriado ou truncado-eroso; cipselas sem cerdas uncinadas aderentes

6. Invólucro unisseriado

7. Lianas; capítulos com 4 brácteas involucrais e 4 flores (17. Mikania)

8. Ramos angulosos; lâminas foliares membranáceas, base cordada; capitulescências corimbiformes ……………….................................................………… 17.1. M. cordifolia

8. Ramos cilíndricos; lâminas foliares subcoriáceas, base arredondada, aguda a obtusa; capitulescências racemiformes ou em glomérulos

9. Ramos hirsutos; lâminas foliares esparsamente pilosas a hirsutas, venação broquidódroma; capitulescências racemiformes …….........................…… 17.2. M. duckei

9. Ramos glabros; lâminas foliares glabras, venação actinódroma; capitulescências em glomérulos …………………............................................................… 17.3. M. glomerata

7. Ervas eretas; capítulos com número distinto de brácteas involucrais e flores

10. Capítulos heterógamos, disciformes; invólucro caliculado; brácteas involucrais concrescidas apenas na base ……….....................………… 13.1. Erechtites hieraciifolius

10. Capítulos homógamos, discóides; invólucro ecaliculado; brácteas involucrais concrescidas em toda a extensão (12. Emilia)

11. Lâminas foliares longo-sagitadas a panduriformes; flores por capítulo 50-60, vermelhas; lobos da corola 1-1,5 mm compr. ….................................… 12.1. E. fosbergii

11. Lâminas foliares liradas, lineares a lanceoladas; flores por capítulo 30-35, róseas a lilases; lobos da corola 0,5-0,6 mm compr. .....................................… 12.2. E. sonchifolia

6. Invólucro com duas ou mais séries

12. Capítulos homógamos, discóides

13. Capítulos com invólucro fusiforme; brácteas involucrais 2-8; capítulos com até 4 flores

14. Brácteas involucrais 2, conduplicadas; capítulos com 1 flor; cipselas obovóides …………………..............................................………………… 22.1. Rolandra fruticosa

14. Brácteas involucrais 8, planas; capítulos com 3-4 flores; cipselas fusiformes, compressas (11. Elephantopus)

15. Lâminas foliares subcoriáceas; capitulescências em sincéfalos solitários, solitários ou pareados; cada sincéfalo subtendido por brácteas linear-lanceoladas; pápus bisseriado, cerdoso-paleáceo ………………...........……………… 11.1. E. hirtiflorus

15. Lâminas foliáceas membranáceas; capitulescências racemiformes de sincéfalos; cada sincéfalo subtendido por brácteas largo-ovadas; pápus unisseriado, cerdoso .... 11.2. E. mollis

13. Capítulos com invólucro campanulado a cilíndrico; brácteas involucrais 15 a numerosas; capítulos com 12 a numerosas flores

16. Capítulos solitários; brácteas subinvolucrais 5-6, foliáceas; cipselas glabras………………………….............………………… 5.1. Centratherum punctatum

16. Capítulos organizados em capitulescências; brácteas subinvolucrais ausentes; cipselas estrigosas, pilosas ou pubescentes

17. Capitulescências em cíncinos escorpióides ………… 9.1. Cyrtocymura scorpioides

17. Capitulescências corimbiformes ou paniculiformes

18. Cipselas com base estipitada; pápus subplumoso 18.1. ........ Platypodanthera melissifolia

18. Cipselas com base cilíndrica; pápus diversos, mas nunca subplumoso

19. Folhas com venação broquidódroma ou camptódroma; flores com lobos 2-3,5 mm compr.

20. Lâminas foliares com ápice arredondado a obtuso, mucronado; capitulescências paniculiformes ………… 27.1. Vernonanthura brasiliana

20. Lâminas foliares com ápice agudo a acuminado, não mucronado; capitulescências corimbiformes …… 15.1. Gymnanthemum amygdalinum

19. Folhas com venação acródroma; flores com lobos 0,4-0,6 mm compr.

21. Capítulos com invólucro cilíndrico, 6-7-seriado; brácteas involucrais com ápice arredondado a obtuso; pápus 5-6 mm compr. …… 6.1. Chromolaena odorata

21. Capítulos com invólucro campanulado, 3-4-seriado; brácteas involucrais com ápice agudo, acuminado a aristado; pápus 2-4 mm compr.

22. Pápus paleáceo-aristado …..........................… 2.1. Ageratum conyzoides

22. Pápus cerdoso

23. Brácteas involucrais com ápice agudo a acuminado, margem ciliada; pápus 2,5-3 mm compr. …...………… 7.1. Conocliniopsis prasiifolia

23. Brácteas involucrais com ápice aristado, margem inteira; pápus 4 mm compr. …………..........…………………… 20.1. Praxelis clematidea

12. Capítulos heterógamos, radiados ou disciformes

24. Folhas alternas; flores do disco 8-12

25. Capitulescências corimbiformes; capítulos radiados; receptáculo paleáceo; cipselas obovóides, 2-aladas; pápus aristado ………………… 26.1. Verbesina macrophylla

25. Capitulescências paniculiformes; capítulos disciformes; receptáculo epaleáceo; cipselas oblongas, sem alas; pápus cerdoso-barbelado …… 8.1. Conyza sumatrensis

24. Folhas opostas; flores do disco 15 a numerosas

26. Lâminas foliares 3-lobadas ou pinatissectas com 3-5 segmentos; cipselas 5-12 mm compr.

27. Ervas prostradas; lâminas foliares 3-lobadas; capítulos solitários; cipselas obovóides, ápice rostrado; pápus coroniforme …… 23.1. Sphagneticola trilobata

27. Ervas eretas; lâminas foliares pinatissectas com 3-5 segmentos; capitulescências em corimbos paniculiformes; cipselas fusiformes, ápice truncado; pápus 3-4-aristado, retrorso-barbelado (3.1. Bidens pilosa)

26. Lâminas foliares inteiras; cipselas 1,3-4 mm compr.

28. Receptáculo com páleas filiformes; flores do raio 25-30, corola filiforme; cipselas tuberculadas; pápus coroniforme ………………………… 10.1. Eclipta prostrata

28. Receptáculo com páleas elípticas, oblongas, obovadas, ovadas ou lanceoladas; flores do raio 4-11, corola liguliforme; cipselas lisas a ranhuradas; pápus ausente ou, se presente, aristado, aristado-escabroso ou plumoso

29. Arbustos escandentes a arvoretas; lâminas foliares com venação broquidódroma; capitulescências corimbiformes; cipselas carnosas na maturidade; pápus ausente …….......................………… 24.1. Tilesia baccata

29. Ervas eretas a decumbentes; lâminas foliares com venação acródroma; capitulêscencias em monocásios, capítulos solitários ou pareados; cipselas secas na maturidade; pápus presente

30. Receptáculo com páleas planas, ápice agudo a acuminado; pápus 5-6 mm compr., plumoso …............................................… 25.1. Tridax procumbens

30. Receptáculo com páleas conduplicadas, ápice truncado-eroso ou aristado-fimbriado; pápus 0,7-1,5 mm compr., aristado ou aristado-escabroso.

31. Lâminas foliares com margem inteira a 1/2 serreada para o ápice; capítulos com invólucro subgloboso; páleas com ápice truncado-eroso; cipselas com ápice rostrado; pápus persistente …….………… 4.1. Blainvillea acmella

31. Lâminas foliares com margem completamente denteada; capítulos com invólucro campanulado; páleas com ápice aristado-fimbriado; cipselas com ápice truncado a convexo; pápus caduco … 16.1. Melanthera latifolia

1. Acanthospermum Schrank [Tribo Millerieae]

Gênero caracterizado por apresentar brácteas involucrais externas expandidas, e as internas conduplicadas envolvendo as flores do raio, flores do disco funcionalmente estaminadas e cipselas com cerdas uncinadas a retas (Blake 1921Blake, S.F. 1921. Revision of the genus Acanthospermum. Contributions from the United States National Herbarium 20: 383-393., Panero 2007bPanero, J.L. 2007b. Tribe Millerieae Lindl. (1829). In: J.W. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8VIII.: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 477-491.). Abrange cerca de seis espécies nativas da região neotropical, com algumas também introduzidas na região paleotropical (Pruski & Robinson 2018Pruski, J. F., & Robinson, H. 2018.Asteraceae.Flora Mesoamericana. Missouri Botanical Garden, St. Louis 5(2): 1-608.). No Brasil, ocorrem duas espécies (Gandara 2020aGandara, A. 2020a. Acanthospermum in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB103232 > (acesso em 12-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
), ambas registradas na USJ.

1.1. Acanthospermum australe (Loefl.) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 1: 303. 1891.

Figura 2a- b

Figura 2.
Caracteres diagnósticos das espécies da família Asteraceae na Usina São José, Igarassu, Estado de Pernambuco, Brasil. a-b. Acanthospermum australe (Loefl.) Kuntze, a. Lâmina foliar. b. cipsela. c-d. Acanthospermum hispidum DC., c. Lâmina foliar. d. Cipsela. e-f. Ageratum conyzoides L., e. Capítulo. f. Cipsela com pápus. g-j. Bidens pilosa L., g. Lâmina foliar. h. Corola liguliforme das flores do raio. i. Corola tubulosa das flores do disco. j. Cipsela com pápus. k-m. Blainvillea acmella (L.) Philipson, k. Capítulo. l. Pálea. m. Cipsela com pápus. n-o. Centratherum punctatum Cass., n. Capítulo. o. Cipsela com pápus. p-r. Chromolaena odorata (L.) R.M.King & H.Rob., p. Lâmina foliar. q. Capítulo. r. Cipsela com parte do pápus. s-u. Conocliniopsis prasiifolia (DC.) R.M.King & H.Rob., s. Lâmina foliar. t. Capítulo. u. Cipsela com parte do pápus. v-y. Conyza sumatrensis (Retz.) E.Walker, v. Capitulescência. w. Capítulo. y. Cipsela com pápus. x-z1. Cyrtocymura scorpioides (Lam.) H.Rob., x. Capitulescência. z. Capítulo. z1. Cipsela com pápus.

Ervas prostradas, ca. 0,5 m alt.; ramos compressos, vilosos. Folhas opostas, sésseis a pecioladas; lâminas 2-5 × 1,2-3,7 cm, membranáceas, concolores, inteiras, rômbico-ovadas, ápice arredondado, base atenuada, margem sinuosa; faces adaxial e abaxial pilosas a vilosas, glanduloso-pontoadas; venação acródroma. Capítulos solitários, terminais ou axilares, heterógamos, radiados, pedunculados. Invólucro campanulado, unisseriado; brácteas involucrais 5-6, 3 × 3 mm, livres, planas, largo-obovadas, ápice obtuso, margem ciliada, face adaxial glabra, face abaxial pilosa, glanduloso-pontoadas. Receptáculo levemente côncavo, paleáceo; páleas 1,5-2 × 1 mm, conduplicadas, ovadas, ápice obtuso-fimbriado. Flores do raio 5-8, pistiladas, alvas; corola liguliforme, tubo ca. 0,5 × 0,2 mm; lígula 0,5 × 0,2 mm, lobos 2-3, internamente glabro, externamente glanduloso-pontoado; ramos do estilete ca. 0,5 mm compr., ápice obtuso, papilosos. Flores do disco 5-12, funcionalmente estaminadas, alvas a amarelas; corola campanulada, tubo 1,5 × 0,8-1 mm; lobos 5, 0,5-0,6 × 0,5-0,6 mm, internamente glabros, externamente glanduloso-pontoados; anteras com apêndice apical lanceolado. Cipselas 5-7 × 4-5 mm, oblongo-fusiformes, ápice truncado, base cilíndrica, recobertas por cerdas uncinadas aderentes, glabras, glanduloso-pontoadas. Pápus ausente.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata de Zambana, 17-VII-2007, fl. e fr., A. Alves-Araújo et al. 419 (UFP).

Material adicional examinado: BRASIL. Pernambuco: Camaragibe, Granja Santo Antônio, 11-V-2007, fl. e fr., E. Araújo & H. Xavier (IPA73437).

Distribuição geográfica: Ocorre nas Américas Central e do Sul, no sudeste dos Estados Unidos e como introduzida na região paleotropical (Pruski & Robinson 2018Pruski, J. F., & Robinson, H. 2018.Asteraceae.Flora Mesoamericana. Missouri Botanical Garden, St. Louis 5(2): 1-608., POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
). No Brasil, é encontrada em praticamente todos os Estados e tipos de vegetação (Gandara 2020aGandara, A. 2020a. Acanthospermum in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB103232 > (acesso em 12-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Acanthospermum australe assemelha-se à A. consobrinum S.F.Blake pelo hábito prostrado, cipselas oblongo-fusiformes a oblongo-obovadas e sem cerdas apicais espinescentes. No entanto, pode ser distinta pelas cipselas com ápice truncado (vs. 2-rostrado) (Blake 1921Blake, S.F. 1921. Revision of the genus Acanthospermum. Contributions from the United States National Herbarium 20: 383-393.). Apesar de ser considerada ruderal (Lorenzi 2008Lorenzi, H. 2008. Plantas daninhas do Brasil - terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas. 4 ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum, São Paulo.), é uma espécie rara na área, coletada apenas uma vez em borda de mata.

1.2. Acanthospermum hispidum DC., Prodr. 5: 522. 1836.

Figura 2 c-d

Ervas eretas, 0,2-0,5 m alt.; ramos compressos, pubescentes. Folhas opostas, sésseis; lâminas 1,3-3,5 × 0,5-2 cm, membranáceas a cartáceas, concolores, inteiras, obovadas, ápice arredondado, obtuso a acuminado, base atenuada, margem completamente sinuosa a 1/2 serreada para o ápice; faces adaxial e abaxial híspidas, abaxialmente glanduloso-pontoada; venação acródroma. Capítulos solitários, terminais ou axilares, heterógamos, radiados, pedunculados. Invólucro campanulado, unisseriado; brácteas involucrais 5, 5-6 × 2-3 mm, livres, planas, largo-obovadas, ápice agudo, margem ciliada, faces adaxial e abaxial setosas, glanduloso-pontoadas. Receptáculo plano a levemente côncavo, paleáceo; páleas 2 × 1 mm, conduplicadas, ovadas, ápice obtuso-fimbriado. Flores do raio 5-7, pistiladas, amarelas; corola liguliforme, tubo 0,5-0,8 × 0,2 mm; lígula 0,5-0,7 × 0,2-0,3 mm, lobos 3, interna e externamente glabros; ramos do estilete ca. 0,5 mm compr., ápice obtuso, papilosos. Flores do disco 5-10, funcionalmente estaminadas, esverdeadas a amarelas; corola campanulada, tubo 3-3,5 × 0,2-0,3 mm; lobos 5, 0,1-0,2 × 0,1-0,2 mm, internamente glabros, externamente glanduloso-pontoados; anteras com apêndice apical lanceolado. Cipselas 4-6 × 3-4 mm, dorsiventralmente compressas, obipiramidais, ápice truncado, base cilíndrica, recobertas por cerdas uncinadas aderentes, duas delas apicais, lineares, espinescentes, glabras, glanduloso-pontoadas. Pápus ausente.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Jardim da residência do Sr. Manuel, 21-XI-1999, fl. e fr., A. Silva 26 (IPA).

Material adicional examinado: BRASIL. Pernambuco: Carpina, Lagoa do Carro, 23-III-1987, fl. e fr., R. Pereira 122 (IPA).

Distribuição geográfica: Ocorre nas Américas Central e do Sul, e como introduzida na região paleotropical (POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
, GCC 2020Global Compositae Checklist [GCC]. 2020. Global Compositae Checklist. Disponível em https://compositae.landcareresearch.co.nz/ >. (acesso em 13-I-2021).
https://compositae.landcareresearch.co.n...
). No Brasil, apresenta registro em praticamente todos os Estados e tipos de vegetação, exceto Acre, Amapá, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Tocantins (Gandara 2020aGandara, A. 2020a. Acanthospermum in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB103232 > (acesso em 12-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Assim como Acanthospermum australe, A. hispidum apresenta grande importância econômica negativa no Brasil, por ser considerada ruderal e invasora de culturas (Araújo et al. 2008Araújo, E.D.L., Randau, K.P., Sena-Filho, J.G., Pimentel, R.M.M. & Xavier, H.S. 2008. Acanthospermum hispidum DC (Asteraceae): perspectives for a phytotherapeutic product. Revista Brasileira de Farmacognosia 18: 777-784.). É similar à A. humile (Sw.) DC. pelas cipselas com cerdas apicais delgado-subuladas, cilíndricas a levemente compressas. No entanto, pode ser distinta pela lâmina foliar sem ala peciolar (vs. lâmina foliar formando uma ala peciolar) (Blake 1921Blake, S.F. 1921. Revision of the genus Acanthospermum. Contributions from the United States National Herbarium 20: 383-393., POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
). Rara na área, coletada apenas uma vez em ambiente antropizado.

2. Ageratum L. [Tribo Eupatorieae]

Gênero caracterizado por apresentar receptáculo cônico, folhas com face abaxial glanduloso-pontoada, anteras com apêndice apical conspícuo, mais longo que largo e pápus paleáceo-aristado, coroniforme ou ausente (King & Robinson 1987King, R.M. & Robinson, H. 1987. The genera of the Eupatorieae (Asteraceae). Monographs in Systematic Botany. Missouri Botanical Garden, St. Louis 22: 1-581.). Apresenta ca. 40 espécies, dispersas especialmente no México e América do Sul, com algumas amplamente registradas nas regiões tropicais do mundo (Hind & Robinson 2007Hind, D.J.N. & Robinson, H. 2007. Tribe Eupatorieae Cass. (1819). In: J.M. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8VIII.: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin, Heidelberg, New York, pp. 510-575.). No Brasil, há ocorrência de quatro espécies, presentes em todos os Estados e tipos de vegetação (Rivera 2020Rivera, V.L. 2020. Ageratum in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB15932 > (acesso em 12-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Na USJ há registro de uma espécie.

2.1. Ageratum conyzoides L., Sp. Pl. 2: 839. 1753.

Figura 2e-f

Ervas eretas, ca. 0,3 m alt.; ramos cilíndricos, hirsutos. Folhas opostas, pecioladas; lâminas 1,5-6 × 0,5-3 cm, membranáceas, concolores, inteiras, ovadas a lanceoladas, ápice obtuso a agudo, base obtusa a atenuada, margem serreada; face adaxial pilosa, face abaxial esparsamente pilosa, glanduloso-pontoada; venação acródroma. Capitulescências em corimbos paniculiformes densos, terminais. Capítulos homógamos, discóides, pedunculados. Invólucro campanulado, 3-4-seriado; brácteas involucrais ca. 20, 2-5 × 1 mm, livres, planas, internas e externas estreito-ovadas a oblongas, ápice acuminado a aristado, margem inteira a serreada no ápice, faces adaxial e abaxial glabras, eglandulares. Receptáculo plano, epaleáceo. Flores 40-60, bissexuadas, lilases; corola tubulosa, tubo 1,5-3 × 0,3-0,5 mm; lobos 5, 0,4-0,5 × 0,3-0,4 mm, internamente glabros, externamente glanduloso-pontoados; anteras com apêndice apical agudo a arredondado; ramos do estilete ca. 1,5 mm compr., ápice obtuso, papilosos. Cipselas 2-2,5 × 0,4-0,5 mm, lineares a obovóides, ápice truncado, base cilíndrica, reticuladas, esparsamente pilosas. Pápus 2-3 mm compr., unisseriado, paleáceo-aristado, persistente.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata da Chave, 30-VI-2016, fl. e fr., T.S. Coutinho et al. 147 (UFP).

Distribuição geográfica: Ocorre desde o México até a América do Sul, além de apresentar comportamento invasor por toda a região paleotropical (POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
, GCC 2020Global Compositae Checklist [GCC]. 2020. Global Compositae Checklist. Disponível em https://compositae.landcareresearch.co.nz/ >. (acesso em 13-I-2021).
https://compositae.landcareresearch.co.n...
). No Brasil, é encontrada em todos os Estados e tipos de vegetação, principalmente em áreas antrópicas (Rivera 2020Rivera, V.L. 2020. Ageratum in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB15932 > (acesso em 12-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Ageratum conyzoides é uma das espécies mais amplamente distribuídas do gênero, por ser introduzida como ornamental ou medicinal em diversos países (Bremer 1994Bremer, K., Anderberg, A.A., Karis, P.A. & Lundberg, J. 1994. Tribe Eupatorieae. In: K. Bremer (ed.). Asteraceae: Cladistics and Classification. Timber Press, Oregon, pp. 625-680. ). É proximamente relacionada à Ageratum houstonianum Miller, mas pode ser diferenciada pela base da lâmina foliar obtusa a atenuada (vs. truncada a cordada) e brácteas involucrais eglandulares (vs. glanduloso-espititadas) (Williams 1976aWilliams, L.O. 1976a. Compositae. II. Eupatorieae. In: D.L. Nash & L.O. Williams (eds.). Flora of Guatemala. Fieldiana, Botany 24(12): 466-482.). Frequente na área, ocorre em bordas, onde floresce e frutifica nos meses de junho a novembro.

3. Bidens L. [Tribo Coreopsideae]

Gênero caracterizado pelos capítulos radiados a raramente discóides, heterógamos a raramente homógamos, filetes glabros; e cipselas fusiformes com ápice truncado, onde se inserem pápus aristados, retrorso-barbelados, com tricomas retrorsos. O gênero inclui aproximadamente 340 espécies, com distribuição pantropical, mas predominantemente nas Américas Central e do Norte (Sherff 1937Sherff, E.E. 1937. The genus Bidens (Part I). Field Museum Natural History, Botanical Series 16: 1-346., Crawford et al. 2009Crawford, D.J., Tadesse, M., Mort, M.E., Kimball, R.T. & Randle, C.P. 2009. Coreopsideae. In: V.A. Funk, A. Susanna, T. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, Evolution, and biogeography of compositae. IAPT, Vienna , pp. 713-730.). No Brasil, ocorrem ca. 19 espécies de ampla distribuição (Bringel Jr. & Reis-Silva 2020Bringel Jr., J.B.A. & Reis-Silva, G.A. 2020. Bidens in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16007 > (acesso em 13-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Na USJ, há registro de uma espécie.

3.1. Bidens pilosa L., Sp. Pl. 2: 832. 1753.

Figura 2 g-j

Ervas eretas, ca. 0,5 m alt.; ramos angulosos, esparsamente pilosos. Folhas opostas, pecioladas; lâminas 1,7-4,5 × 1,2-4 cm, membranáceas, discolores, pinatissectas com 3-5 segmentos, ovados a elípticos, ápice acuminado, base aguda a atenuada, margem serreada, faces adaxial e abaxial pilosas a pubescentes, eglandulares; venação craspedódroma. Capitulescências em corimbos paniculiformes, terminais. Capítulos heterógamos, radiados, pedunculados. Invólucro campanulado, 3-seriado; brácteas involucrais ca. 30, 5-6 × 0,5 mm, livres, planas, internas e externas oblanceoladas a lanceoladas, ápice agudo, margem ciliada a inteira, face adaxial glabra, face abaxial pilosa a hirsuta, eglandulares. Receptáculo plano, paleáceo; páleas 5-6 × 0,6-0,8 mm, planas, linear-lanceoladas, ápice agudo-ciliado. Flores do raio ca. 5, pistiladas, alvas a amarelas; corola liguliforme, tubo 0,6 × 0,2 mm; lígula 2,5 × 1,5 mm, lobos 2, internamente glabro, externamente piloso; ramos do estilete ca. 1 mm compr., ápice agudo, papilosos. Flores do disco 15-20, bissexuadas, amarelas; corola tubulosa, tubo 2 × 0,7 mm; lobos 5, 0,6 × 0,3 mm, interna e externamente pilosos; anteras com apêndice apical agudo; ramos do estilete ca. 1 mm compr., ápice agudo, papilosos. Cipselas 8-12 × 0,6-0,8 mm, fusiformes, ápice truncado, base cilíndrica, levemente rugosas, glabras. Pápus 2-2,5 mm compr., unisseriado, 3-4-aristado, retrorso-barbelado, persistente.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata da Chave, 24-XI-2009, fl. e fr., E. Pessoa & J.A.N. Souza 189 (UFP).

Distribuição geográfica: Espécie amplamente dispersa nas Américas, dos Estados Unidos à Argentina, além de apresentar comportamento invasor em diversos países da África e Ásia (Esteves 2001Esteves, R.L. 2001. O gênero Eupatorium s.l. (Compositae: Eupatorieae) no Estado de São Paulo, Brasil. Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas, Campinas., GCC 2020Global Compositae Checklist [GCC]. 2020. Global Compositae Checklist. Disponível em https://compositae.landcareresearch.co.nz/ >. (acesso em 13-I-2021).
https://compositae.landcareresearch.co.n...
). No Brasil, tem registro em todos os domínios fitogeográficos e Estados, exceto no Acre, Amapá e Roraima (Bringel Jr. & Reis-Silva 2020Bringel Jr., J.B.A. & Reis-Silva, G.A. 2020. Bidens in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16007 > (acesso em 13-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Bidens pilosa é proximamente relacionada à B. alba L. (DC.), mas se diferencia pelo limbo da corola igual ou menor a 7 x 4 mm (vs. igual ou maior à 8 x 7 mm) e pápus com 3-4 aristas, todas subiguais (vs. 2-3 aristas, uma delas reduzida) (Ballard 1986Ballard, R. 1986. Bidens pilosa complex (Asteraceae) in North and Central America. American Journal of Botany 73(10): 1452-1465.). Também, assemelha-se à B. riparia var. refracta (Brandeg) O.E. Schulz pelas lâminas pinatissectas, no entanto, pode ser distinguida pelas cipselas com todas as aristas eretas (vs. pelo menos duas aristas reflexas) (Bringel Jr. & Cavalcanti 2009Bringel Jr, J.B.A. & Cavalcanti, T.B. 2009. Heliantheae (Asteraceae) na bacia do rio Paranã (Goiás, Tocantins), Brasil. Rodriguésia 60(3): 551-580.). Frequente na área, ocorre em clareiras, onde floresce e frutifica nos meses de junho a novembro.

4. Blainvillea Cass. [Tribo Heliantheae]

Gênero caracterizado por apresentar brácteas involucrais com estrias verdes, páleas conduplicadas envolvendo as cipselas das flores do raio e pápus com aristas intramarginais largas na base, formando uma coroa proeminente (Barroso et al. 1991Barroso, G.M., Peixoto, A.L., Ichaso, C.L.F., Costa, C.G. & Guimarães, E.F. 1991. Sistemática de angiospermas do Brasil. v. 3. Imprensa Universitária, Viçosa, pp. 189-229.). Abrange quatro espécies com distribuição pantropical (Orchard 2012Orchard, A.E. 2012. The Australian species of Blainvillea Cass. (Asteraceae: Ecliptinae). Austrobaileya 8(4): 653-669.). No Brasil, ocorre apenas uma espécie na Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (Alves 2020aAlves, M. 2020a. Blainvillea in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16017 > (acesso em 16-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
), também registrada na USJ.

4.1. Blainvillea acmella (L.) Philipson, Blumea 6: 350. 1950.

Figura 2k-m

Ervas eretas, 0,3-1 m alt.; ramos cilíndricos, pilosos. Folhas opostas, pecioladas; lâminas 2,5-9,5 × 1,2-4,5 cm, membranáceas, discolores, inteiras, ovadas a lanceoladas, ápice agudo a acuminado, base cuneada a atenuada, margem inteira a 1/2 serreada para o ápice, face adaxial estrigosa, face abaxial pilosa a tomentosa, glanduloso-pontoada; venação acródroma. Capitulêscencias em monocásios ou capítulos solitários, terminais ou axilares. Capítulos heterógamos, radiados, pedunculados. Invólucro subgloboso, bisseriado; brácteas subinvolucrais ausentes; brácteas involucrais 7-8, 4-5 × 2,5-3 mm, livres, planas, internas e externas oblongas a lanceoladas, ápice cuneado a agudo, margem inteira a 1/2 ciliada para o ápice, face adaxial glabra, face abaxial estrigosa, glanduloso-pontoada. Receptáculo plano a côncavo, paleáceo; páleas 4-5 × 1-2 mm, conduplicadas, elípticas a oblongas, ápice truncado-eroso. Flores do raio 4-5, pistiladas, alvas; corola liguliforme, tubo 1,3 × 0,1 mm; lígula 0,8-1,2 × 0,5-0,7 mm, lobos 2, internamente glabro, externamente glanduloso-pontoado; ramos do estilete ca. 0,3 mm compr., ápice agudo, papilosos. Flores do disco ca. 15, bissexuadas, alvas; corola campanulada, tubo 1,7-2 × 0,5-0,7 mm; lobos 5, 0,3 × 0,3 mm, internamente glabros, externamente glanduloso-pontoados; anteras com apêndice apical lanceolado; ramos do estilete ca. 0,3 mm compr., ápice agudo, papilosos. Cipselas 3,3-4 × 1-1,7 mm, prismáticas, ápice truncado ou côncavo, com elevações nos ângulos, base cilíndrica, levemente rugosas, pilosas somente no ápice. Pápus 0,7-1,5 mm compr., unisseriado, aristado-escabroso, persistente.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata do Pezinho, 23-V-2007, fl. e fr., J.S. Marques & N.A. Albuquerque 98 (UFP).

Distribuição geográfica: Apresenta distribuição pantropical, ocorrendo na África, Ásia, Oceania e América do Sul (POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
, GCC 2020Global Compositae Checklist [GCC]. 2020. Global Compositae Checklist. Disponível em https://compositae.landcareresearch.co.nz/ >. (acesso em 13-I-2021).
https://compositae.landcareresearch.co.n...
). No Brasil, ocorre em toda a região Nordeste e Sudeste, além dos Estados de Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Alves 2020aAlves, M. 2020a. Blainvillea in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16017 > (acesso em 16-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Blainvillea acmella assemelha-se à B. cunninghamii (DC.) Orchard, mas pode ser distinguida pelas cipselas com ápice truncado ou côncavo (vs. ápice convexo), levemente rugosas (vs. lisas), e pápus 0,7-1,5 mm compr. (vs. ca. 0,5 mm compr.) (Orchard 2012Orchard, A.E. 2012. The Australian species of Blainvillea Cass. (Asteraceae: Ecliptinae). Austrobaileya 8(4): 653-669.). Frequente na área, ocorre em bordas, onde floresce e frutifica nos meses de maio a julho.

5. Centratherum Cass. [Tribo Vernonieae]

Gênero distinto pela combinação de capítulos solitários, pedunculados e terminais, subtendidos por brácteas externas foliáceas, flores com corola glanduloso-estipitada e pápus unisseriado cerdoso (Kirkman 1981Kirkman, L.K. 1981. Taxonomic revision of Centratherum and Phyllocephalum (Compositae: Vernonieae). Rodhora 83: 1-24.). Possui três espécies de ampla distribuição, ocorrendo nas Américas do Norte, Central e do Sul, e como introduzidas na Austrália e Filipinas (Keeley & Robinson 2009Keeley, S.C. & Robinson, H. 2009. Vernonieae. In: V.A. Funk, A. Susanna, T. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, Evolution and Biogeography of the Compositae.Vienna: IAPT, Austria, pp. 439-469., Loeuille et al. 2019Loeuille, B., Semir, J. & Pirani, J.R. 2019. A synopsis of Lychnophorinae (Asteraceae: Vernonieae). Phytotaxa (Monography) 398 (1): 1-139.). No Brasil, ocorrem duas espécies, uma delas amplamente dispersa (Marques et al. 2020Marques, D., Nakajima, J. & Loeuille, B.F.P. 2020. Centratherum in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16046 > (acesso em 13-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
) e registrada na USJ.

5.1. Centratherum punctatum Cass., Dict. Sci. Nat., ed. 2. 7: 384. 1817.

Figura 2n-o

Ervas eretas, ca. 0,8 m alt.; ramos cilíndricos, pilosos. Folhas alternas, pecioladas; lâminas 1-6,5 × 0,6-2,8 cm, membranáceas, discolores, inteiras, ovadas a elípticas, ápice agudo, base atenuada, margem serreada, faces adaxial e abaxial pilosas, glanduloso-pontoadas; venação craspedódroma. Capítulos solitários, terminais, homógamos, discóides, pedunculados. Invólucro cilíndrico-campanulado, 5-seriado; brácteas subinvolucrais 5-6, 18-40 × 7-17 mm; brácteas involucrais 50-60, 2-6 × 1-1,5 mm, livres, planas, internas e externas estreito-triangulares a oblongas, ápice aristado, margem inteira, face adaxial glabra, face abaxial pilosa, glanduloso-pontoada. Receptáculo convexo, epaleáceo. Flores ca. 50, bissexuadas, lilases; corola tubulosa, tubo 3-4 × 0,4-0,5 mm; lobos 5, 0,7 × 0,2 mm, internamente glabros, externamente glanduloso-pontoados; anteras com apêndice apical agudo; ramos do estilete, ca. 1,5 mm compr., ápice agudo, pilosos. Cipselas 1,2 × 0,3 mm, cilíndricas, ápice truncado, base cilíndrica, lisas, glabras. Pápus 2 mm compr., unisseriado, cerdoso, caduco.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, 24-IV-2003, fl. e fr., A. Melquiades & G.J. Bezerra 160 (UFP, PEUFR).

Distribuição geográfica: Ocorre nas Américas Central e do Sul, além de introduzida na África, Ásia e Oceania (Loeuille et al. 2019Loeuille, B., Semir, J. & Pirani, J.R. 2019. A synopsis of Lychnophorinae (Asteraceae: Vernonieae). Phytotaxa (Monography) 398 (1): 1-139., POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
). No Brasil, se distribue em todos os Estados e tipos de vegetação (Marques et al. 2020Marques, D., Nakajima, J. & Loeuille, B.F.P. 2020. Centratherum in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16046 > (acesso em 13-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Centratherum punctatum é considerada ruderal e é a única espécie do gênero que apresenta pápus (Loeuille et al. 2019Loeuille, B., Semir, J. & Pirani, J.R. 2019. A synopsis of Lychnophorinae (Asteraceae: Vernonieae). Phytotaxa (Monography) 398 (1): 1-139.). Frequente na área, ocorre em bordas e clareiras, onde floresce e frutifica nos meses de abril a novembro.

6. Chromolaena DC. [Tribo Eupatorieae]

Gênero reconhecido principalmente pelos ramos do estilete e face interna dos lobos da corola papilosos, base do estilete glabra e pelo invólucro cilíndrico, formado por brácteas involucrais aumentando de tamanho em direção ao interior do capítulo e totalmente caducas na maturidade (King & Robinson, 1987Abreu, V.H.R. 2015. Palinologia e taxonomia das espécies de Praxelis Cass. (subtribo Praxelinae, Eupatorieae-Asteraceae) ocorrentes no Brasil. Tese de Doutorado, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro., Funk et al. 2009Funk, V.A., Susanna, A., Stuessy, T.F. & Robinson, H. 2009. Classification of Compositae. In: V.A. Funk, A. Susanna, T.F. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, evolution and biogeography of the Compositae. IAPT, Vienna , pp. 171-189.). Abrange aproximadamente 165 espécies distribuídas do sul dos Estados Unidos ao norte da Argentina, com uma espécie amplamente dispersa na região paleotropical (Bremer 1994Bremer, K., Anderberg, A.A., Karis, P.A. & Lundberg, J. 1994. Tribe Eupatorieae. In: K. Bremer (ed.). Asteraceae: Cladistics and Classification. Timber Press, Oregon, pp. 625-680. , Hind & Robinson 2007Hind, D.J.N. & Robinson, H. 2007. Tribe Eupatorieae Cass. (1819). In: J.M. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8VIII.: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin, Heidelberg, New York, pp. 510-575.). O principal centro de diversidade do gênero é o Brasil, onde ocorrem 69 espécies (King & Robinson 1975King, R.M. & Robinson, H. 1975. Compositae. II. Eupatorieae. In: R.E. Woodson Jr & R.W. Schery (eds.). Flora of Panama Part IX. Family 184. Compositae. Annals of the Missouri Botanical Garden 62(4): 888-1004., Christ & Rebouças 2020Christ, A.L. & Rebouças, N.C. 2020. Chromolaena in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16052 > (acesso em 12-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Na USJ, há registro de uma espécie.

6.1. Chromolaena odorata (L.) R.M.King & H.Rob., Phytologia, 20: 204. 1970.

Figura 2p-r

Arbustos escandentes a eretos, ca. 1,5 m alt.; ramos cilíndricos, pubescentes. Folhas opostas, pecioladas; lâminas 3-5,8 × 1-3 cm, papiráceas, discolores, inteiras, ovadas a lanceoladas, ápice agudo a acuminado, base arredondada a atenuada, margem inteira a levemente serreada em direção ao ápice, face adaxial estrigosa, face abaxial estrigosa a tomentosa, glanduloso-pontoada; venação acródroma. Capitulescências corimbiformes, terminais. Capítulos homógamos, discóides, pedunculados. Invólucro cilíndrico, 6-7-seriado; brácteas involucrais 20-35, 5-8 × 1-1,8 mm, livres, planas, internas e externas ovadas a oblanceoladas, ápice arredondado a obtuso, margem inteira a ciliada em direção ao ápice, faces adaxial e abaxial glabras, eglandulares. Receptáculo plano, epaleáceo. Flores 20-30, bissexuadas, lilases; corola tubulosa, tubo 5 × 0,8 mm; lobos 5, 0,5 × 0,5 mm, internamente papilosos, externamente glanduloso-pontoados; anteras com apêndice apical agudo; ramos do estilete ca. 5 mm compr., ápice obtuso, papilosos. Cipselas 4 × 0,5 mm, prismáticas, ápice truncado, base cilíndrica, lisas, pilosas. Pápus 5-6 mm compr., unisseriado, cerdoso-escabroso, persistente.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata de Piedade, 6-XI-2008, fl. e fr., K.C. Araújo 22 (UFP).

Distribuição geográfica: É a espécie do gênero com maior distribuição geográfica, ocorrendo do sul dos Estados Unidos ao norte da Argentina, além de invasora na região paleotropical (Williams 1976aWilliams, L.O. 1976a. Compositae. II. Eupatorieae. In: D.L. Nash & L.O. Williams (eds.). Flora of Guatemala. Fieldiana, Botany 24(12): 466-482., POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
). No Brasil, tem registro em todos os Estados e domínios fitogeográficos, sendo frequente em ambientes antropizados (Christ & Rebouças 2020Christ, A.L. & Rebouças, N.C. 2020. Chromolaena in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16052 > (acesso em 12-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Chromolaena odorata é similar morfologicamente à C. maximilliani (Schrad. ex DC.) R.M.King & H.Rob., diferenciando-se pela face abaxial foliar glanduloso-pontoada (vs. eglandular) (Esteves 2001Esteves, R.L. 2001. O gênero Eupatorium s.l. (Compositae: Eupatorieae) no Estado de São Paulo, Brasil. Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas, Campinas., Christ & Rebouças 2020Christ, A.L. & Rebouças, N.C. 2020. Chromolaena in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16052 > (acesso em 12-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Também, assemelha-se à C. porphyrolepis (BakerBaker, J.G. 1873. Compositae. I. Vernoniaceae. In: C.P. Martius & A.W. Eichler (eds.). Flora Brasiliensis. Fleischer & Co., Leipzig 6(2): 5-180.) R.M.King & H.Robinson, no entanto, pode ser distinguida pelas brácteas involucrais externas com ápice arredondado a obtuso (vs. ápice cuneado) (Christ & Rebouças 2020Christ, A.L. & Rebouças, N.C. 2020. Chromolaena in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16052 > (acesso em 12-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Frequente na área, coletada em bordas e clareiras, onde floresce e frutifica nos meses de abril a novembro.

7. Conocliniopsis R.M.King & H.Rob. [Tribo Eupatorieae]

Gênero monoespecífico e caracterizado pela lâmina foliar ovada, margem fortemente crenada, brácteas involucrais com ápice acuminado, receptáculo cônico fortemente foveolado e cipselas setulosas (Hind & Robinson 2007Robinson, H. 2007. Tribe Vernonieae Cass. (1819). In: J.W. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8 VIII: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 149-174.). É restrito ao Brasil.

7.1. Conocliniopsis prasiifolia (DC.) R.M.King & H.Rob., Phytologia 23: 308. 1972.

Figura 2s-u

Ervas ou subarbustos eretos, ca. 1 m alt.; ramos cilíndricos, pilosos. Folhas alternas a opostas em direção ao ápice, pecioladas; lâminas 0,8-5,3 × 0,5-3,4 cm, membranáceas, discolores, inteiras, ovadas a deltóides, ápice obtuso a agudo, base atenuada a truncada, margem crenada a crenado-serreada, faces adaxial e abaxial pilosas, abaxialmente glanduloso-pontoada; venação acródroma. Capitulescências em corimbos paniculiformes densos, terminais. Capítulos homógamos, discóides, pedunculados. Invólucro campanulado, 3-seriado; brácteas involucrais 15-20, 2-4 × 1-2 mm, livres, planas, internas e externas obovadas a linear-lanceoladas, ápice agudo a acuminado, margem ciliada, face adaxial glabra, face abaxial hirsuta, glanduloso-pontoada. Receptáculo cônico, epaleáceo. Flores 30-40, bissexuadas, lilases; corola tubulosa, tubo 2,5 × 0,5 mm; lobos 5, 0,5 × 0,3 mm, internamente papilosos, externamente glanduloso-pontoados; anteras com apêndice apical arredondado; ramos do estilete ca. 2,5 mm compr., ápice obtuso, papilosos. Cipselas 1-1,5 × 0,3-0,4 mm, lineares a obovóides, ápice truncado, base cilíndrica, lisas, densamente setulosas. Pápus 2,5-3 mm compr., unisseriado, cerdoso, persistente.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata da Chave, 01-III-2010, fl. e fr., S.O. Santos et al. 146 (UFP).

Conocliniopsis prasiifolia é similar morfologicamente à Lourteigia ballotifolia (Kunth) R.M.King & H.Rob., no entanto, é distinta pela face abaxial foliar pilosa (vs. tomentosa), brácteas involucrais com face abaxial hirsuta, glanduloso-pontoada (vs. tomentosa, eglandular), receptáculo cônico (vs. convexo) e cipselas densamente setulosas (vs. esparsamente setulosas a glabras). Frequente na área, coletada em bordas e áreas sombreadas, onde floresce e frutifica nos meses de março a novembro.

8. Conyza Less. [Tribo Astereae]

Gênero reconhecido pelos capítulos disciformes heterógamos, invólucro cilíndrico a hemisférico, flores da margem pistiladas filiformes, flores do centro bissexuadas tubulosas, cipselas compressas e pápus cerdoso-barbelado (Bremer 1994Bremer, K., Anderberg, A.A., Karis, P.A. & Lundberg, J. 1994. Tribe Eupatorieae. In: K. Bremer (ed.). Asteraceae: Cladistics and Classification. Timber Press, Oregon, pp. 625-680. , Nesom 2000Nesom, G.L. 2000. Generic conspectus of the tribe Astereae (Asteraceae) in North America, Central America, the Antilles and Hawaii. Sida Botanical Miscellany 20:1-100.). Abrange entre 60-100 espécies, distribuídas principalmente nas regiões tropicais e subtropicais do mundo, com algumas pantropicais (Nesom & Robinson 2007Nesom, G. & Robinson, H. 2007. Tribe Astereae Cass. (1819). In: J. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8VIII.: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 284-341.). No Brasil, ocorrem 16 espécies amplamente distribuídas no território (Heiden 2020Heiden, G. 2020. Conyza in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB5278 > (acesso em 13-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Na USJ há registro de uma espécie.

8.1. Conyza sumatrensis (Retz.) E.Walker, J. Jap. Bot. 46 (3): 72. 1971.

Figura 2v-y

Subarbustos a arbustos eretos, 1-2 m alt.; ramos cilíndricos, hirsutos. Folhas alternas, sésseis; lâminas 2-6 × 0,2-0,5 cm, membranáceas, concolores, inteiras, linear-lanceoladas, ápice agudo, base atenuada, margem inteira a serreada, faces adaxial e abaxial pubescentes a híspidas, glanduloso-pontoadas; venação broquidódroma. Capitulescências paniculiformes, terminais ou axilares. Capítulos heterógamos, disciformes, pedunculados. Invólucro cilíndrico, 3-seriado; brácteas involucrais 30-40, 2-4 × 0,5 mm, livres, planas, internas e externas linear-lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, face adaxial glabra, face abaxial pilosa, eglandulares. Receptáculo plano, epaleáceo. Flores da margem 40-60, pistiladas, alvas; corola filiforme, tubo 3 × 0,1-0,2 mm; lobos 2, 0,1 × 0,1 mm, interna e externamente glabros; ramos do estilete ca. 0,1 mm compr., ápice agudo, glabros. Flores do centro ca. 10, bissexuadas, amarelas; corola tubulosa, tubo 3 × 0,2-0,3 mm; lobos 5, 0,5-0,6 × 0,3-0,4 mm, internamente glabros, externamente papilosos; anteras com apêndice apical agudo; ramos do estilete ca. 0,2 mm compr., ápice agudo, papilosos. Cipselas 1 × 0,3-0,4 mm, compressas, oblongas, ápice truncado, base cilíndrica, lisas, pilosas. Pápus 3 mm compr., unisseriado, cerdoso-barbelado, persistente.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata de Piedade, 05-XI-2008, fl. e fr., K.C. Araújo 08 (UFP).

Distribuição geográfica: Espécie pantropical e considerada invasora em diversas regiões tropicais e temperadas (POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
, GCC 2020Global Compositae Checklist [GCC]. 2020. Global Compositae Checklist. Disponível em https://compositae.landcareresearch.co.nz/ >. (acesso em 13-I-2021).
https://compositae.landcareresearch.co.n...
). Para o Brasil, há registro em quase todos os domínios fitogeográficos e Estados, exceto Amapá, Ceará, Maranhão, Piauí, Roraima e Tocantins (Heiden 2020Heiden, G. 2020. Conyza in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB5278 > (acesso em 13-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Conyza sumatrensis assemelha-se morfologicamente à C. bonariensis (L.) Cronquist, mas se diferencia por possuir capitulescência paniculiforme (vs. corimbiforme piramidal). Também, é bastante similar à C. canadensis (L.) Cronquist, sendo distinguida pelos capítulos disciformes (vs. sub-radiados) e flores do centro com 5 lobos (vs. 4 lobos) (Pruski & Sancho 2006Pruski, J.F. & Sancho, G. 2006. Conyza sumatrensis var. leiotheca (Compositae: Astereae), a new combination for a common neotropical weed. Novon: A Journal for Botanical Nomenclature 16(1): 96-101.). Frequente na área, coletada em bordas e clareiras, onde floresce e frutifica o ano inteiro.

9. Cyrtocymura H. Rob. [Tribo Vernonieae]

Gênero caracterizado pelas capitulescências em cíncinos escorpióides e pelos capítulos sésseis e decíduos (Robinson 1987Robinson, H. 1987. Studies in the Lepidaploa complex (Vernonieae: Asteraceae). III. Two new genera, Cyrtocymura and Eirmocephala. Proceedings of the Biological Society of Washington 100: 844-855.). O gênero inclui seis espécies, distribuídas pelo México, América Central e América do Sul (Robinson 1987Robinson, H. 1987. Studies in the Lepidaploa complex (Vernonieae: Asteraceae). III. Two new genera, Cyrtocymura and Eirmocephala. Proceedings of the Biological Society of Washington 100: 844-855., Keeley & Robinson 2009Keeley, S.C. & Robinson, H. 2009. Vernonieae. In: V.A. Funk, A. Susanna, T. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, Evolution and Biogeography of the Compositae.Vienna: IAPT, Austria, pp. 439-469.). No Brasil, é representado por cinco espécies, sendo uma de ampla distribuição (Picanço et al. 2020Picanço, W.L., Loeuille, B.F.P., Marques, D., Nakajima, J., Souza-Souza, R.M.B. & Esteves, R.L. 2020. Cyrtocymura in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB27011 > (acesso em 16-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Na USJ, há registro de uma espécie.

9.1. Cyrtocymura scorpioides (Lam.) H.Rob., Proc. Biol. Soc. Washington 100 (4): 852. 1987.

Figura 2x-z1

Subarbustos a arbustos escandentes, 0,8-1,5 m compr.; ramos cilíndricos, seríceos a pubescentes. Folhas alternas, pecioladas; lâminas 2,8-8,5 × 1-2,8 cm, membranáceas, discolores, inteiras, ovadas a elípticas, ápice agudo ou atenuado, base atenuada, margem levemente serreada, faces adaxial e abaxial puberulentas a estrigosas, glanduloso-pontoadas; venação broquidódroma. Capitulescência em cíncinos escorpioides, terminais. Capítulos homógamos, discóides, sésseis. Invólucro campanulado, 5-seriado; brácteas involucrais 26, 1,5-4 × 0,5-1,2 mm, livres, planas, internas e externas ovadas a lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, face adaxial pilosa somente no ápice, face abaxial pubescente, eglandulares. Receptáculo plano, epaleáceo. Flores ca. 20, bissexuadas, alvas a lilases; corola infundibuliforme, tubo 3-3,2 × 0,5-0,7 mm; lobos 5, 1,4-2 × 0,4 mm, internamente glabros, externamente pilosos; anteras com apêndice apical agudo; ramos do estilete ca. 1,2 mm compr., ápice agudo, pilosos. Cipselas 0,7-1 × 0,3-0,5 mm, obcônicas, ápice truncado, base cilíndrica, lisas, pilosas a pubescentes. Pápus bisseriado, série externa 0,7-1 mm compr., paleáceo; série interna 4-6 mm compr., cerdoso-barbelada, ambas persistentes.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata de Chave, 03-III-2010, fl. e fr., E. Pessoa & J.D. García-Gonzaléz 264 (JPB).

Distribuição geográfica: Ocorre em toda a América tropical, desde a Nicarágua até o Nordeste da Argentina (Cabrera & Klein 1980Cabrera, A.L. & Klein, R.M. 1980. Compostas 2. Tribo Vernonieae. In: R. Reitz (ed.). Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí, Herbário Barbosa Rodrigues, pp. 226-408., Cristóbal & Dematteis 2003Cristóbal, C.L. & Dematteis, M. 2003. Asteraceae XVIII. Tribu I. Vernonieae. In: A.T. Hunziker (ed.). Flora Fanerogámica Argentina. Museo Botánico de Córdoba, Argentina, pp. 3-53.). Apresenta ampla distribuição no Brasil, ocorrendo em áreas antrópicas e em quase todos os Estados e tipos de vegetação, exceto Acre, Amapá, Rondônia e Roraima (Picanço et al. 2020Picanço, W.L., Loeuille, B.F.P., Marques, D., Nakajima, J., Souza-Souza, R.M.B. & Esteves, R.L. 2020. Cyrtocymura in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB27011 > (acesso em 16-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Cyrtocymura scorpioides apresenta ampla variabilidade morfológica e é semelhante à C. harleyi (H. Rob.) H.Rob., podendo ser distinguida pelos ramos cilíndricos (vs. distintamente angulosos) e folhas com ápice agudo ou atenuado (vs. obtuso) (Picanço et al. 2020Picanço, W.L., Loeuille, B.F.P., Marques, D., Nakajima, J., Souza-Souza, R.M.B. & Esteves, R.L. 2020. Cyrtocymura in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB27011 > (acesso em 16-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Também, pode ser confundida com C. mattos-silvae (H.Rob.) H.Rob, mas é distinta pelas brácteas involucrais com ápice agudo (vs. longo-acuminado) e piloso na face adaxial (vs. glabro) (Ogasawara & Roque 2015Ogasawara, H.A. & Roque, N. 2015. Flora da Bahia: Asteraceae - Subtribo Vernoniinae. Sitientibus série Ciências Biológicas 15: 10.13102.
https://doi.org/10.13102...
). Frequente na área, coletada em bordas, onde floresce e frutifica nos meses de março a novembro.

10. Eclipta L. [Tribo Heliantheae]

Gênero caracterizado por apresentar hábito herbáceo, geralmente prostrado, folhas opostas e linear-lanceoladas, flores do raio e páleas do receptáculo filiformes e cipselas tuberculadas (Panero 2007aPanero, J.L. 2007a. Tribe Heliantheae Cass. (1819). In: J.W. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8VIII.: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 440-477.). Engloba seis espécies, amplamente distribuídas no mundo (Orchard & Cross 2013Orchard, A.E. & Cross, E.W. 2013. A revision of the Austrálian species of Eclipta (Asteraceae: Ecliptinae), with discussion of extra-Austrálian taxa. Nuytsia 23: 43-62., POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
). No Brasil, são registradas três espécies, ocorrendo por todo o território (Alves 2020bAlves, M. 2020b. Eclipta in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16091 > (acesso em 16-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Na USJ, há registro de uma espécie.

10.1. Eclipta prostrata (L.) L., Mant. Pl. Altera. 286. 1771.

Figura 3a-b

Figura 3.
Caracteres diagnósticos das espécies da família Asteraceae na Usina São José, Igarassu, Estado de Pernambuco, Brasil. a-b. Eclipta prostrata (L.) L., a. Capítulo. b. Cipsela com pápus. c-d. Elephantopus hirtiflorus DC., c. Capitulescência. d. Cipsela com parte do pápus. e-f. Elephantopus mollis Kunth, e. Capitulescência. f. Cipsela com parte do pápus. g-h. Emilia fosbergii Nicolson, g. Lâmina foliar inferior. h. Capítulo. i-j. Emilia sonchifolia (L.) DC. ex Wight, i. Lâmina foliar inferior. j. Capítulo. k-l. Erechtites hieracifolius (L.) Raf. ex DC., k. Lâmina foliar. l. Capítulo. m-o. Gamochaeta pensylvanica (Willd.) Cabrera, m. Lâmina foliar. n. Capítulo. o. Cipsela com parte do pápus. p-r. Gymnanthemum amygdalinum (Delile) Sch.Bip. ex Walp., p. Lâmina foliar. q. Capítulo. r. Cipsela com parte do pápus. s-u. Melanhera latifolia (Gadner) Cabrera, s. Lâmina foliar. t. Pálea. u. Cipsela com pápus. v-w. Mikania cordifolia (L. f.) Willd., v. Lâmina foliar. w. Capitulescência. y-x. Mikania duckei G.M.Barroso, y. Lâmina foliar. x. Capitulescência. z-z1. Mikania glomerata Spreng., z. Lâmina foliar. z1. Capitulescência.

Ervas eretas, 0,6-1 m alt.; ramos cilíndricos, estrigosos. Folhas opostas, sésseis; lâminas 3-8 × 2-2,5 cm, cartáceas, discolores, inteiras, linear-lanceoladas, ápice agudo, base cuneada, margem inteira, faces adaxial e abaxial híspidas, eglandulares; venação camptódroma. Capitulescências 2-3-fasciculadas ou capítulos solitários, terminais ou axilares. Capítulos heterógamos, radiados, pedunculados. Invólucro campanulado, bisseriado; brácteas involucrais 10, 4,5 × 2 mm, livres, planas, internas e externas elípticas a obovadas, ápice acuminado, margem ciliada, face adaxial glabra, face abaxial estrigosa, eglandulares. Receptáculo plano a côncavo, paleáceo; páleas 4-4,5 × 0,1 mm, planas, filiformes. Flores do raio 25-30, pistiladas, alvas; corola filiforme, tubo 0,3 × 0,2 mm; lígula 1,4 × 0,2 mm, lobos 1-2, interna e externamente glabro; ramos do estilete ca. 0,2 mm compr., ápice truncado, glabros. Flores do disco ca. 30, bissexuadas, alvas a amarelas; corola campanulada, tubo 0,8-1 × 0,3-0,5 mm; lobos 5, 0,3 × 0,3 mm, internamente glabros, externamente glanduloso-pontoados; anteras com apêndice apical obtuso; ramos do estilete ca. 0,2 mm compr., ápice truncado, papilosos. Cipselas 2,5 × 1 mm, compressas a subcilíndricas, ápice rostrado, base cilíndrica, tuberculadas, glabras a pilosas somente no ápice. Pápus ca. 0,2 mm compr., unisseriado, coroniforme com duas escamas marginais, persistente.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata de Chave, 01-III-2010, fl. e fr., S.O. Santos 142 (UFP).

Distribuição geográfica: Espécie ruderal, nativa das Américas e amplamente introduzida na região paleotropical (Orchard & Cross 2013Orchard, A.E. & Cross, E.W. 2013. A revision of the Austrálian species of Eclipta (Asteraceae: Ecliptinae), with discussion of extra-Austrálian taxa. Nuytsia 23: 43-62., POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
). No Brasil, é registrada em todos os Estados e tipos de vegetação, além de áreas antrópicas (Alves 2020bAlves, M. 2020b. Eclipta in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16091 > (acesso em 16-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Eclipta prostrata possui grande variação quanto à altura e tamanho das estruturas, assemelhando-se morfologicamente à E. elliptica DC. Porém, se diferencia pelas lâminas foliares linear-lanceoladas (vs. elípticas), cipselas não aladas (vs. aladas), e pápus coroniforme com duas escamas marginais (vs. pápus 2-3-aristado) (Orchard & Cross 2013Orchard, A.E. & Cross, E.W. 2013. A revision of the Austrálian species of Eclipta (Asteraceae: Ecliptinae), with discussion of extra-Austrálian taxa. Nuytsia 23: 43-62., Alves 2020bAlves, M. 2020b. Eclipta in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16091 > (acesso em 16-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Frequente na área, coletada em bordas, onde floresce e frutifica nos meses de março a novembro.

11. Elephantopus L. [Tribo Vernonieae]

Gênero reconhecido pelos capítulos agrupados em sincéfalos simples e solitários ou pareados, em panículas, corimbiformes ou em espigas não congestas, terminais, capítulos com 2-4 flores, corola zigomorfa e pápus com cerdas dilatadas na base (Bremer 1994Bremer, K., Anderberg, A.A., Karis, P.A. & Lundberg, J. 1994. Tribe Eupatorieae. In: K. Bremer (ed.). Asteraceae: Cladistics and Classification. Timber Press, Oregon, pp. 625-680. , Keeley & Robinson 2009Keeley, S.C. & Robinson, H. 2009. Vernonieae. In: V.A. Funk, A. Susanna, T. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, Evolution and Biogeography of the Compositae.Vienna: IAPT, Austria, pp. 439-469.). Possui ca. 28 espécies distribuídas no leste da América do Norte e nos trópicos (Keeley & Robinson 2009Keeley, S.C. & Robinson, H. 2009. Vernonieae. In: V.A. Funk, A. Susanna, T. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, Evolution and Biogeography of the Compositae.Vienna: IAPT, Austria, pp. 439-469.). No Brasil são registradas nove espécies, amplamente distribuídas no território (Souza-Souza 2020Souza-Souza, R.M.B. 2020. Elephantopus in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16095 > (acesso em 17-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Na USJ, há registro de duas espécies.

11.1. Elephantopus hirtiflorus DC., Prod. 5:86. 1836.

Figura 3 c-d

Ervas eretas, ca. 1,2 m alt., ramos cilíndricos, hirsutos a pubescentes. Folhas inferiores rosuladas, superiores alternas, sésseis; lâminas 3-7,5 × 0,4-1,8 cm, subcoriáceas, discolores, inteiras, linear-lanceoladas a estreito-obovadas, ápice agudo, base cuneada, margem serreada; face adaxial hirsuta, face abaxial densamente hirsuta, glanduloso-pontoadas; venação broquidódroma. Capitulescências em sincéfalos solitários, solitários ou pareados, terminais; cada sincéfalo subtendido por 2-3 brácteas linear-lanceoladas, 15-17 × 3-4 mm, ápice agudo, hirsutas a lanuginosas. Capítulos homógamos, discóides, sésseis. Invólucro fusiforme, 4-seriado; brácteas involucrais 8, 4-14 × 2-4 mm, livres, planas, internas e externas linear-lanceoladas, ápice agudo a acuminado, margem inteira, face adaxial glabra, face abaxial pubescente somente no ápice, eglandulares. Receptáculo plano, epaleáceo. Flores 3-4, bissexuadas, alvas; corola tubulosa, tubo 4 × 0,1 mm; lobos 5, 3 × 0,8 mm, internamente glabros, externamente penicilados; anteras com apêndice apical obtuso; ramos do estilete ca. 1,5 mm compr., ápice agudo, pilosos. Cipselas 5 × 1 mm, compressas, fusiformes, ápice truncado, base cilíndrica, lisas, pubescentes, glanduloso-pontoadas. Pápus bisseriado, série externa 1,2-1,5 mm compr., cerdosa de base dilatada; série interna 7 mm compr., paleácea, persistentes.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata de Piedade, 11-I-2018, fl. e fr., N. Fonseca et al. 01 (UFP).

Distribuição geográfica: Espécie restrita ao Brasil e Venezuela (POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
, GCC 2020Global Compositae Checklist [GCC]. 2020. Global Compositae Checklist. Disponível em https://compositae.landcareresearch.co.nz/ >. (acesso em 13-I-2021).
https://compositae.landcareresearch.co.n...
). No Brasil, é amplamente distribuída na região Nordeste, também ocorrendo em Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Apresenta registro nos domínios da Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, além de áreas antrópicas (Souza-Souza 2020Souza-Souza, R.M.B. 2020. Elephantopus in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16095 > (acesso em 17-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Elephantopus hirtiflorus assemelha-se à E. palustris Gardner pelos capítulos em sincéfalos solitários ou pareados. No tentanto, se diferencia pelos lobos da corola externamente penicilados (vs. glandulosos) e pelo pápus bisseriado, com série externa cerdosa e interna paleácea (vs. unisseriado paleáceo) (Souza-Souza 2020Souza-Souza, R.M.B. 2020. Elephantopus in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16095 > (acesso em 17-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Pouco frequente na área, coletada em bordas, onde floresce e frutifica nos meses de janeiro a outubro.

11.2. Elephantopus mollis Kunth, Nov. Gen. Sp. 4 (14): 20 (ed. fol.). 1818.

Figura 3e-f

Ervas eretas, ca. 0,5 cm alt., ramos cilíndricos, pilosos a pubescentes. Folhas inferiores rosuladas, superiores alternas, sésseis, amplexicaules; lâminas 2,4-6,7 × 0,6-1,6 cm, membranáceas, discolores, inteiras, elípticas a lanceoladas, ápice agudo a acuminado, base cuneada, margem serreada; face adaxial pilosa, face abaxial pubescente, glanduloso-pontoadas; venação broquidódroma. Capitulescências racemiformes de sincéfalos, terminais; cada sincéfalo subtendido por 3 brácteas largo-ovadas, 10-13 × 13 mm, ápice acuminado, pilosas. Capítulos homógamos, discóides, sésseis. Invólucro fusiforme, 4-seriado; brácteas involucrais 8, 3-8 × 1-2 mm, livres, planas, internas e externas linear-lanceoladas, ápice agudo a acuminado, margem levemente serreada, faces adaxial e abaxial glabras, glanduloso-pontoadas. Receptáculo plano, epaleáceo. Flores 4, bissexuadas, róseas; corola tubulosa, tubo 3 × 0,3 mm; lobos 5, 0,5-0,6 × 0,3 mm, interna e externamente glabros; anteras com apêndice apical obtuso; ramos do estilete ca. 1,5 mm compr., ápice agudo, pilosos. Cipselas 2 × 0,5 mm, compressas, fusiformes, ápice truncado, base cilíndrica, lisas, pilosas, glanduloso-pontoadas. Pápus 4-5 mm compr., unisseriado, cerdoso, persistente.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata de Piedade, 10-IX-2008, fl. e fr., A. Alves-Araújo et al. 1063 (UFP).

Distribuição geográfica: Espécie ruderal amplamente distribuída na região neotropical, além de introduzida na África, Ásia e Oceania (Pruski & Robinson 2018Pruski, J. F., & Robinson, H. 2018.Asteraceae.Flora Mesoamericana. Missouri Botanical Garden, St. Louis 5(2): 1-608., POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
). No Brasil é registrada em todos os Estados e domínios fitogeográficos, exceto Rio Grande do Norte (Souza-Souza 2020Souza-Souza, R.M.B. 2020. Elephantopus in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16095 > (acesso em 17-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Elephantopus mollis se diferencia das demais espécies do gênero pelas capitulescências racemiformes de sincéfalos (vs. sincéfalos solitários ou pareados, em panículas, ou em espigas não congestas) e pelo tamanho das cipselas (1,9-2,7 mm compr. vs. 4 mm compr. em E. tomentosus L.) (Souza-Souza 2020Souza-Souza, R.M.B. 2020. Elephantopus in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16095 > (acesso em 17-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Pouco frequente na área, coletada em bordas, onde floresce e frutifica nos meses de janeiro a setembro.

12. Emilia (Cass.) Cass. [Tribo Senecioneae]

Gênero caracterizado pelos capítulos homógamos, discóides e ecaliculados, invólucro unisseriado com brácteas concrescidas em toda a extensão e pela corola geralmente vermelha a rósea (Nordenstam 2007Nordenstam, B. 2007. Tribe Senecioneae Cass. (1819). In: J. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8 VIII: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 208-241.). Compreende ca. 100 espécies, dispersas principalmente na África e com algumas pantropicais (Tadesse & Beentje 2004Tadesse, M. & Beentje, H. 2004. A Synopsis and new species of Emilia (Compositae-Senecioneae) in Northeast tropical África. Kew Bulletin 59: 469-482., Nordenstam 2007Nordenstam, B. 2007. Tribe Senecioneae Cass. (1819). In: J. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8 VIII: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 208-241.). No Brasil, ocorrem duas espécies (Teles & Freitas 2020aTeles, A.M. & Freitas, F.S. 2020a. Emilia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16104 > (acesso em 17-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
), ambas registradas na USJ.

12.1. Emilia fosbergii Nicolson, Phytologia 32: 34. 1975.

Figura 3g-h

Ervas eretas, ca. 0,5 m alt.; ramos cilíndricos, pilosos a glabrescentes. Folhas alternas, sésseis; lâminas 6,5-14 × 1,7-4,5 cm, membranáceas, concolores, inteiras, as inferiores longo-sagitadas, ápice cuneado, base sagitada; as superiores panduriformes a longo-sagitadas, ápice agudo, base auriculada a sagitada, ambas com margem irregularmente denteada, faces adaxial e abaxial pilosas a glabras, eglandulares; venação craspedódroma. Capitulescências corimbiformes, terminais. Capítulos homógamos, discóides, pedunculados. Invólucro campanulado, unisseriado; brácteas involucrais 10-12, 0,9-1,2 × 1-2 mm, concrescidas em toda a extensão, planas, linear-lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, faces adaxial e abaxial glabras, eglandulares. Receptáculo côncavo, epaleáceo. Flores 50-60, bissexuadas, vermelhas; corola tubulosa, tubo 7-8 × 0,3-0,4 mm; lobos 5, 1-1,5 × 0,4 mm, interna e externamente glabros; anteras com apêndice apical lanceolado; ramos do estilete ca. 1 mm compr., ápice agudo, pilosos. Cipselas 2-2,5 × 0,5 mm, cilíndricas, ápice truncado, base cilíndrica, lisas, pilosas. Pápus 6-7 mm compr., unisseriado, cerdoso, persistente.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata de Macacos, 26-IX-2007, fl. e fr., P.Y. Ojima 92 (UFP).

Distribuição geográfica: Espécie ruderal e pantropical, comumente encontrada em baixas elevações e em ambientes antropizados (Pruski & Robinson 2018Pruski, J. F., & Robinson, H. 2018.Asteraceae.Flora Mesoamericana. Missouri Botanical Garden, St. Louis 5(2): 1-608., POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
). No Brasil, ocorre em todos os Estados e domínios fitogeográficos (Teles & Freitas 2020aTeles, A.M. & Freitas, F.S. 2020a. Emilia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16104 > (acesso em 17-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Emilia fosbergii é morfologicamente relacionada à E. coccinea (Sims) G.Don., no entanto, pode ser distinguida pelas brácteas involucrais 9-12 mm compr. (vs. 6-9 mm compr.), flores vermelhas, nunca amareladas ou alaranjadas (vs. flores vermelho-amareladas a vermelho-alaranjadas) e lobos da corola 1-1,5 mm compr. (vs. 1,7-2 mm compr.) (Williams 1976bWilliams, L.O. 1976b. Compositae. VIII. Senecioneae. In: D.L. Nash & L.O. Williams (eds.). Flora of Guatemala. Fieldiana, Botany 24(12): 585-589.). Frequente na área, coletada em bordas, onde floresce e frutifica nos meses de março a outubro.

12.2. Emilia sonchifolia (L.) DC. ex Wight, Contr. Bot. India 24. 1834.

Figura 3 i-j

Ervas a subarbustos eretos, 0,2-1 m alt.; ramos cilíndricos, pilosos a glabrescentes. Folhas alternas, sésseis; lâminas 2,5-10 × 1,5-4 cm, membranáceas, concolores, inteiras, as inferiores liradas, ápice cuneado a arredondado, base atenuada; as superiores lineares a lanceoladas, ápice agudo a cuneado, base auriculada a sagitada, ambas com margem irregularmente denteada, faces adaxial e abaxial pilosas, eglandulares; venação craspedódroma. Capitulescências corimbiformes, terminais. Capítulos homógamos, discóides, pedunculados. Invólucro campanulado, unisseriado; brácteas involucrais 10-12, 7-10 × 1-2 mm, concrescidas em toda a extensão, planas, linear-lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, faces adaxial e abaxial glabras, eglandulares. Receptáculo côncavo, epaleáceo. Flores 30-35, bissexuadas, róseas a lilases; corola tubulosa, tubo 7-8 × 0,2 mm; lobos 5, 0,5-0,6 × 0,2 mm, interna e externamente glabros; anteras com apêndice apical agudo; ramos do estilete ca. 1 mm compr., ápice agudo, pilosos. Cipselas 2,5 × 0,5 mm, cilíndricas, ápice truncado, base cilíndrica, lisas, pilosas. Pápus 6-7 mm compr., unisseriado, cerdoso, persistente.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata de Chave, 30-VI-2016, fl. e fr., T.S. Coutinho et al. 148 (UFP).

Distribuição geográfica: Nativa na Ásia e no Pacífico, sendo amplamente introduzida nos trópicos e subtrópicos, comumente encontrada em baixas elevações e em ambientes antropizados (Thompson 2015Thompson, I.R. 2015. Asteraceae: Trib. 1. Senecioneae. In: A.J.G. Wilson (ed.). Flora of Australia. V. 37, Asteraceae 1. Melbourne: Australian Biological Resources Study/CSIRO Publishing, pp. 192-314., Pruski & Robinson 2018Pruski, J. F., & Robinson, H. 2018.Asteraceae.Flora Mesoamericana. Missouri Botanical Garden, St. Louis 5(2): 1-608.). No Brasil, ocorre em todos os Estados e domínios fitogeográficos (Teles & Freitas 2020aTeles, A.M. & Freitas, F.S. 2020a. Emilia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16104 > (acesso em 17-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Emilia sonchifolia é comumente confundida com E. fosbergii Nicolson e E. coccinea (Sims) G.Don, outras duas espécies amplamente distribuídas do gênero. Contudo, se diferencia principalmente pelo tamanho do invólucro ser equivalente ao das flores (vs. invólucro conspicuamente menor que as flores) e lobos da corola 0,5-0,7 mm compr. (vs. 1-2 mm compr.) (Barkley 1975Barkley, T.M. 1975. Compositae. VIII. Senecioneae. In: R.E. Woodson Jr & R.W. Schery (eds.). Flora of Panama Part IX. Family 184. Compositae. Annals of the Missouri Botanical Garden 62(4): 1244-1272., Williams 1976bWilliams, L.O. 1976b. Compositae. VIII. Senecioneae. In: D.L. Nash & L.O. Williams (eds.). Flora of Guatemala. Fieldiana, Botany 24(12): 585-589.). Frequente na área, coletada no interior e em bordas, onde floresce e frutifica o ano inteiro.

13. Erechtites Raf. [Tribo Senecioneae]

Gênero caracterizado pelos capítulos heterógamos, disciformes e caliculados, invólucro unisseriado com brácteas concrescidas apenas na base e corola alva, esverdeada ou amarelada. Apresenta cinco espécies, amplamente distribuídas nas Américas e introduzidas na região paleotropical (Nordenstam 2007Nordenstam, B. 2007. Tribe Senecioneae Cass. (1819). In: J. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8 VIII: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 208-241.). No Brasil ocorrem as cinco espécies, dispersas em todos os domínios fitogeográficos e Estados, exceto Maranhão e Piauí (Teles & Freitas 2020bTeles, A.M. & Freitas, F.S. 2020b. Erechtites in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16111 > (acesso em 18-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Na USJ, há registro de uma espécie.

13.1. Erechtites hieraciifolius (L.) Raf. ex DC., Prod. 6: 294. 1838.

Figura 3k-l

Ervas eretas, ca. 0,3 m alt.; ramos cilíndricos, hirsutos a glabrescentes. Folhas alternas, sésseis; lâminas 10-17 × 0,8-8,7 cm, membranáceas, concolores, inteiras, elípticas, ápice agudo, base obtusa a subcordada, margem inciso-serreadas ou lobado-serreadas, faces adaxial e abaxial pilosas a glabras, eglandulares; venação craspedódroma. Capitulescências corimbiformes, terminais ou axilares. Capítulos heterógamos, disciformes, sésseis a pedunculados. Invólucro cilíndrico, unisseriado, caliculado; brácteas do calículo 12-15, lineares; brácteas involucrais 12-14, 7-8 × 0,1 mm, concrescidas apenas na base, planas, linear-lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, faces adaxial e abaxial lanosas, eglandulares. Receptáculo côncavo, epaleáceo. Flores da margem 30-40, pistiladas, alvas a amarelas; corola filiforme, tubo 9-10,2 × 0,03 mm; lobos 5, 0,5-1 × 0,5 mm, interna e externamente glabros; ramos do estilete ca. 0,6-0,7 mm compr., ápice truncado, pilosos. Flores do centro ca. 30, bissexuadas, alvas a amarelas; corola tubulosa, tubo 9-10,2 × 1 mm; lobos 5, 1-2 × 1 mm, internamente glabros, externamente papilosos; anteras com apêndice apical agudo; ramos do estilete ca. 0,7 mm compr., ápice truncado, pilosos. Cipselas 1,5-2 × 0,3 mm, cilíndricas, ápice truncado, base cilíndrica, lisas, pilosas. Pápus 11-12 mm compr., unisseriado, cerdoso, persistente.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata de Macacos, 15-VII-2008, fl. e fr., J.S. Marques & J. Irapuan 326 (IPA).

Distribuição geográfica: Espécie mais amplamente distribuída do gênero, ocorrendo em regiões úmidas do Canadá à Argentina, além de introduzida na região paleotropical (Pruski & Robinson 2018Pruski, J. F., & Robinson, H. 2018.Asteraceae.Flora Mesoamericana. Missouri Botanical Garden, St. Louis 5(2): 1-608., POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
). No Brasil, há registros em todos os domínios fitogeográficos e Estados, exceto Alagoas, Maranhão e Piauí, também ocorrendo em áreas antrópicas (Teles & Freitas 2020bTeles, A.M. & Freitas, F.S. 2020b. Erechtites in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16111 > (acesso em 18-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Erechtites hieracifolius apresenta grande variabilidade morfológica e se assemelha à E. missionum Malme e E. valerianifolius (Link ex Spreng.) DC. No entanto, se distingue por possuir folhas sésseis ou, se curto-pecioladas, conspicuamente aladas na base (vs. folhas pecioladas ou inconspicuamente aladas na base), e corola alvo-amarelada (vs. rósea) (Hind 1999Hind, D.J.N. 1999. The tribe Senecioneae (Compositae) in Bahia, Brazil, with descriptions of a new section and species in Senecio. Kew Bulletin 54(4): 897-904.). Frequente na área, coletada em bordas, onde floresce e frutifica nos meses de julho a novembro.

14. Gamochaeta Wedd. [Tribo Gnaphalieae]

Gênero caracterizado pelas numerosas flores pistiladas da margem, 2-5 flores bissexuadas do centro, com ramos do estilete truncados e pilosos, cipselas com tricomas geminados semiesféricos ou arredondados, e pápus com cerdas conatas na base em anel, desprendendo-se em conjunto (Nesom 1990Nesom, G.L. 1990. Taxonomic status of Gamochaeta (Asteraceae: Inuleae) and the species of the United States. Phytologia 68: 186-198. , Urtubey et al. 2016Urtubey, E., López, A., Chemisquy, M.A., Anderberg, A.A., Baeza, C.M., Bayón, N.D., Deble, L.P., Moreira-Muñoz, A., Nesom, G.L., Alford, M.H., Salomón, L. & Freire, S.E. 2016. New circumscription of the genus Gamochaeta (Asteraceae, Gnaphalieae) inferred from nuclear and plastid DNA sequences. Plant Systematics and Evolution 302(8): 1047-1066.). Compõe ca. 60 espécies distribuídas nas Américas, com maior diversidade na América do Sul, além de algumas introduzidas nos demais continentes (Urtubey et al. 2016Urtubey, E., López, A., Chemisquy, M.A., Anderberg, A.A., Baeza, C.M., Bayón, N.D., Deble, L.P., Moreira-Muñoz, A., Nesom, G.L., Alford, M.H., Salomón, L. & Freire, S.E. 2016. New circumscription of the genus Gamochaeta (Asteraceae, Gnaphalieae) inferred from nuclear and plastid DNA sequences. Plant Systematics and Evolution 302(8): 1047-1066.). No Brasil ocorrem 18 espécies, amplamente distribuída nas regiões Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e no Norte apenas em Rondônia (Loeuille 2020Loeuille, B.F.P. 2020. Gamochaeta in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB103232 > (acesso em 12-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Na USJ, há registro de uma espécie.

14.1 Gamochaeta pensylvanica (Willd.) Cabrera, Bol. Soc. Argent. Bot. 9: 375. 1961.

Figura 3m-o

Ervas eretas, 0,1-0,2 m alt.; ramos cilíndricos, lanosos a albo-tomentosos. Folhas alternas, inferiores e superiores desenvolvidas, sésseis; lâminas 1,7-6,2 × 0,4-1,5 cm, membranáceas, suavemente discolores, inteiras, espatuladas ou oblongas, ápice arredondado ou obtuso, mucronado, base longo-atenuada ou obtusa, margem inteira a ondulada, face adaxial esparsamente lanosa a glabrescente, face abaxial albo-tomentosa, eglandulares; venação eucamptódroma. Capitulescências espiciformes contínuas, densas, terminais. Capítulos heterógamos, disciformes, sésseis. Invólucro campanulado, 3-4-seriado; brácteas involucrais 20-30, 1,5-4 × 0,5-1 mm, livres, planas, internas e externas ovadas, lanceoladas a oblongas, ápice obtuso a arredondado, margem inteira, face adaxial esparsamente lanosa a glabra, face abaxial glabra, eglandulares. Receptáculo côncavo, epaleáceo. Flores da margem 70-80, pistiladas, amarelo-esverdeadas; corola filiforme, tubo 2,1 × 0,06 mm; lobos 2-3, ca. 0,1 × 0,1 mm, interna e externamente glabros; ramos do estilete ca. 0,2 mm compr., ápice truncado, pilosos. Flores do centro ca. 2-4, bissexuadas, amarelo-esverdeadas; flores tubulosas, tubo 2,6 × 0,1-0,2 mm; lobos 5, ca. 0,2 × 0,2 mm, internamente glabros, externamente papilosos; anteras com apêndice apical agudo; ramos do estilete ca. 0,3 mm compr., ápice truncado, piloso. Cipselas 0,5-0,6 × 0,2 mm, oblongas, ápice truncado, base cilíndrica, granulosas, com tricomas geminados semiesféricos. Pápus 2-3 mm compr., unisseriado, cerdoso-escabroso, cerdas conatas em anel na base, caducas em conjunto.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata de Macacos, 15-VIII-2007, fl. e fr., J.S. Marques et al. 212 (IPA).

Material adicional examinado: BRASIL. Paraíba: Areia, Esc. de Agron. do Nordeste, 22-X-1946, fl. e fr., J.M. Vasconcelos 1447 (NY).

Distribuição geográfica: É pantropical e frequente em áreas antrópicas, ocorrendo nas Américas, além de introduzida nos demais continentes (GCC 2020Global Compositae Checklist [GCC]. 2020. Global Compositae Checklist. Disponível em https://compositae.landcareresearch.co.nz/ >. (acesso em 13-I-2021).
https://compositae.landcareresearch.co.n...
). No Brasil, se distribui em todos os domínios fitogeográficos e amplamente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste (Loeuille 2020Loeuille, B.F.P. 2020. Gamochaeta in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB103232 > (acesso em 12-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Na região Nordeste, ocorre nos Estados do Ceará, Bahia, Paraíba (Loeuille 2020Loeuille, B.F.P. 2020. Gamochaeta in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB103232 > (acesso em 12-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
), e agora apresentando o primeiro registro para a Mata Atlântica de Pernambuco.

Gamochaeta pensylvanica é similar morfologicamente à G. girardiana Deble & A.S.OliveiraDeble, L.P. & Marchiori, J.N.C. 2007. Sinopse do gênero Gamochaeta Weddel (Asteraceae-Gnaphalieae) no Brasil. Balduinia 10: 21-31., mas se diferencia pelas brácteas involucrais internas com ápice obtuso a arredondado (vs. agudo) (Deble 2006Deble, L.P. 2006. Um novo nome e duas novas combinações na tribo Gnaphalieae (Asteraceae). Balduinia 6: 28-29.). Também, é proximamente relacionada às espécies G. calviceps (Fernald) Cabrera e G. subfalcata (Cabrera) Cabrera, se distinguindo principalmente pelas folhas espatuladas ou oblongas (vs. lineares a oblanceoladas) (Loeuille 2020Loeuille, B.F.P. 2020. Gamochaeta in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB103232 > (acesso em 12-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Rara na área, coletada apenas uma vez em borda de mata.

15. Gymnanthemum Cass. [Tribo Vernonieae]

Gênero caracterizado pelo hábito arbustivo a arbóreo, presença de tricomas assimétricos em forma de “T”, receptáculo epaleáceo, flores alvas a violetas, anteras com base longo-caudada e pápus bisseriado (Robinson 2007Robinson, H. 2007. Tribe Vernonieae Cass. (1819). In: J.W. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8 VIII: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 149-174.). Apresenta ca. 45 espécies, ocorrendo principalmente na África, mas também como introduzida e subespontânea na Ásia, Austrália e América tropical (Robinson & Funk 2014Robinson, H. & Funk, V.A. 2014. Gymnanthemum koekemoerae (Compositae, Vernonieae), a new species from South Africa. PhytoKeys 36: 59-65., GCC 2020Global Compositae Checklist [GCC]. 2020. Global Compositae Checklist. Disponível em https://compositae.landcareresearch.co.nz/ >. (acesso em 13-I-2021).
https://compositae.landcareresearch.co.n...
). No Brasil, é representado por apenas uma espécie introduzida e amplamente distribuída (Nakajima 2020aNakajima, J. 2020a. Conocliniopsis in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16069 > (acesso em 13-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
), também registrada na USJ.

15.1. Gymnanthemum amygdalinum (Delile) Sch.Bip. ex Walp., Repert. Bot. Sys. (Walpers) 2: 948. 1843.

Figura 3 p-r

Arbustos a arvoretas eretas, 1-5 m alt.; ramos cilíndricos, glabrescentes. Folhas alternas, pecioladas; lâminas 3-7 × 1-3 cm, membranáceas, discolores, inteiras, estreitamente elípticas a obovadas, ápice agudo a acuminado, base atenuada, margem inteira a levemente serreada, face adaxial glabrescente, face abaxial esparsamente pubescente, eglandulares; venação camptódroma. Capitulescências corimbiformes densas, terminais. Capítulos homógamos, discóides, pedunculados. Invólucro campanulado, 5-seriado; brácteas involucrais ca. 35, 1-4 × 1-1,2 mm compr., livres, planas, internas e externas ovado-elípticas a oblongas, ápice agudo, margem ciliada, faces adaxial e abaxial glabras, glanduloso-pontoadas. Receptáculo plano, epaleáceo. Flores 12-16, bissexuadas, alvas a creme; corola infundibuliforme, tubo 4-5 × 1-1,2 mm; lobos 5, 3-3,5 × 0,8 mm, internamente glabros, externamente glanduloso-pontoados; anteras com apêndice apical agudo; ramos do estilete ca. 1 mm compr., ápice agudo, pilosos. Cipselas 2-3 × 0,5-1 mm, cilíndricas, ápice truncado, base cilíndrica, lisas, pilosas, glanduloso-pontoadas. Pápus bisseriado, cerdoso-barbelado, série externa 3 mm compr., caduca; série interna 7 mm compr., persistente.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Jardim da casa do Sr. Manoel, 20-X-1999, fl. e fr., A. Silva 37 (IPA).

Material adicional examinado: BRASIL. Pernambuco: Moreilândia, Serra do Catolé, 06-VII-2014, fl. e fr., V.M. Mascena C36 (EAC).

Distribuição geográfica: Amplamente distribuída na África tropical, além de introduzida na Ásia, Austrália e no Brasil (Robinson et al. 2016Robinson, H., Skvarla, J.J. & Funk, V.A. 2016. Vernonieae (Asteraceae) of southern Africa: A generic disposition of the species and a study of their pollen. PhytoKeys 60: 49-126., GCC 2020Global Compositae Checklist [GCC]. 2020. Global Compositae Checklist. Disponível em https://compositae.landcareresearch.co.nz/ >. (acesso em 13-I-2021).
https://compositae.landcareresearch.co.n...
). No território brasileiro, é encontrada em todas as regiões e domínios fitogeográficos, inclusive em áreas antrópicas (Nakajima 2020bNakajima, J. 2020b. Gymnanthemum in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB22217 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Gymnanthemum amygdalinum assemelha-se morfologicamente à G. coloratum (Willd.) H.Rob. & B.Kahn pelas folhas distintamente pecioladas e 9-30 flores por capítulo, mas se diferencia principalmente pelas cipselas pilosas (vs. setulosas). Rara na área, coletada apenas uma vez em borda de mata.

16. Melanthera Rohr [Tribo Heliantheae]

Gênero caracterizado pelas brácteas involucrais e páleas do receptáculo com numerosas estrias longitudinais, cipselas com ápice abruptamente estreito a truncado, pápus com 1-20 aristas imediatamente circundando a corola, capítulos com todas as flores amarelas e apresentando flores do raio neutras a férteis, ou todas as flores brancas e não apresentando flores do raio (Wagner & Robinson 2001Wagner, W.L. & Robson, H. 2001. Lipochaeta and Melanthera (Asteraceae: Heliantheae Subtribe Ecliptinae): establishing their natural limits and a synopsis. Brittonia 53(4): 536-561.). É pantropical e abrange ca. 20 espécies, ocorrendo do sul da América do Norte até a América do Sul, além da África, Ásia e nas ilhas dos Oceanos Índico e Pacífico (Wagner & Robinson 2001Wagner, W.L. & Robson, H. 2001. Lipochaeta and Melanthera (Asteraceae: Heliantheae Subtribe Ecliptinae): establishing their natural limits and a synopsis. Brittonia 53(4): 536-561., Panero 2007aPanero, J.L. 2007a. Tribe Heliantheae Cass. (1819). In: J.W. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8VIII.: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 440-477.). No Brasil, ocorre em quase todos os Estados e é representado por duas espécies (Mondin 2020aMondin, C.A. 2020a. Melanthera in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/ floradobrasil/FB16193 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
), uma delas na USJ.

16.1. Melanthera latifolia (Gadner) CabreraCabrera, A.L. 1974. Compuestas. Tribu VI. Helenieae. In: A. Burkart (ed.). Flora Ilustrada de Entre Ríos 6. I.N.T.A., Buenos Aires, pp. 399-415. , Darwiniana 16 (1-2): 411. 1970.

Figura 3s-u

Ervas eretas, ca. 0,5 m alt.; ramos cilíndricos, estrigosos a hirsutos. Folhas opostas, pecioladas; lâminas 3,3-7,7 × 0,7-2,5 cm, cartáceas, discolores, inteiras, linear-lanceoladas, ápice atenuado, base aguda, margem completamente denteada, face adaxial esparsamente estrigosa, face abaxial densamente estrigosa, glanduloso-pontoada; venação acródroma. Capítulos solitários ou pareados, terminais ou axilares, heterógamos, radiados, pedunculados. Invólucro campanulado, 3-seriado; brácteas involucrais ca. 10, 6-8 × 1,5-2 mm, livres, planas, internas e externas lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, face adaxial glabra, face abaxial densamente estrigosa, eglandulares. Receptáculo levemente cônico, glabro, paleáceo; páleas 5 × 2 mm, conduplicadas, obovadas, ápice aristado-fimbriado. Flores do raio 6-11, neutras, amarelas; corola liguliforme, tubo 1 × 0,4 mm; lígula 11-12 × 4-5 mm, lobos 2, internamente glabro, externamente estrigoso. Flores do disco 15-25, bissexuadas, amarelas; corola hipocrateriforme, tubo 1,1 × 0,2-0,3 mm; lobos 5, 1,4 × 0,3 mm, internamente papilosos ao longo das margens, externamente glanduloso-pontoados; anteras com apêndice apical lanceolado; ramos do estilete ca. 1,2 mm compr., ápice agudo, pilosos. Cipselas 2-2,5 × 1,8-2 mm, compressas, obpiramidais, ápice truncado a convexo, base cilíndrica, ranhuradas, pilosas a pubescentes somente no ápice. Pápus 1-1,2 mm compr., unisseriado, aristado, aristas concentradas no centro, caducas.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata de Piedade, 29-VII-2007, fl. e fr., N.A. Albuquerque & F.M. Rocha 390 (IPA).

Material adicional examinado: BRASIL. Pernambuco: Caruaru, Fazenda São José, 12-VII-1988, fl. e fr., A.P.O. Paula (PEUFR8660); ibid., 23-V-2011, fl. e fr., A.C.O. Silva 69 (PEUFR).

Distribuição geográfica: Ocorre na América do Sul, amplamente distribuída no Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina (Wagner & Robinson 2001Wagner, W.L. & Robson, H. 2001. Lipochaeta and Melanthera (Asteraceae: Heliantheae Subtribe Ecliptinae): establishing their natural limits and a synopsis. Brittonia 53(4): 536-561., POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
). No território brasileiro, ocorre em todas os domínios fitogeográficos e Estados, exceto Roraima e Distrito Federal (Mondin 2020aMondin, C.A. 2020a. Melanthera in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/ floradobrasil/FB16193 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Melanthera latifolia assemelha-se morfologicamente à M. nivea (L.) Small., no entanto, pode ser diferenciada pelos capítulos radiados (vs. discóides), flores amarelas (vs. alvas), flores do raio presentes (vs. ausentes) e flores do disco com lobos papilados apenas nas margens da face interna (vs. em ambas as faces) (Wagner & Robinson 2001Wagner, W.L. & Robson, H. 2001. Lipochaeta and Melanthera (Asteraceae: Heliantheae Subtribe Ecliptinae): establishing their natural limits and a synopsis. Brittonia 53(4): 536-561., Mondin 2020aMondin, C.A. 2020a. Melanthera in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/ floradobrasil/FB16193 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Rara na área, coletada apenas uma vez em borda de mata.

17. Mikania Willd. [Tribo Eupatorieae]

Gênero caracterizado pelo hábito geralmente volúvel, capítulos com quatro brácteas involucrais e quatro flores, ramos do estilete lineares e papilosos e cipselas 5-10-costadas (King & Robinson 1987King, R.M. & Robinson, H. 1987. The genera of the Eupatorieae (Asteraceae). Monographs in Systematic Botany. Missouri Botanical Garden, St. Louis 22: 1-581., Ritter & Miotto 2005Ritter, M.R. & Miotto, S.T.S. 2005. Taxonomia de Mikania Willd. (Asteraceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Hoehnea 32: 309-359. ). Apresenta ca. 450 espécies, possuindo distribuição pantropical e com maior riqueza concentrada na América do Sul (Holmes 1995Holmes, W.C. 1995. A review preparatory to nan infraspecific classification of Mikania (Tribe: Eupatorieae). In: D.J.N. Hind, C. Jeffrey & G.V. Pope(eds.). Advances in Compositae systematics. Royal Botanical Gardens, Kew, pp. 239-254., Funk et al. 2009Funk, V.A., Susanna, A., Stuessy, T.F. & Robinson, H. 2009. Classification of Compositae. In: V.A. Funk, A. Susanna, T.F. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, evolution and biogeography of the Compositae. IAPT, Vienna , pp. 171-189.). No Brasil são registradas ca. 200 espécies, amplamente distribuídas em todos os Estados e dominíos fitogeográficos (Ritter et al. 2020Ritter, M.R., Gandara, A., Simão-Bianchini, R., Souza-Buturi, F.O. & Abreu, V.H.R. 2020. Mikania in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB5344 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Na USJ, há registro de três espécies.

17.1. Mikania cordifolia (L. f.) Willd., Sp. Pl. 3 (3): 1746. 1803.

Figura 3v-w

Lianas, ramos angulosos, pilosos. Folhas opostas, pecioladas; lâminas 2,3-5,3 × 1-5 cm, membranáceas, discolores, inteiras, cordiformes a ovadas, ápice acuminado, base cordada, margem inteira a levemente serreada, face adaxial glabra, face abaxial pilosa, eglandulares; venação actinódroma. Capitulescências corimbiformes, terminais. Capítulos homógamos, discóides, pedunculados. Invólucro cilíndrico, unisseriado; brácteas involucrais 4, 6-7 × 1,3-1,5 mm, livres, planas, elípticas, ápice apiculado a agudo, margem inteira a serreada em direção ao ápice, face adaxial glabra, face abaxial pilosa, eglandulares. Receptáculo plano, epaleáceo. Flores 4, bissexuadas, alvas; corola infundibuliforme, tubo 4-4,2 × 0,3-1 mm; lobos 5, 1 × 0,7, internamente glabros, externamente glanduloso-pontoados; anteras com apêndice apical agudo; ramos do estilete ca. 5 mm compr., ápice obtuso, papilosos. Cipselas 2,8-5,5 × 0,6-1 mm, cuneiformes, ápice truncado, base cilíndrica, lisas, esparsamente pilosas a glabras. Pápus 4-5 mm compr., unisseriado, cerdoso-barbelado, persistente.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata de Pezinho, 04-X-2007, fl. e fr., J.S. A. Alves-Araújo et al. 587 (UFP).

Distribuição geográfica: Apresenta ampla distribuição nas Américas, ocorrendo dos Estados Unidos à Argentina (GCC 2020Global Compositae Checklist [GCC]. 2020. Global Compositae Checklist. Disponível em https://compositae.landcareresearch.co.nz/ >. (acesso em 13-I-2021).
https://compositae.landcareresearch.co.n...
). No Brasil, tem registro em todos os domínios fitogeográficos e Estados, exceto Acre e Roraima (Ritter et al. 2020Ritter, M.R., Gandara, A., Simão-Bianchini, R., Souza-Buturi, F.O. & Abreu, V.H.R. 2020. Mikania in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB5344 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Mikania cordifolia apresenta grande variabilidade morfológica (Ritter & Miotto 2005Ritter, M.R. & Miotto, S.T.S. 2005. Taxonomia de Mikania Willd. (Asteraceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Hoehnea 32: 309-359. ) e assemelha-se à M. hoehnei B.L.Rob. e M. micranta Kunth, podendo ser distinguida pelos ramos angulosos (vs. cilíndricos), bráctea subinvolucral elíptica (vs. lanceolada a estreito-oblonga), e corola infundibuliforme (vs. campanulada) (Gandara & Roque 2020Roque, N., Nakajima, J., Heiden, G., Monge, M., Ritter, M.R., Loeuille, B.F.P., Christ, A.L., Rebouças, N.C., Castro, M.S., Saavedra, M.M., Teles, A.M., Gandara, A., Marques, D., Bringel Jr., J.B.A., Angulo, M.B., Santos, J.U.M.D., Souza-Buturi, F.O., Alves, M., Sancho, G., Reis-Silva, G.A., Volet, D.P., Hattori, E.K.O., Plos, A., Simão-Bianchini, R., Rivera, V.L., Magenta, M.A.G., Silva, G.H.L., Abreu, V.H.R., Grossi, M.A., Amorim, V.O., Schneider, A.A., Carneiro, C.R., Borges, R.A.X., Siniscalchi, C.M., Bueno, V.R., Via do Pico, G.M., Almeida, G.S.S., Freitas, F.S., Deble, L.P., Moreira, G.L., Contro, F.L., Gutiérrez, D.G., Souza-Souza, R.M.B., Viera Barreto, J.N., Soares, P.N., Quaresma, A.S., Picanço, W.L., Fernandes, F., Mondin, C.A., Salgado, V.G., Kilipper, J.T., Farco, G.E., Ribeiro, R.N., Walter, B.M.T., Lorencini, T.S., Fernandes, A.C., Silva, L.N., Barcelos, L.B., Barbosa, M.L., Bautista, H.P., Casas, J.C., Dematteis, M., Ferreira, S.C., Hiriart, F.D., Moraes, M.D. & Semir, J (in memoriam) . 2020. Asteraceae in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB55 > (accesso em 27-V-2021)
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
, Ritter et al. 2020Ritter, M.R., Gandara, A., Simão-Bianchini, R., Souza-Buturi, F.O. & Abreu, V.H.R. 2020. Mikania in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB5344 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Pouco frequente na área, coletada em bordas e clareiras, onde floresce e frutifica nos meses de agosto a outubro.

17.2. Mikania duckei G.M.Barroso, Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro 16:255. 1959.

Figura 3y-x

Lianas, ramos cilíndricos, hirsutos. Folhas opostas, pecioladas; lâminas 5,3-8,2 × 3,2-5 cm, subcoriáceas, discolores, inteiras, ovadas a obovadas, ápice arredondado, agudo a acuminado, base arredondada a aguda, margem inteira, face adaxial esparsamente pilosa, face abaxial esparsamente hirsuta, glanduloso-pontoadas; venação broquidódroma. Capitulescências racemiformes, terminais. Capítulos homógamos, discóides, pedunculados. Invólucro cilíndrico, unisseriado; brácteas involucrais 4, 4,5 × 1 mm, livres, planas, oblongas, ápice obtuso, margem inteira a ciliada em direção ao ápice, face adaxial glabra, face abaxial pilosa, glanduloso-pontoada. Receptáculo plano, epaleáceo. Flores 4, bissexuadas, alvo-amarronzadas; corola campanulada, tubo 4-4,2 × 1 mm; lobos 5, 0,3-0,4 × 0,3-0,4 mm, internamente glabros, externamente glanduloso-pontoados; anteras com apêndice apical retuso; ramos do estilete ca. 4 mm compr., ápice obtuso, papilosos. Cipselas 4-5 × 0,5-1 mm, cuneiformes, ápice truncado, base cilíndrica, lisas, esparsamente pilosas, glanduloso-papilosas. Pápus 4-5,5 mm compr., unisseriado, cerdoso-barbelado, persistente.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata de Zambana, 14-III-2008, fl. e fr., A. Alves-Araújo et al. 887 (UFP).

Distribuição geográfica: É restrita ao Brasil, ocorrendo na Mata Atlântica dos Estados da Bahia e Pernambuco (Gandara & Roque 2020Gandara, A. & Roque, N. 2020. Mikania (Asteraceae, Eupatorieae) no estado da Bahia, Brasil. Rodriguésia 71: 1-43., Ritter et al. 2020Ritter, M.R., Gandara, A., Simão-Bianchini, R., Souza-Buturi, F.O. & Abreu, V.H.R. 2020. Mikania in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB5344 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Mikania duckei é similar à M. salzmanniifolia DC. pelas capitulescências racemiformes, mas pode ser distinguida pelos ramos hirsutos (vs. esparso-pilosos a glabrescentes), venação foliar broquidódroma (vs. actinódroma) e corola campanulada (vs. infundibuliforme) (Gandara & Roque 2020Gandara, A. & Roque, N. 2020. Mikania (Asteraceae, Eupatorieae) no estado da Bahia, Brasil. Rodriguésia 71: 1-43.). Pouco frequente na área, coletada no interior e em bordas, onde floresce e frutifica nos meses de fevereiro a maio.

17.3. Mikania glomerata Spreng., Syst. Veg. 3: 421. 1826.

Figura 3z-z1

Lianas, ramos cilíndricos, glabros. Folhas opostas, pecioladas; lâminas 2,5-5,5 × 1,5-3,5 cm, subcoriáceas, discolores, inteiras, truladas a ovadas, ápice acuminado, base obtusa, aguda a hastada, margem inteira, faces adaxial e abaxial glabras, eglandulares; venação actinódroma. Capitulescências em glomérulos, terminais. Capítulos homógamos, discóides, sésseis; invólucro cilíndrico, unisseriado; brácteas involucrais 4, 3,5-4 × 1 mm, livres, planas, oblongas, ápice obtuso a arredondado, margem inteira a ciliada em direção ao ápice, faces adaxial e abaxial glabras, eglandulares. Receptáculo plano, epaleáceo. Flores 4, bissexuadas, alvas; corola infundibuliforme, tubo 4-4,5 × 0,3-1 mm; lobos 5, 0,3 × 0,2-0,3 mm, internamente glabros, externamente glanduloso-pontoados; anteras com apêndice apical agudo; ramos do estilete ca. 2 mm compr., ápice obtuso, papilosos. Cipselas 3-3,5 × 0,3-0,4 mm, cuneiformes, ápice truncado, base cilíndrica, lisas, esparsamente pilosas a glabras. Pápus 4-5 mm compr., unisseriado, cerdoso-barbelado, persistente.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, 20-V-1960, fl. e fr., D. Andrade-Lima 60-3452 (IPA).

Material adicional examinado: BRASIL. Bahia: Uma, 23-VII-1981, fl. e fr., L.A.M. Silva et al. 1355 (RB).

Distribuição geográfica: Se distribui na Argentina, Brasil e Paraguai (GCC 2020Global Compositae Checklist [GCC]. 2020. Global Compositae Checklist. Disponível em https://compositae.landcareresearch.co.nz/ >. (acesso em 13-I-2021).
https://compositae.landcareresearch.co.n...
). No Brasil é registrada nos Estados de Pernambuco ao Rio Grande do Sul, onde ocorre nos domínios do Cerrado, Mata Atlântica e Pampa (Ritter et al. 2020Ritter, M.R., Gandara, A., Simão-Bianchini, R., Souza-Buturi, F.O. & Abreu, V.H.R. 2020. Mikania in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB5344 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Mikania glomerata é similar morfologicamente à M. laevigata Sch. Bip. ex BakerBaker, J.G. 1884. Compositae. IV. Helianthoideae. In: C.P. Martius & A.W. Eichler (eds.). Flora Brasiliensis. Typografia Regia, Monachii 6(3): 135-268., mas se diferencia pelas lâminas foliares truladas a ovadas (vs. lanceoladas) e corola com lobos 0,3 mm compr. (vs. 0,1 mm compr.) (Ritter & Miotto 2005Ritter, M.R. & Miotto, S.T.S. 2005. Taxonomia de Mikania Willd. (Asteraceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Hoehnea 32: 309-359. , Gandara & Roque 2020Roque, N., Nakajima, J., Heiden, G., Monge, M., Ritter, M.R., Loeuille, B.F.P., Christ, A.L., Rebouças, N.C., Castro, M.S., Saavedra, M.M., Teles, A.M., Gandara, A., Marques, D., Bringel Jr., J.B.A., Angulo, M.B., Santos, J.U.M.D., Souza-Buturi, F.O., Alves, M., Sancho, G., Reis-Silva, G.A., Volet, D.P., Hattori, E.K.O., Plos, A., Simão-Bianchini, R., Rivera, V.L., Magenta, M.A.G., Silva, G.H.L., Abreu, V.H.R., Grossi, M.A., Amorim, V.O., Schneider, A.A., Carneiro, C.R., Borges, R.A.X., Siniscalchi, C.M., Bueno, V.R., Via do Pico, G.M., Almeida, G.S.S., Freitas, F.S., Deble, L.P., Moreira, G.L., Contro, F.L., Gutiérrez, D.G., Souza-Souza, R.M.B., Viera Barreto, J.N., Soares, P.N., Quaresma, A.S., Picanço, W.L., Fernandes, F., Mondin, C.A., Salgado, V.G., Kilipper, J.T., Farco, G.E., Ribeiro, R.N., Walter, B.M.T., Lorencini, T.S., Fernandes, A.C., Silva, L.N., Barcelos, L.B., Barbosa, M.L., Bautista, H.P., Casas, J.C., Dematteis, M., Ferreira, S.C., Hiriart, F.D., Moraes, M.D. & Semir, J (in memoriam) . 2020. Asteraceae in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB55 > (accesso em 27-V-2021)
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Também assemelha-se à M. biformis DC., no entanto pode ser distinguida pelas lâminas foliares glabras (vs. pubescentes) e capitulescências em glomérulos (vs. tirsóides) (Gandara & Roque 2020Roque, N., Nakajima, J., Heiden, G., Monge, M., Ritter, M.R., Loeuille, B.F.P., Christ, A.L., Rebouças, N.C., Castro, M.S., Saavedra, M.M., Teles, A.M., Gandara, A., Marques, D., Bringel Jr., J.B.A., Angulo, M.B., Santos, J.U.M.D., Souza-Buturi, F.O., Alves, M., Sancho, G., Reis-Silva, G.A., Volet, D.P., Hattori, E.K.O., Plos, A., Simão-Bianchini, R., Rivera, V.L., Magenta, M.A.G., Silva, G.H.L., Abreu, V.H.R., Grossi, M.A., Amorim, V.O., Schneider, A.A., Carneiro, C.R., Borges, R.A.X., Siniscalchi, C.M., Bueno, V.R., Via do Pico, G.M., Almeida, G.S.S., Freitas, F.S., Deble, L.P., Moreira, G.L., Contro, F.L., Gutiérrez, D.G., Souza-Souza, R.M.B., Viera Barreto, J.N., Soares, P.N., Quaresma, A.S., Picanço, W.L., Fernandes, F., Mondin, C.A., Salgado, V.G., Kilipper, J.T., Farco, G.E., Ribeiro, R.N., Walter, B.M.T., Lorencini, T.S., Fernandes, A.C., Silva, L.N., Barcelos, L.B., Barbosa, M.L., Bautista, H.P., Casas, J.C., Dematteis, M., Ferreira, S.C., Hiriart, F.D., Moraes, M.D. & Semir, J (in memoriam) . 2020. Asteraceae in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB55 > (accesso em 27-V-2021)
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Rara na área, coletada apenas uma vez sobre uma arvoreta.

18. Platypodanthera R.M.King & H.Rob. [Tribo Eupatorieae]

Gênero monoespecífico e caracterizado pelo receptáculo cônico, lobos da corola glabros, anteras com base expandida e ápice truncado, cipselas com base estipitada e pápus subplumoso (King & Robinson 1987King, R.M. & Robinson, H. 1987. The genera of the Eupatorieae (Asteraceae). Monographs in Systematic Botany. Missouri Botanical Garden, St. Louis 22: 1-581.). É endêmico do Brasil (Amorim 2020Amorim, V.O. 2020. Platypodanthera in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16250 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
), ocorrendo na USJ.

18.1. Platypodanthera melissifolia (DC.) R.M.King & H.Rob., Phytologia 24: 183. 1972.

Figura 4a-c

Figura 4.
Caracteres diagnósticos das espécies da família Asteraceae na Usina São José, Igarassu, Estado de Pernambuco, Brasil. a-c. Platypodanthera melissifolia (DC.) R.M.King & H.Rob., a. Lâmina foliar. b. Flor. c. Cipsela com pápus. d-f. Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass., d. Lâmina foliar. e. Capítulo. f. Cipsela com pápus. g-h. Praxelis clematidea (Griseb.) R.M.King & H.Rob., g. Capítulo. h. Cipsela com parte do pápus. i-k. Pterocaulon alopecuroides (Lam.) DC., i. Capitulescência. j. Detalhe do ramo alado. k. Capítulo. l-n. Rolandra fruticosa (L.) Kuntze, l. Capitulescência. m. Capítulo. n. Cipsela com pápus. o-p. Sphagneticola trilobata (L.) Pruski, o. Lâmina foliar. p. Cipsela com pápus. q-s. Tilesia baccata (L.) Pruski, q. Corola liguliforme das flores do raio. r. Flor do disco. s. Cipsela. t-v. Tridax procumbens L., t. Lâmina foliar. u. Capítulo. v. Cipsela com parte do pápus. w-y. Verbesina macrophylla (Cass.) S.F.Blake, w. Capítulo. y. Cipsela com pápus e alas. x-z. Vernonanthura brasiliana (L.) H.Rob., x. Capítulo. z. Cipsela com parte do pápus.

Ervas a subarbustos eretos, 0,3-0,7 m alt.; ramos cilíndricos, esparsamente pilosos. Folhas opostas, pecioladas; lâminas 2-4,3 × 1,4-2,5 cm, membranáceas, concolores, inteiras, ovadas, ápice obtuso, base cordada a arredondada, margem crenada, face adaxial glabra, face abaxial pilosa, eglandulares; venação actinódroma. Capitulescências corimbiformes, terminais. Capítulos homógamos, discóides, pedunculados. Invólucro campanulado, bisseriado; brácteas involucrais 30-35, 3-4 × 0,5 mm, livres, planas, internas e externas linear-lanceoladas, ápice agudo a atenuado, margem inteira a serreada em direção ao ápice, face adaxial glabra, face abaxial esparsamente pilosa, eglandulares. Receptáculo côncavo, epaleáceo. Flores ca. 80, bissexuadas, lilases; corola infundibuliforme, tubo 1,5-1,7 × 0,7-1 mm; lobos 5, 0,3-0,5 × 0,3-0,5 mm, interna e externamente glabros; anteras com apêndice apical truncado; ramos do estilete ca. 2,3 mm compr., ápice obtuso, papilosos. Cipselas 3-4 × 0,5-0,8 mm, prismáticas, ápice truncado, base estipitada, lisas, pilosas. Pápus 1-1,2 mm compr., unisseriado, subplumoso, persistente.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata de Piedade, 21-V-2007, fl. e fr., P.Y. Ojima 53 (UFP).

Material adicional examinado: BRASIL. Pernambuco: Paulista, Jaguaribe, Sítio Bayern, 08-IX-2010, fl. e fr., R. Hutzler et al. 87237 (IPA).

Distribuição geográfica: É endêmica do Brasil, ocorrendo da Paraíba à Minas Gerais e Goiás, nos domínios da Caatinga e Cerrado, além de áreas antrópicas (Amorim 2020Amorim, V.O. 2020. Platypodanthera in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16250 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Platypodanthera melissifolia assemelha-se as espécies dos gêneros Campuloclinium DC. e Macropodina R.M.King & H.Rob. pelas cipselas estipitadas, mas se diferencia pelo hábito herbárceo (vs. arbustivo), anteras com apêndice apical truncado (vs. agudo ou obtuso) e pápus subplumoso (vs. cerdoso) (Roque et al. 2017Roque, N., Teles, A.M. & Nakajima, J.N. 2017. Introdução. In: N. Roque , A.M. Teles & J.N. Nakajima (eds.). A família Asteraceae no Brasil: classificação e diversidade. Salvador: EDUFBA, pp. 19-35.). Rara na área, coletada apenas uma vez em borda de mata.

19. Porophyllum Guett. [Tribo Tageteae]

Gênero caracterizado pela presença de glândulas lineares aromáticas nas folhas e brácteas involucrais, localizadas à margem e às vezes dispersas no limbo, capítulos discóides, invólucro unisseriado, flores bissexuadas ou pistiladas (nunca com os dois tipos no mesmo indivíduo) e pápus cerdoso (Petenatti & Ariza-Espinar 1997Petenatti, E.M. & Ariza-Espinar, L. 1997. Asteraceae, Tribu VI. Helenieae. In: A.T Hunziker (ed.). Flora Fanerogámica Argentina. Programa Proflora (CONICET), Córdoba, pp. 1-34. , Panero 2007cPanero, J.L. 2007c. Tribe Tageteae Cass. (1819). In: J.W. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8VIII.: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 420-431.). Apresenta ca. 45 espécies, se distribuindo do sudeste dos Estados Unidos até o centro da Argentina (Petenatti & Ariza-Espinar 1997Petenatti, E.M. & Ariza-Espinar, L. 1997. Asteraceae, Tribu VI. Helenieae. In: A.T Hunziker (ed.). Flora Fanerogámica Argentina. Programa Proflora (CONICET), Córdoba, pp. 1-34. , Hind 2020Hind, D.J.N. 2020. Porophyllum woodii (Compositae: Heliantheae: Pectidinae), a new species from Prov. Burnet O’Connor, Departamento de Tarija, Bolivia. Kew Bulletin 75(4): 1-8.). No Brasil são reconhecidas nove espécies, distribuídas por todo os Estados e domínios fitogeográficos (Carneiro 2020Carneiro, C.R. 2020. Porophyllum in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16259 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Na USJ, há registro de uma espécie.

19.1. Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass., Dict. Sci. Nat., Ed. 2. 43: 56. 1826.

Figura 4d-f

Ervas a subarbustos eretos, 0,4-0,8 m alt., ramos cilíndricos, glabros. Folhas alternas a opostas, pecioladas; lâminas 1-4 × 0,3-0,9 cm, cartáceas, concolores, inteiras, estreito-elípticas ou obovadas, ápice acuminado, base atenuada, margem sinuosa, faces adaxial e abaxial glabras, glanduloso-lineares; venação broquidódroma. Capítulos solitários, terminais, homógamos, discóides, pedunculados. Invólucro cilíndrico, unisseriado; brácteas involucrais 5, 18-20 × 2 mm, concrescidas em toda a extensão na floração, livres na maturidade, planas, oblongas, ápice acuminado, margem inteira, faces adaxial e abaxial glabras, glanduloso-lineares. Receptáculo plano, epaleáceo. Flores ca. 20, bissexuadas, cremes a amarelas; corola tubulosa, tubo 11 × 0,5-0,6 mm; lobos 5, 1 × 0,2 mm, internamente glabros, externamente pilosos; anteras com apêndice apical agudo; ramos do estilete ca. 1,3 mm compr., ápice agudo, papilosos. Cipselas 8 × 0,5 mm, fusiformes, ápice truncado, base cilíndrica, lisas, estriadas, estrigosas. Pápus 10 mm compr., unisseriado, cerdoso, persistente.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata Dedo de Deus, 30-VI-2016, fl. e fr., T.S. Coutinho et al. 146 (UFP).

Distribuição geográfica: Apresenta ampla área de ocorrência, desde os Estados Unidos à Argentina, além de introduzida na África, Ásia e Oceania (Nicolson 1991Nicolson, D.H. 1991. Asteraceae/Compositae. In: D.H. Nicolson , R.A. De Filipps & A.C. Nicolson (eds.). Flora of Dominica, Part 2: Dicotyledoneae Smithsonian Contributions to Botany 77: 29-47., POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
). No Brasil, ocorre em praticamente todos os Estados e tipos de vegetação, inclusive em áreas antrópicas (Carneiro 2020Carneiro, C.R. 2020. Porophyllum in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16259 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Porophyllum ruderale assemelha-se morfologicamente à P. lanceolatum DC., no entanto, é distinta pelo hábito herbáceo (vs. subarbustivo), brácteas involucrais entre 18-20 mm compr. (vs. menores que 17 mm compr.) e com ápice acuminado (vs. triangular, agudo ou obtuso-mucronado) (Carneiro & Ritter 2018Carneiro, C.R. & Ritter, M.R. 2018. A tribo Tageteae (Asteraceae) no sul do Brasil. Iheringia. Série Botânica 73(2): 114-134.). Frequente na área, coletada em bordas, onde floresce e frutifica nos meses de fevereiro a agosto.

20. Praxelis Cass. [Tribo Eupatorieae]

Gênero caracterizado pelo receptáculo glabro e nitidamente cônico, brácteas involucrais completamente caducas na maturidade e cipselas obcomprimidas, 3-4-costadas, com carpopódio assimétrico. Além disso, as espécies geralmente são decumbentes e com poucos capítulos, longo-pedunculados e campanulados (King & Robinson 1987King, R.M. & Robinson, H. 1987. The genera of the Eupatorieae (Asteraceae). Monographs in Systematic Botany. Missouri Botanical Garden, St. Louis 22: 1-581.). Apresenta ca. 17 espécies, estando a maioria concentrada no Brasil, com algumas ocorrendo em países vizinhos como a Argentina, Bolívia e Paraguai (King & Robinson 1987King, R.M. & Robinson, H. 1987. The genera of the Eupatorieae (Asteraceae). Monographs in Systematic Botany. Missouri Botanical Garden, St. Louis 22: 1-581., Hind 2014Hind, D.J.N. 2014. The identity of Eupatorium porophylloides, and a new combination in Praxelis (Compositae: Eupatorieae: Praxeliinae), from Santa Cruz, Bolivia. Kew Bulletin 69: 9549.). No Brasil, há registro de 16 espécies amplamente dispersas pelo território, exceto Amapá e Rondônia (Abreu 2020Abreu, V.H.R. 2020. Praxelis in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16265 > (acesso em 12-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Na USJ, há registro de uma espécie.

20.1. Praxelis clematidea (Griseb.) R.M.King & H.Rob., Phytologia 20: 194. 1970.

Figura 4g-h

Ervas eretas, ca. 1 m alt.; ramos cilíndricos, pilosos a hirsutos. Folhas opostas, pecioladas; lâminas 3-7 × 1,5-7 cm, membranáceas, concolores, inteiras, ovadas, ápice agudo a cuneado, base truncada a atenuada, margem serreada, face adaxial esparsamente pilosa a glabra, face abaxial esparsamente hirsuta, glanduloso-pontoada; venação acródroma. Capitulescências em cimas corimbiformes densas, terminais. Capítulos homógamos, discóides, pedunculados. Invólucro campanulado, 3-seriado; brácteas involucrais ca. 20, 3-7 × 1-1,5 mm, livres, planas, internas e externas lanceoladas a oblongas, ápice aristado, margem inteira, faces adaxial e abaxial glabras, eglandulares. Receptáculo cônico, epaleáceo. Flores 40-60, bissexuadas, alvas, lilases a roxas; corola tubulosa, tubo 3,2-3,4 × 0,8 mm; lobos 5, 0,6 × 0,4 mm, internamente papilosos, externamente glanduloso-pontoados; anteras com apêndice apical subagudo a arredondado; ramos do estilete ca. 1,5 mm compr., ápice obtuso, papilosos. Cipselas 2 × 0,7 mm, prismáticas, ápice truncado, base cilíndrica, lisas, pilosas. Pápus 4 mm compr., unisseriado, cerdoso, persistente.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata de Zambana, 22-XII-2007, fl. e fr., A. Melo et al. 210 (UFP).

Distribuição geográfica: É nativa da Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Peru (Abreu 2015Abreu, V.H.R. 2015. Palinologia e taxonomia das espécies de Praxelis Cass. (subtribo Praxelinae, Eupatorieae-Asteraceae) ocorrentes no Brasil. Tese de Doutorado, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.). Ocorre como invasora na Austrália, Hong Kong, América do Norte e Taiwan (Corlett & Shaw 1995Corlett, R.T. & Shaw, J.C. 1995. Praxelis clematidea: yesterday South America, today Hong Kong, tomorrow the world? Memoirs of the Hong Kong Natural History Society 20: 235-236. , Abbott et al. 2008Abbott, J.R., White, C.L. & Davis, S.B. 2008. Praxelis clematidea (Asteraceae), a genus and species new for the flora of North America. Journal of the Botanical Research Institute of Texas 2(1): 621-626., Jung & Kao 2013Jung, M. & Kao, Y. 2013. Three new-naturalized plants in Taiwan. Taiwania 58(1): 61-66.). No Brasil, ocorre em regiões antrópicas e tem registro em todos os domínios fitogeográficos e Estados, exceto Amapá, Amazonas, Maranhão e Rondônia (Abreu 2020Abreu, V.H.R. 2020. Praxelis in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16265 > (acesso em 12-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Praxelis clematidea apresenta comportamento ruderal assim como P. diffusa (Rich.) Pruski, espécie com a qual é morfologicamente semelhante, mas se distingue por apresentar capítulos arranjados em cimas corimbiformes densas (vs. capítulos solitários) (Abreu 2015Abreu, V.H.R. 2015. Palinologia e taxonomia das espécies de Praxelis Cass. (subtribo Praxelinae, Eupatorieae-Asteraceae) ocorrentes no Brasil. Tese de Doutorado, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.). Frequente na área, coletada em bordas e clareiras, onde floresce e frutifica o ano inteiro.

21. Pterocaulon Elliott [Tribo Inuleae]

Gênero caracterizado pelos ramos alados, capitulescências em glomérulos ou espiciformes, capítulos sésseis a raramente pedunculados, receptáculo epaleáceo, numerosas flores pistiladas da margem, 1-5 flores bissexuadas do centro e pápus cerdoso (Cabrera & Ragonese 1978Cabrera, A.L. & Ragonese, A.M. 1978. Revisión del género Pterocaulon (Compositae). Darwiniana 21(2-4): 185-257. , Bean 2011Bean, A.R. 2011. A taxonomic revision of Pterocaulon section Monenteles (Labill.) Kuntze (Asteraceae: Inuleae - Plucheinae). Austrobaileya 8(3): 280-334.). Apresenta 26 espécies distribuídas em dois centros de diversidade, um nas Américas, ocorrendo do sudeste dos Estados Unidos até a Argentina, e o segundo na Australásia e sudeste da Ásia (Cabrera & Ragonese 1978Cabrera, A.L. & Ragonese, A.M. 1978. Revisión del género Pterocaulon (Compositae). Darwiniana 21(2-4): 185-257. , Bean 2011Bean, A.R. 2011. A taxonomic revision of Pterocaulon section Monenteles (Labill.) Kuntze (Asteraceae: Inuleae - Plucheinae). Austrobaileya 8(3): 280-334.). No Brasil, apresenta 11 espécies e ampla distribuição, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste (Monge & Semir 2020Monge, M. & Semir, J. (in memoriam). 2020. Pterocaulon in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16277 (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Na USJ, há registro de uma espécie.

21.1. Pterocaulon alopecuroides (Lam.) DC., Prodr. 5: 454. 1901.

Figura 4 i-k

Erva eretas, ca. 0,6 m alt.; ramos alados, lanosos a albo-tomentosos. Folhas alternas, sésseis; lâminas 3-6,5 × 0,7-1,5 cm, cartáceas, discolores, inteiras, lanceoladas, ápice agudo, base decorrente, margem irregularmente serreada, face adaxial lanosa, face abaxial densamente albo-tomentosa, eglandulares; venação broquidódroma. Capitulescências espiciformes densas, terminais. Capítulos heterógamos, disciformes, sésseis. Invólucro campanulado, 3-4-seriado; brácteas involucrais ca. 40, 2-5 × 0,1-0,4 mm, livres, planas, internas e externas ovadas a linear-lanceoladas, ápice acuminado a aristado, margem ciliada, face adaxial glabra, face abaxial albo-tomentosa a glabra, eglandulares. Receptáculo plano, epaleáceo. Flores da margem 30-40, pistiladas, alvas; corola filiforme, tubo 2,1 × 0,2 mm; limbo 0,1 × 0,1 mm, lobos 2-3, internamente glabro, externamente glanduloso-pontoado; ramos do estilete ca. 0,5 mm compr., ápice agudo, glabros. Flores do centro 1-3, estaminadas, alvas; corola tubulosa, tubo 1,4 × 0,2 mm; lobos 5, 0,3 × 0,1 mm, externamente glandulosos; anteras com apêndice apical agudo; ramos do estilete 0,5-0,7 mm compr., ápice agudo, glabros. Cipselas 0,4 × 0,2 mm, cilíndricas, ápice truncado, base cilíndrica, lisas, pilosas. Pápus 1,5-2 mm compr., unisseriado, cerdoso, persistente.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata de Chave, 18-XII-2009, fl. e fr., E. Pessoa & J.A.N. Souza 223 (UFP).

Distribuição geográfica: Concentra-se na América tropical, desde Cuba e ilhas adjacentes até o centro da Argentina (Pruski & Robinson 2018Pruski, J. F., & Robinson, H. 2018.Asteraceae.Flora Mesoamericana. Missouri Botanical Garden, St. Louis 5(2): 1-608., POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
). No Brasil, comporta-se algumas vezes como planta daninha e apresenta distribuição tão ampla quanto a do gênero, ocorrendo nos domínios da Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa, além de áreas antrópicas (Cabrera & Ragonese 1978Cabrera, A.L. & Ragonese, A.M. 1978. Revisión del género Pterocaulon (Compositae). Darwiniana 21(2-4): 185-257. , Monge & Semir 2020Monge, M. & Semir, J. (in memoriam). 2020. Pterocaulon in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16277 (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Pterocaulon alopecuroides é similar morfologicamente às espécies P. lorentzii Malme e P. virgatum (L.) DC., mas pode ser diferenciada pelas lâminas foliares lanceoladas (vs. oblanceoladas) e nunca revolutas na margem (vs. sempre revolutas) (Cabrera & Ragonese 1978Cabrera, A.L. & Ragonese, A.M. 1978. Revisión del género Pterocaulon (Compositae). Darwiniana 21(2-4): 185-257. , Monge & Semir 2020Monge, M. & Semir, J. (in memoriam). 2020. Pterocaulon in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16277 (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Pouco frequente na área, coletada em bordas, onde floresce e frutifica o ano inteiro.

22. Rolandra Rottb. [Tribo Vernonieae]

Gênero monoespecífico e caracterizado pelas folhas alternas com face abaxial albo-tomentosa, capitulescências em sincéfalos globosos, terminais ou axilares, capítulos sésseis com apenas uma flor, corola com 4 lobos e cipselas obovóides com pápus unisseriado (Stevens et al. 2001Stevens, W.D., Ulloa, C.U., Pool, A. & Montiel, O.M. 2001. Flora de Nicaragua. Monographs in Systematic Botany from the Missouri Botanical Garden 85: 1-42.). Ocorre da América Central até o sudeste da América Sul, além de introduzida na Ásia (Elias 1975, Pruski & Robinson 2018Pruski, J. F., & Robinson, H. 2018.Asteraceae.Flora Mesoamericana. Missouri Botanical Garden, St. Louis 5(2): 1-608.). No Brasil, é registrado nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste (Nakajima 2020cNakajima, J. 2020c. Rolandra in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16287 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
), também representado na USJ.

22.1. Rolandra fruticosa (L.) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 1: 360. 1981.

Figura 4 l-n

Ervas eretas, 0,5-1 m alt.; ramos cilíndricos, pubescentes a hirsutos. Folhas alternas, pecioladas; lâminas 4,3-9,3 × 0,8-3 cm, membranáceas a subcoriáceas, discolores, inteiras, elípticas a lanceoladas, ápice agudo, mucronado, base aguda a cuneada, margem inteira a levemente serreada, revoluta, face adaxial glabra a pilosa, face abaxial albo-tomentosa, glanduloso-pontoadas; venação camptódroma. Capitulescências em sincéfalos globosos, terminais ou axilares. Capítulos homógamos, discóides, sésseis. Invólucro fusiforme, bisseriado; brácteas involucrais 2, 3,5-6,5 × 2 mm, livres, conduplicadas, internas e externas lanceoladas, ápice aristado, margem ciliada, faces adaxial e abaxial glabras, abaxialmente glanduloso-pontoada. Receptáculo plano, epaleáceo. Flor 1, bissexuada, alva; corola tubulosa, tubo 1 × 0,2-0,3 mm; lobos 4, 1-1,5 × 0,1-0,2 mm, interna e externamente glabros; anteras com apêndice apical agudo; ramos do estilete ca. 1 mm compr., ápice agudo, glabros. Cipselas 1,5 × 1 mm, obovóides, ápice truncado, base cilíndrica, granulosas, glanduloso-pontoadas. Pápus 0,3 mm compr., unisseriado, paleáceo, persistente.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata Zambana, 10-XI-2008, fl. e fr., K.C. Araújo 36 (UFP).

Distribuição geográfica: Ocorre desde a América Central, em Honduras, até a América do Sul, no Brasil, sendo introduzida na Ásia, Indonésia e Japão (Pruski & Robinson 2018Pruski, J. F., & Robinson, H. 2018.Asteraceae.Flora Mesoamericana. Missouri Botanical Garden, St. Louis 5(2): 1-608., POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
). No Brasil, é bem representada nas regiões do Nordeste e Norte, além de ocorrer em Minas Gerais e Espirito Santo. Ocorre nos domínios da Amazônia e Mata Atlântica, também em áreas antrópicas (Melo & Pereira 2016Melo, A., Amorim, B.S., Pessoa, E., Maciel, J.R. & Alves, M. 2016. Serra do Urubu, a biodiversity hot-spot for angiosperms in the northern Atlantic Forest (Pernambuco, Brazil). Check List 12(1): 1842. , Nakajima 2020cNakajima, J. 2020c. Rolandra in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16287 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Rolandra fruticosa assemelha-se morfologicamente à Spiracantha cornifolia Kunth, também pertencente a um gênero monoespecífico, mas se diferencia pela corola com lobos glabros (vs. pilosos), pápus paleáceo (vs. cerdoso) e capitulescências com brácteas subinvolucrais ausentes (vs. foliáceas) (Robinson 2007Robinson, H. 2007. Tribe Vernonieae Cass. (1819). In: J.W. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8 VIII: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 149-174.). Pouco frequente na área, coletada em bordas, onde floresce e frutifica no mês de novembro.

23. Sphagneticola O.Hoffm. [Tribo Heliantheae]

Gênero reconhecido pelos capítulos solitários, brácteas involucrais bisseriadas, flores pistiladas do raio com limbo externamente glanduloso-pontoado, flores bissexuadas do disco com lobos internamente híspidos e cipselas geralmente tuberculadas (Pruski 1996Pruski, J.F. 1996. Compositae of the Guayana Highland: XI. Tuberculocarpus gen. nov. and some other Ecliptinae (Heliantheae). Novon 6: 404-418.). Apresenta quatro espécies e distribuição pantropical, geralmente ocorrendo em baixas altitudes dos trópicos e subtrópicos (Pruski 1996Pruski, J.F. 1996. Compositae of the Guayana Highland: XI. Tuberculocarpus gen. nov. and some other Ecliptinae (Heliantheae). Novon 6: 404-418.). No Brasil, está representada por duas espécies dispersas por todo o território (Mondin 2020bMondin, C.A. 2020b. Sphagneticola in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16303 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
), com uma delas registradas na USJ.

23.1. Sphagneticola trilobata (L.) Pruski, Mem. New York Bot. Gard. 78: 114. 1996Pruski, J.F. 1996. Compositae of the Guayana Highland: XI. Tuberculocarpus gen. nov. and some other Ecliptinae (Heliantheae). Novon 6: 404-418..

Figura 4o-p

Ervas prostradas, ca. 0,5 m alt.; ramos cilíndricos, hirsutos. Folhas opostas, sésseis a pecioladas; lâminas 3-8 × 1-4,5 cm, membranáceas, discolores, 3-lobadas, elípticas a obovadas, ápice agudo, base atenuada, margem serreada, faces adaxial e abaxial híspidas, abaxialmente glanduloso-pontoada; venação actinódroma. Capítulos solitários, terminais, heterógamos, radiados, pedunculados. Invólucro campanulado, bisseriado; brácteas involucrais 10-14, 7-10 × 1,5-3 mm, livres, planas, internas e externas obovadas a elípticas, ápice cuneado a acuminado, margem ciliada, face adaxial glabra, face abaxial estrigosa a glabra, eglandulares. Receptáculo convexo, paleáceo; páleas 4-7 × 1 mm, planas, oblanceoladas a estreito-elípticas, ápice acuminado. Flores do raio 10-20, pistiladas, laranjas; corola liguliforme, tubo 1,5 × 0,5 mm; lígula 8-10 × 3-4 mm, lobos 3, internamente glabro, externamente glanduloso-pontoado; ramos do estilete ca. 0,7 mm compr., ápice agudo, pilosos. Flores do disco 40-50, bissexuadas, laranjas; corola tubulosa, tubo 4-4,5 × 1-1,5 mm; lobos 5, 0,5-0,8 × 0,5-0,8 mm; internamente híspidos, externamente glanduloso-pontoados; anteras com apêndice apical obtuso a agudo; ramos do estilete ca. 1 mm compr., ápice agudo, pilosos. Cipselas 5-6 × 1,5-2,2 mm, obovóides, ápice rostrado, base cilíndrica, tuberculadas, glanduloso-pontoadas. Pápus ca. 0,3 mm compr., unisseriado, coroniforme, persistente.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, 12-III-2003, fl. e fr., A. Melquíades & G.J. Bezerra 74 (UFP, PEUFR).

Distribuição geográfica: Amplamente distribuída na região neotropical, além de cultivada na Austrália, Estados Unidos e em alguns países da África e Ásia (Pruski 1996Pruski, J.F. 1996. Compositae of the Guayana Highland: XI. Tuberculocarpus gen. nov. and some other Ecliptinae (Heliantheae). Novon 6: 404-418., POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
). No Brasil, ocorre em todos os Estados e domínios fitogeográficos (Mondin 2020bMondin, C.A. 2020b. Sphagneticola in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16303 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). É considerada ruderal, sendo amplamente cultivada como ornamental (Lorenzi 2008Lorenzi, H. 2008. Plantas daninhas do Brasil - terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas. 4 ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum, São Paulo., D’Arcy 1975D’Arcy, W.G. 1975. Heliantheae: Helianthinae; Coreopsidinae. In: W.G. D’Arcy (ed.). Flora of Panama: Compositae. Annals of the Missouri Botanical Garden 62: 1053-1056.).

Sphagneticola trilobata é similar morfologicamente à S. brachycarpa (BakerBaker, J.G. 1876. Compositae. II. Eupatoriaceae. In: C.P. Martius & A.W. Eichler (eds.). Flora Brasiliensis. Fleischer & Co., Leipzig 6(2): 181-376.) Pruski, mas se diferencia pelas lâminas foliares 3-lobadas, até 4,5 cm larg. e serradas (vs. inteiras, até 3,8 cm larg. e crenado-serreadas), e flores do raio 17-20 (vs. 10-12) (Pruski & Robinson 2018Pruski, J. F., & Robinson, H. 2018.Asteraceae.Flora Mesoamericana. Missouri Botanical Garden, St. Louis 5(2): 1-608., Mondin 2020bMondin, C.A. 2020b. Sphagneticola in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16303 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Frequente na área, coletada em bordas, onde floresce e frutifica nos meses de janeiro a maio.

24. Tilesia G.Mey. [Tribo Heliantheae]

Gênero reconhecido por possuir folhas eglandulares, flores do raio, quando presentes, estéreis, cipselas obpiriformes ou obovóides, carnosas na maturidade e pápus coroniforme diminuto ou ausente (Pruski 1996Pruski, J.F. 1996. Compositae of the Guayana Highland: XI. Tuberculocarpus gen. nov. and some other Ecliptinae (Heliantheae). Novon 6: 404-418., Panero 2007aPanero, J.L. 2007a. Tribe Heliantheae Cass. (1819). In: J.W. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8VIII.: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 440-477.). É restrito à região neotropical, contendo três espécies (Pruski 1996Pruski, J.F. 1996. Compositae of the Guayana Highland: XI. Tuberculocarpus gen. nov. and some other Ecliptinae (Heliantheae). Novon 6: 404-418., Panero 2007aPanero, J.L. 2007a. Tribe Heliantheae Cass. (1819). In: J.W. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8VIII.: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 440-477.). No Brasil, é registrada apenas uma espécie de ampla ocorrência (Alves 2020cAlves, M. 2020c. Tilesia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16346 > (acesso em 16-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

24.1. Tilesia baccata (L.) Pruski, Novon 6(4): 414. 1996Pruski, J.F. 1996. Compositae of the Guayana Highland: XI. Tuberculocarpus gen. nov. and some other Ecliptinae (Heliantheae). Novon 6: 404-418..

Figura 4q-s

Arbustos escandentes a arvoretas, 1,2-7 m alt.; ramos cilíndricos a angulosos, pilosos. Folhas opostas, pecioladas; lâminas 3-15 × 1,5-7 cm, membranáceas, discolores, inteiras, ovadas a elípticas, ápice acuminado a agudo, base cuneada a aguda, margem serreada a crenada, face adaxial estrigosa, face abaxial estrigosa a pubescente, eglandulares; venação broquidódroma. Capitulescências corimbiformes, terminais. Capítulos heterógamos, radiados, pedunculados. Invólucro campanulado, bisseriado; brácteas involucrais 8-14, 5-8 × 1-2 mm, livres, planas, internas e externas lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, faces adaxial e abaxial estrigosas, eglandulares. Receptáculo convexo, paleáceo; páleas 4-6 × 1-2 mm, conduplicadas, ovadas, ápice cuspidado. Flores do raio 9-11, neutras, amarelas; corola liguliforme, tubo 1 × 0,2 mm; lígula 5-6 × 1,5-3 mm, 1-2-lacínios, internamente glabro, externamente piloso. Flores do disco 80-90, bissexuadas, amarelas; corola tubulosa, tubo 3-3,5 × 1 mm; lobos 5, 1 × 1 mm, internamente papilosos, externamente estrigosos; anteras com apêndice apical obtuso a agudo; ramos do estilete ca. 2 mm compr., ápice agudo, pilosos. Cipselas 1,3-4 × 0,5-3 mm, obovóides, ápice rostrado, base cilíndrica, carnosas na maturidade, lisas, glabras a pilosas somente no ápice. Pápus ausente.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata da Chave, 30-VI-2016, fl. e fr., T.S. Coutinho et al. 149 (UFP).

Distribuição geográfica: Estende-se da América Central à América do Sul, ocorrendo em matas úmidas, secas e ambientes antropizados (Pruski & Robinson 2018Pruski, J. F., & Robinson, H. 2018.Asteraceae.Flora Mesoamericana. Missouri Botanical Garden, St. Louis 5(2): 1-608., POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
). No Brasil, é registrada em todos os Estados e domínios fitogeográficos (Alves 2020cAlves, M. 2020c. Tilesia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16346 > (acesso em 16-I-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Tilesia baccata é a única espécie do gênero com flores amarelas, enquanto as outras duas, T. macrocephala (H. Rob.) Pruski e T. rubens (Alexander) Pruski, apresentam flores avermelhadas (Pruski 1996Pruski, J.F. 1996. Compositae of the Guayana Highland: XI. Tuberculocarpus gen. nov. and some other Ecliptinae (Heliantheae). Novon 6: 404-418.). Frequente na área, coletada em bordas, onde floresce e frutifica nos meses de janeiro a agosto.

25. Tridax L. [Tribo Millerieae]

Gênero caracterizado pelo capítulo terminal, solitário ou em cimas paniculiformes, flores do raio férteis, 2-3-liguladas, flores do disco bissexuadas e cipselas com pápus geralmente plumoso (Powell 1965Powell, A.M. 1965. Taxonomy of Tridax (Compositae). Brittonia 17(1): 47-96., Panero 2007bPanero, J.L. 2007b. Tribe Millerieae Lindl. (1829). In: J.W. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8VIII.: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 477-491.). Engloba ca. 30 espécies, distribuídas na América do Sul, América Central e México, com maior riqueza neste último (Powell 1965Powell, A.M. 1965. Taxonomy of Tridax (Compositae). Brittonia 17(1): 47-96., Panero 2007bPanero, J.L. 2007b. Tribe Millerieae Lindl. (1829). In: J.W. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8VIII.: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 477-491.). No Brasil, está representado por apenas uma espécie (Gandara 2020bGandara, A. 2020b. Tridax in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16364 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

25.1. Tridax procumbens L., Sp. Pl. 2: 900. 1753.

Figura 4t-v

Ervas eretas a decumbentes, 0,2-0,4 m alt.; ramos cilíndricos, hirsutos. Folhas opostas, pecioladas; lâminas 2,2-3 × 0,4-0,5 cm, cartáceas, discolores, inteiras, lanceoladas a ovadas, ápice agudo, base atenuada, margem serreada, faces adaxial e abaxial híspidas, papilosas, eglandulares; venação acródroma. Capítulos solitários, terminais, heterógamos, radiados, pedunculados. Invólucro campanulado, bisseriado; brácteas involucrais 7-8, 4-6 × 1,5-3 mm, livres, planas, internas e externas ovadas a elípticas, ápice acuminado a agudo, margem inteira, face adaxial glabra, face abaxial tomentosa, eglandulares. Receptáculo plano a levemente côncavo, paleáceo; páleas 7-8 × 1,3 mm, planas, lanceoladas, ápice agudo a acuminado. Flores do raio 5, pistiladas, alvas a creme; corola liguliforme, tubo 3-3,5 × 0,3-0,5 mm; lígula 3-4 × 2,5-3,5 mm, lobos 3, interna e externamente piloso, papiloso; ramos do estilete ca. 0,7 mm compr., ápice obtuso, papilosos. Flores do disco ca. 70, bissexuadas, amarelas; corola tubulosa, tubo 4,8-5,5 × 0,5-0,8 mm; lobos 5, 1 × 0,3 mm, internamente papilosos, externamente pilosos; anteras com apêndice apical agudo; ramos do estilete ca. 0,7 mm compr., ápice obtuso, papilosos. Cipselas 2 × 0,5-1 mm, subcilíndricas, ápice truncado, base cilíndrica, lisas, pilosas a pubescentes. Pápus 5-6 mm compr., unisseriado, plumoso, persistente.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata de Piedade, 05-XI-2008, fl. e fr., K.C. Araújo 15 (UFP).

Distribuição geográfica: Espécie ruderal, nativa das Américas Central e do Sul e amplamente introduzida na região pantropical (POWO 2019POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
http://www.plantsoftheworldonline.org/...
, GCC 2020Global Compositae Checklist [GCC]. 2020. Global Compositae Checklist. Disponível em https://compositae.landcareresearch.co.nz/ >. (acesso em 13-I-2021).
https://compositae.landcareresearch.co.n...
). No Brasil, se distribui em quase todos os Estados, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste (Gandara 2020bGandara, A. 2020b. Tridax in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16364 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Tridax procumbens é similar morfologicamente à T. mexicana A.M. Powell, no entanto, pode ser diferenciada principalmente pelas flores do disco amarelas (vs. róseas a alvas), e cipselas pilosas a pubescentes (vs. tomentosas com tufos de tricomas compridos na base) (Powell 1965Powell, A.M. 1965. Taxonomy of Tridax (Compositae). Brittonia 17(1): 47-96.). Frequente na área, coletada em bordas, onde floresce e frutifica o ano inteiro.

26. Verbesina L. [Tribo Heliantheae]

O gênero pode ser reconhecido pelas capitulescências corimbiformes ou paniculiformes, capítulos discóides ou radiados, cipselas compressas, aladas e pápus geralmente 2-aristado (Panero 2007aPanero, J.L. 2007a. Tribe Heliantheae Cass. (1819). In: J.W. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8VIII.: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 440-477.). Apresenta ca. 300 espécies com distribuição nas Américas, especialmente no México e nos Andes (Panero 2007aPanero, J.L. 2007a. Tribe Heliantheae Cass. (1819). In: J.W. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8VIII.: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 440-477.). No Brasil, são registradas nove espécies, ocorrendo nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul (Moreira 2020Moreira, G.L. 2020. Verbesina in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16370 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Na USJ, há registro de uma espécie.

26.1. Verbesina macrophylla (Cass.) S.F.Blake, Bull. Torrey Bot. Club 51: 430. 1924.

Figura 4w-y

Arbustos eretos, 1,5-2 m alt.; ramos cilíndricos, pilosos a pubescentes. Folhas alternas, sésseis; lâminas 4,5-20 × 1,5-9,5 cm, cartáceas, discolores, 3-lobadas a inteiras, lanceoladas, ápice agudo, base decorrente a atenuada, margem serreada a inteira, face adaxial estrigosa, face abaxial densamente estrigosa, eglandulares; venação broquidódroma. Capitulescências corimbiformes, terminais. Capítulos heterógamos, radiados, pedunculados. Invólucro cilíndrico, bisseriado; brácteas involucrais 12-14, 2-5 × 1,2-1,4 mm, livres, planas, internas e externas lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, face adaxial glabra, face abaxial pilosa, eglandulares. Receptáculo convexo, paleáceo; páleas 2,5-3,5 × 0,5-1 mm, conduplicadas, lanceoladas, ápice agudo. Flores do raio 3-5, pistiladas, alvas; corola liguliforme, tubo 2 × 0,3-0,4 mm; lígula 3-3,5 × 1,5 mm, 2-3-denteados, internamente papiloso, externamente glabro a piloso; ramos do estilete ca. 0,9 mm compr., ápice agudo, papilosos. Flores do disco 8-12, bissexuadas, alvas; corola tubulosa, tubo 2,5 × 0,5 mm; lobos 5, 0,5 × 0,5 mm, interna e externamente glabros; anteras com apêndice apical lanceolado; ramos do estilete ca. 1 mm compr., ápice obtuso, papilosos. Cipselas 3-3,5 × 1 mm, compressas, obovóides, ápice truncado, base estipitada, lisas, 2-aladas, alas 0,3-0,4 mm larg., estrigosa. Pápus 3 mm compr., unisseriado, aristado, persistente.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, 18-IX-2007, fl. e fr., L.M. Nascimento & G. Batista 614 (UFP, HUEFS).

Distribuição geográfica: Ocorre no Brasil e Bolívia (GCC 2020Global Compositae Checklist [GCC]. 2020. Global Compositae Checklist. Disponível em https://compositae.landcareresearch.co.nz/ >. (acesso em 13-I-2021).
https://compositae.landcareresearch.co.n...
). No terrirório brasileiro, se distribui do Ceará ao Paraná, nos domínios da Caatinga e Mata Atlântica, além de ocorrer em áreas antrópicas (Moreira 2020Moreira, G.L. 2020. Verbesina in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16370 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
, Moreira & Cavalcanti 2020Moreira, G.L. & Cavalcanti, T.B. 2020. Verbesina (Asteraceae: Heliantheae) do Brasil. Rodriguésia 71: 1-20.).

Verbesina macrophylla é similar morfologicamente à V. turbacensis Kunth, mas se diferencia por apresentar capítulos com 3-5 flores do raio (vs. 8-10) (Olsen 1985Olsen, J. 1985. Synopsis of Verbesina sect. Ochractinia (Asteraceae). Plant Systematics and Evolution 149(1/2): 47-63.). Frequente na área, coletada no interior ensolarado e em clareiras, onde floresce e frutifica nos meses de julho a setembro.

27. Vernonanthura H.Rob. [Tribo Vernonieae]

Gênero caracterizado por apresentar hábito arbustivo a arbóreo, caule ereto geralmente com xilopódio, capitulescência tirsóide a piramidalmente paniculada e corola glabra (Robinson 1999Robinson, H. 1999. Generic and subtribal classification of american Vernonieae. Smithsonian contributions to Botany. Smithsonian Institution Press, Washington, D.C., pp. 1-116.). Apresenta 70-76 espécies, distribuídas do sul do México até a América do Sul (Keeley & Robinson 2009Keeley, S.C. & Robinson, H. 2009. Vernonieae. In: V.A. Funk, A. Susanna, T. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, Evolution and Biogeography of the Compositae.Vienna: IAPT, Austria, pp. 439-469.). No Brasil, são registradas 44 espécies, amplamente distribuídas por todo o território, exceto Amapá (Castro et al. 2020Castro, M.S., Monge, M., Soares, P.N., Rivera, V.L., Semir, J. (in memoriam). & Dematteis, M. 2020. Vernonanthura in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB22246 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Na USJ, há registro de uma espécie.

27.1. Vernonanthura brasiliana (L.) H.Rob., Phytologia 73: 69. 1992.

Figura 4x-z

Arbustos a arvoretas eretas, 1-4 m alt.; ramos cilíndricos, estrigosos a glabrescentes. Folhas alternas, pecioladas; lâminas 2,3-8 × 1,5-4,5 cm, cartáceas, discolores, inteiras, obovadas a elípticas, ápice arredondado a obtuso, mucronado, base obtusa a subcordada, margem inteira a serreada, face adaxial glabra, face abaxial estrigosa, glanduloso-pontoada; venação broquidódroma. Capitulescências paniculiformes, terminais. Capítulos homógamos, discóides, sésseis a pedunculados. Invólucro campanulado, 6-7-seriado; brácteas involucrais 65-70, 1-2,5 × 0,5-1 mm, livres, planas, internas e externas ovadas a lanceoladas, ápice agudo a acuminado, margem ciliada, face adaxial glabra, face abaxial tomentosa, eglandulares. Receptáculo plano, epaleáceo. Flores 30-40, bissexuadas, lilases; corola tubulosa, tubo 3,5-4 × 0,5-1 mm; lobos 5, 2 × 0,6-0,7 mm, interna e externamente glabros; anteras com apêndice apical agudo; ramos do estilete ca. 3 mm compr., ápice agudo, pilosos. Cipselas 1,3-1,5 × 0,5 mm, obcônicas, ápice truncado, base cilíndrica, lisas, estrigosas, glanduloso-pontoadas. Pápus bisseriado, série externa ca. 0,5 mm compr., paleáceo; série interna 4,5-5 mm compr., cerdoso-barbelado, persistentes.

Material examinado selecionado: BRASIL. Pernambuco: Igarassu, Usina São José, Mata do Pezinho, 24-XI-2008, fl. e fr., L.M. Nascimento & G. Batista 768 (UFP).

Distribuição geográfica: Ocorre na América do Sul, na Bolívia, Brasil, Colômbia, Guiana, Suriname e Venezuela (Funk et al. 2007Funk, V.A., Berry, P.E., Alexander, S., Hollowell, T.H. & Kelloff, C.L. 2007. Checklist of the plants of the Guiana Shield (Venezuela: Amazonas, Bolivar, Delta Amacuro; Guyana, Surinam, French Guiana). Contributions from the United States National Herbarium 55: 1-584.). No Brasil, é amplamente distribuída, registrada em quase todos os Estados e nos domínios da Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, além de áreas antrópicas (Castro et al. 2020Castro, M.S., Monge, M., Soares, P.N., Rivera, V.L., Semir, J. (in memoriam). & Dematteis, M. 2020. Vernonanthura in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB22246 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
).

Vernonanthura brasiliana é similar morfologicamente à V. petiolaris (DC.) H.Rob., mas se diferencia pelas folhas com face abaxial estrigosa (vs. pubescente) (Castro et al. 2020Castro, M.S., Monge, M., Soares, P.N., Rivera, V.L., Semir, J. (in memoriam). & Dematteis, M. 2020. Vernonanthura in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB22246 > (acesso em 10-II-2021).
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora...
). Também, assemelha-se as espécies V. ferruginea (Less.) H.Rob. e V. polyanthes (Spreng.) A.J.Vega & Dematt., no entanto, se distingue pelos ramos e face abaxial foliar estrigosos a glabrescentes (vs. tomentosos a denso-tomentosos), lâminas foliares com ápice mucronado (vs. não mucronado), e flores lilases (vs. róseas ou cremes) (Ogasawara & Roque 2015Ogasawara, H.A. & Roque, N. 2015. Flora da Bahia: Asteraceae - Subtribo Vernoniinae. Sitientibus série Ciências Biológicas 15: 10.13102.
https://doi.org/10.13102...
). Frequente na área, coletada no interior ensolarado e em bordas, onde floresce e frutifica nos meses de outubro a dezembro.

Agradecimentos

À Usina São José, ao U.S. National Science Foundation, Velux Stiftung, Beneficia Foundation e ao CNPq. Especiais agradecimentos à Regina Carvalho pelas ilustrações; à Andreza Luciana de Áraújo Barbosa Oliveira, Eduarda Patricia Carneiro, Danyllo Rafael e Nara da Fonseca, pelas coletas e estudos prévios de Asteraceae na Usina São José; às Curadoras dos Herbários visitados; à equipe do Laboratório de Morfo-Taxonomia Vegetal/UFPE, e aos revisores deste manuscrito, pelas contribuições.

Literatura citada

  • Abbott, J.R., White, C.L. & Davis, S.B. 2008. Praxelis clematidea (Asteraceae), a genus and species new for the flora of North America. Journal of the Botanical Research Institute of Texas 2(1): 621-626.
  • Abreu, V.H.R. 2015. Palinologia e taxonomia das espécies de Praxelis Cass. (subtribo Praxelinae, Eupatorieae-Asteraceae) ocorrentes no Brasil. Tese de Doutorado, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
  • Abreu, V.H.R. 2020. Praxelis in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16265 > (acesso em 12-I-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16265
  • Alcoforado-Filho, F.G., Sampaio, E.V.D.S.B. & Rodal, M.J.N. 2003. Florística e fitossociologia de um remanescente de vegetação caducifólia espinhosa arbórea em Caruaru, Pernambuco. Acta botanica brasilica 17(2): 287-303.
  • Alvares, C.A., Stape, J.L., Sentelhas, P.C., Gonçalves, J.L.M. & Sparoveek, G. 2013. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift 22(6): 711-728.
  • Alves, M. & Roque, N. 2016. Flora da Bahia: Asteraceae - Tribo Heliantheae. Sitientibus série Ciências Biológicas 1: 1-63.
  • Alves, M. 2020a. Blainvillea in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16017 > (acesso em 16-I-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16017
  • Alves, M. 2020b. Eclipta in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16091 > (acesso em 16-I-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16091
  • Alves, M. 2020c. Tilesia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16346 > (acesso em 16-I-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16346
  • Alves, M., Alves-Araújo, A., Amorim, B., Araújo, A., Araújo, D., Araujo, M.F., Buril, M.T., Costa-Lima, J., Garcia-Gonzalez, J., Gomes-Costa, G., Melo, A., Novaes, J., Oliveira, S., Pessoa, E., Pontes, T. & Rodrigues, J. 2013. Inventário de Angiospermas dos fragmentos de Mata Atlântica da Usina São José, Igarassu, Pernambuco. In: M.T. Buril, A. Melo, A. Alves-Araújo & M. Alves (eds.). Plantas da Mata Atlântica: Guia de árvores e arbustos da Usina São José (Pernambuco). Editora Livro Rápido, Recife, pp. 133-158.
  • Amorim, V.O. 2020. Platypodanthera in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16250 > (acesso em 10-II-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16250
  • Araújo, E.D.L., Randau, K.P., Sena-Filho, J.G., Pimentel, R.M.M. & Xavier, H.S. 2008. Acanthospermum hispidum DC (Asteraceae): perspectives for a phytotherapeutic product. Revista Brasileira de Farmacognosia 18: 777-784.
  • Athiê-Souza, S.M., Melo, J.I.M.D., Silva, L.P.D., Santos, L.L.D., Santos, J.S.D., Oliveira, L.D.S.D.D. & Sales, M.F.D. 2019. Phanerogamic flora of the Catimbau National Park, Pernambuco, Brazil. Biota Neotropica 19(1): 1-27.
  • Badillo, V.M. 1978. Tres Compuestas de Venezuela. Acta Botánica Venezuélica 13(1/4): 109-115.
  • Baker, J.G. 1873. Compositae. I. Vernoniaceae. In: C.P. Martius & A.W. Eichler (eds.). Flora Brasiliensis. Fleischer & Co., Leipzig 6(2): 5-180.
  • Baker, J.G. 1876. Compositae. II. Eupatoriaceae. In: C.P. Martius & A.W. Eichler (eds.). Flora Brasiliensis. Fleischer & Co., Leipzig 6(2): 181-376.
  • Baker, J.G. 1884. Compositae. IV. Helianthoideae. In: C.P. Martius & A.W. Eichler (eds.). Flora Brasiliensis. Typografia Regia, Monachii 6(3): 135-268.
  • Ballard, R. 1986. Bidens pilosa complex (Asteraceae) in North and Central America. American Journal of Botany 73(10): 1452-1465.
  • Barkley, T.M. 1975. Compositae. VIII. Senecioneae. In: R.E. Woodson Jr & R.W. Schery (eds.). Flora of Panama Part IX. Family 184. Compositae. Annals of the Missouri Botanical Garden 62(4): 1244-1272.
  • Barroso, G.M., Peixoto, A.L., Ichaso, C.L.F., Costa, C.G. & Guimarães, E.F. 1991. Sistemática de angiospermas do Brasil. v. 3. Imprensa Universitária, Viçosa, pp. 189-229.
  • Bazante, M.L., Melo, A. & Alves, M. 2020. Flora of the Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Annonaceae. Rodriguésia 71: 1-13.
  • Bean, A.R. 2011. A taxonomic revision of Pterocaulon section Monenteles (Labill.) Kuntze (Asteraceae: Inuleae - Plucheinae). Austrobaileya 8(3): 280-334.
  • Belcher, R.O. 1956. A revision of the genus Erechtites (Compositae), with inquiries into Senecio and Arrhenechthites. Annals of the Missouri Botanical Garden 43(1): 1-85.
  • Beltran, H. & Pruski, J.F. 2000. Talamancalia y Rolandra (Asteraceae): dos nuevos registros para el Peru. Arnaldoa 7(1-2): 13-18.
  • BFG. 2018. Brazilian Flora 2020: Innovation and collaboration to meet Target 1 of the Global Strategy for Plant Conservation (GSPC). Rodriguésia 69(4): 1513-1527.
  • Blake, S.F. 1921. Revision of the genus Acanthospermum Contributions from the United States National Herbarium 20: 383-393.
  • Bremer, K., Anderberg, A.A., Karis, P.A. & Lundberg, J. 1994. Tribe Eupatorieae. In: K. Bremer (ed.). Asteraceae: Cladistics and Classification. Timber Press, Oregon, pp. 625-680.
  • Bringel Jr, J.B.A. & Cavalcanti, T.B. 2009. Heliantheae (Asteraceae) na bacia do rio Paranã (Goiás, Tocantins), Brasil. Rodriguésia 60(3): 551-580.
  • Bringel Jr., J.B.A. & Reis-Silva, G.A. 2020. Bidens in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16007 > (acesso em 13-I-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16007
  • Cabrera, A.L. & Klein, R.M. 1980. Compostas 2. Tribo Vernonieae. In: R. Reitz (ed.). Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí, Herbário Barbosa Rodrigues, pp. 226-408.
  • Cabrera, A.L. & Ragonese, A.M. 1978. Revisión del género Pterocaulon (Compositae). Darwiniana 21(2-4): 185-257.
  • Cabrera, A.L. 1974. Compuestas. Tribu VI. Helenieae. In: A. Burkart (ed.). Flora Ilustrada de Entre Ríos 6. I.N.T.A., Buenos Aires, pp. 399-415.
  • Calabria, L.M., Emerenciano, V.P., Scotti, M.T. & Mabry, T.J. 2009. Secondary chemistry of Compositae. In: V.A. Funk, A. Susanna, T.F. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, evolution and biogeography of the Compositae. IAPT, Vienna, pp. 73-88.
  • Campos, L., Moro, M.F., Funk, V.A. & Roque, N. 2019. Biogeographical Review of Asteraceae in the Espinhaço Mountain Range, Brazil. The Botanical Review 85(4): 293-336.
  • Carlucci, M.B., Marcilio-Silva, V. & Torezan, J.M. 2021. The Southern Atlantic Forest: Use, Degradation, and Perspectives for Conservation. In: M.C.M. Marques & C.E.V. Grelle (eds.). The Atlantic Forest. Springer, Cham, 91-111.
  • Carneiro, C.R. & Ritter, M.R. 2018. A tribo Tageteae (Asteraceae) no sul do Brasil. Iheringia. Série Botânica 73(2): 114-134.
  • Carneiro, C.R. 2020. Porophyllum in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16259 > (acesso em 10-II-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16259
  • Castro, M.S., Monge, M., Soares, P.N., Rivera, V.L., Semir, J. (in memoriam). & Dematteis, M. 2020. Vernonanthura in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB22246 > (acesso em 10-II-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB22246
  • Cavalcanti Ferreira, D.M., Amorim, B.S., Maciel, J.R. & Alves, M. 2016. Floristic checklist from an Atlantic Forest vegetation mosaic in Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Tabatinga, Pernambuco, Brazil. CheckList 12(6): 1-18.
  • Christ, A.L. & Rebouças, N.C. 2020. Chromolaena in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16052 > (acesso em 12-I-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16052
  • Companhia Pernambucana do Meio Ambiente [CPRH]. 2003. Companhia Pernambucana do Meio Ambiente. Diagnóstico sócio ambiental do litoral norte de Pernambuco. Recife.
  • Corlett, R.T. & Shaw, J.C. 1995. Praxelis clematidea: yesterday South America, today Hong Kong, tomorrow the world? Memoirs of the Hong Kong Natural History Society 20: 235-236.
  • Costa, K.C., de Lima, A.L., Fernandes, C.H.D.M., da Silva, M.C., Lins, A.C. & Rodal, M.J. 2009. Flora vascular e formas de vida em um hectare de caatinga no Nordeste brasileiro. Revista Brasileira de Ciências Agrárias 4(1): 48-54.
  • Crawford, D.J., Tadesse, M., Mort, M.E., Kimball, R.T. & Randle, C.P. 2009. Coreopsideae. In: V.A. Funk, A. Susanna, T. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, Evolution, and biogeography of compositae. IAPT, Vienna , pp. 713-730.
  • Cristóbal, C.L. & Dematteis, M. 2003. Asteraceae XVIII. Tribu I. Vernonieae. In: A.T. Hunziker (ed.). Flora Fanerogámica Argentina. Museo Botánico de Córdoba, Argentina, pp. 3-53.
  • Cruz, A.P.O., Viana, P.L. & Santos, J.U. 2016. Flora of the cangas of the Serra dos Carajás, Pará, Brazil: Asteraceae. Rodriguésia 67(5SPE): 1211-1242.
  • D’Arcy, W.G. 1975. Heliantheae: Helianthinae; Coreopsidinae. In: W.G. D’Arcy (ed.). Flora of Panama: Compositae. Annals of the Missouri Botanical Garden 62: 1053-1056.
  • Da Silva, J.M. & Moura, C.H.R. 2021. Análise da vegetação de um remanescente de Floresta Atlântica: subsídios para o projeto paisagístico. Revista Brasileira de Meio Ambiente 9(1): 2-24.
  • Deble, L.P. & Marchiori, J.N.C. 2007. Sinopse do gênero Gamochaeta Weddel (Asteraceae-Gnaphalieae) no Brasil. Balduinia 10: 21-31.
  • Deble, L.P. 2006. Um novo nome e duas novas combinações na tribo Gnaphalieae (Asteraceae). Balduinia 6: 28-29.
  • Ellis, B., Daly, D.C., Hickey, L.J., Johnson, K.R., Mitchell, J.D., Wilf, P. & Wing, S.L. 2009. Manual of leaf architecture. Cornell University Press, Ithaca, New York, USA.
  • Endress, P.K. 2010. Disentangling confusions in inflorescence morphology: patterns and diversity of reproductive shoot ramification in angiosperms. Journal of systematics and Evolution 48(4): 225-239.
  • Esteves, R.L. 2001. O gênero Eupatorium s.l. (Compositae: Eupatorieae) no Estado de São Paulo, Brasil. Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
  • Ferraz, E.M.N. & Rodal, M.J.N. 2008. Floristic characterization of a remnant ombrophilous montane forest at São Vicente Férrer, Pernambuco, Brazil. Memoirs of the New York Botanical Garden 100: 468-510.
  • Fundação SOS Mata Atlântica & Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais [INPE]. 2020. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica - Período 2018-2019. São Paulo: Fundação, SOS Mata Atlântica.
  • Funk, V.A., Berry, P.E., Alexander, S., Hollowell, T.H. & Kelloff, C.L. 2007. Checklist of the plants of the Guiana Shield (Venezuela: Amazonas, Bolivar, Delta Amacuro; Guyana, Surinam, French Guiana). Contributions from the United States National Herbarium 55: 1-584.
  • Funk, V.A., Susanna, A., Stuessy, T.F. & Robinson, H. 2009. Classification of Compositae. In: V.A. Funk, A. Susanna, T.F. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, evolution and biogeography of the Compositae. IAPT, Vienna , pp. 171-189.
  • Gandara, A. & Roque, N. 2020. Mikania (Asteraceae, Eupatorieae) no estado da Bahia, Brasil. Rodriguésia 71: 1-43.
  • Gandara, A. 2020a. Acanthospermum in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB103232 > (acesso em 12-I-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB103232
  • Gandara, A. 2020b. Tridax in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16364 > (acesso em 10-II-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16364
  • Gandara, A., Alves, M. & Roque, N. 2016. Flora of Bahia: Asteraceae - Tribe Millerieae. Sitientibus série Ciências Biológicas 16: 1-14.
  • Global Compositae Checklist [GCC]. 2020. Global Compositae Checklist. Disponível em https://compositae.landcareresearch.co.nz/ >. (acesso em 13-I-2021).
    » https://compositae.landcareresearch.co.nz/
  • Gomes-Silva, F., Macedo, A., Pessoa, E. & Alves, M. 2018. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Chrysobalanaceae, Humiriaceae, Lacistemataceae e Trigoniaceae. Rodriguésia 69(4): 1799-1811.
  • Guerra, T.N.F., Rodal, M.J.N., Silva, A.C.B.L., Alves, M., Silva, M.A.M. & Mendes, P.G.A. 2012. Influence of edge and topography on the vegetation in an Atlantic Forest remnant in northeastern Brazil. Journal of forest research 18(2): 200-208.
  • Harris Harris, J.G. & Harris, M.W. 2001. Plant identification terminology: An Illustrated Glossary, 2ª ed. Missouri Botanical Garden Library.
  • Heiden, G. 2020. Conyza in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB5278 > (acesso em 13-I-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB5278
  • Heiden, G., Barbieri, R.L., Wasum, R.A., Scur, L. & Sartori, M. 2007. A família Asteraceae em São Mateus do Sul, Paraná. Revista Brasileira de Biociências 5(S2): 249-251.
  • Hind, D.J.N. & Robinson, H. 2007. Tribe Eupatorieae Cass. (1819). In: J.M. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8VIII.: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin, Heidelberg, New York, pp. 510-575.
  • Hind, D.J.N. 1995. Compositae. In: B.L. Stannard (ed.). Flora of the Pico das Almas, Chapada Diamantina, Brazil. Royal Botanic Gardens, Kew, pp. 175-278.
  • Hind, D.J.N. 1999. The tribe Senecioneae (Compositae) in Bahia, Brazil, with descriptions of a new section and species in Senecio. Kew Bulletin 54(4): 897-904.
  • Hind, D.J.N. 2014. The identity of Eupatorium porophylloides, and a new combination in Praxelis (Compositae: Eupatorieae: Praxeliinae), from Santa Cruz, Bolivia. Kew Bulletin 69: 9549.
  • Hind, D.J.N. 2020. Porophyllum woodii (Compositae: Heliantheae: Pectidinae), a new species from Prov. Burnet O’Connor, Departamento de Tarija, Bolivia. Kew Bulletin 75(4): 1-8.
  • Holmes, W.C. 1981. Mikania (Compositae) of the United States. Sida, Contributions to Botany 9(2): 147-158.
  • Holmes, W.C. 1995. A review preparatory to nan infraspecific classification of Mikania (Tribe: Eupatorieae). In: D.J.N. Hind, C. Jeffrey & G.V. Pope(eds.). Advances in Compositae systematics. Royal Botanical Gardens, Kew, pp. 239-254.
  • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]. 1992. Manual técnico da vegetação brasileira. Manuais técnicos em Geociências, Rio de Janeiro.
  • Jeffrey, C. 2007. Introduction with key to tribes. In: J.W. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, vol VIII. Flowering plants-eudicot, Asterales. Springer, Berlin , pp 61-87.
  • Jeffrey, C. 2009. Evolution of Compositae flowers. In: V.A. Funk, A. Susanna, T.F. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, evolution and biogeography of the Compositae. IAPT, Vienna , pp. 131-138.
  • Ji, S., Jung, S., Hong, J., Hwang, H., Park, S., Yang, J., Chang, K., Oh S. & Lee, Y . 2014. Two newly naturalized plants in Korea: Euthamia graminifolia (L.) Nutt. and Gamochaeta pensylvanica (Willd.) Cabrera. Korean Journal of Plant Taxonomy 44(1): 13-17.
  • Jung, M. & Kao, Y. 2013. Three new-naturalized plants in Taiwan. Taiwania 58(1): 61-66.
  • Keeley, S.C. & Robinson, H. 2009. Vernonieae. In: V.A. Funk, A. Susanna, T. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, Evolution and Biogeography of the Compositae.Vienna: IAPT, Austria, pp. 439-469.
  • King, R.M. & Robinson, H. 1975. Compositae. II. Eupatorieae. In: R.E. Woodson Jr & R.W. Schery (eds.). Flora of Panama Part IX. Family 184. Compositae. Annals of the Missouri Botanical Garden 62(4): 888-1004.
  • King, R.M. & Robinson, H. 1987. The genera of the Eupatorieae (Asteraceae). Monographs in Systematic Botany. Missouri Botanical Garden, St. Louis 22: 1-581.
  • Kirkman, L.K. 1981. Taxonomic revision of Centratherum and Phyllocephalum (Compositae: Vernonieae). Rodhora 83: 1-24.
  • Köppen, W. 1936. Das geographische System der Klimate. In: W. Köppen & W. Geiger (eds.). Handbuch der Klimatologie. Bd. I, Teil C, Kraus Verlag, Nendeln, pp. 1-43.
  • Lacerda, T.L.G., Rocha, A.M. & Buril, M.T. 2020. Flora of Usina São José, Igarassu, Pernambuco (Brazil): Lythraceae J. St.-Hil. and Onagraceae Juss. Acta Brasiliensis 4(2): 77-84.
  • Loeuille, B., Semir, J. & Pirani, J.R. 2019. A synopsis of Lychnophorinae (Asteraceae: Vernonieae). Phytotaxa (Monography) 398 (1): 1-139.
  • Loeuille, B.F.P. 2020. Gamochaeta in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB103232 > (acesso em 12-I-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB103232
  • Lorenzi, H. 2008. Plantas daninhas do Brasil - terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas. 4 ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum, São Paulo.
  • Luna, N.K.M.D, Pessoa, E. & Alves, M. 2016a. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Zingiberales. Rodriguésia 67(1): 261-273.
  • Luna, N.K.M.D., Pessoa, E., Saka, M. N. & Alves, M. 2016b. A new species of Goeppertia (Marantaceae) from the Atlantic Forest of northeastern Brazil. Phytotaxa 273(2): 122-126.
  • Maciel, J.R. & Alves, M. 2014. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Poaceae. Rodriguésia 65(2): 355-367.
  • Mandel, J.R., Dikow, R.B., Siniscalchi, C.M., Thapa, R., Watson, L.E. & Funk, V.A. 2019. A fully resolved backbone phylogeny reveals numerous dispersals and explosive diversifications throughout the history of Asteraceae. Proceedings of the National Academy of Sciences 116(28): 14083-14088.
  • Marques, D., Nakajima, J. & Loeuille, B.F.P. 2020. Centratherum in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16046 > (acesso em 13-I-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16046
  • Marques, M.C.M., Trindade, W., Bohn, A. & Grelle, C.E.V. 2021. The Atlantic Forest: An Introduction to the Megadiverse Forest of South America. In: M.C.M. Marques & C.E.V. Grelle (eds.). The Atlantic Forest. Springer, Cham , pp. 3-23.
  • Melo, A., Alves-Araújo, A. & Alves, M. 2010. Burmanniaceae e Gentianaceae da Usina São José, Igarassu, Pernambuco. Rodriguésia 61: 431-440.
  • Melo, A., Amorim, B.S., García-Gonzalez, J., Souza, J.A.N., Pessoa, E.M., Mendonça, E., Chagas, M., Alves-Araújo, A. & Alves, M. 2011. Updated Floristic Inventory of the Angiosperms of the Usina São José, Igarassu, Pernambuco, Brazil. Revista Nordestina de Biologia 20(2): 3-26.
  • Melo, A., Amorim, B.S., Pessoa, E., Maciel, J.R. & Alves, M. 2016. Serra do Urubu, a biodiversity hot-spot for angiosperms in the northern Atlantic Forest (Pernambuco, Brazil). Check List 12(1): 1842.
  • Melo, M.R.C.S. & Pereira, R.D.C.A. 2014. Revisão histórica da tribo Vernonieae Cass. (Familia Asteraceae) para o Brasil. Anais da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica 11: 172-192.
  • Metzger, J.P. 2009. Conservation issues in the Brazilian Atlantic forest. Biological Conservation 142(8): 1138-1140.
  • Mittermeier, R.A., Gil, P.R., Hoffmann, M., Pilgrim, J., Brooks, T., Mittermeier, C.G., Lamourex, J. & Fonseca, G.A.B. 2004. Hotspots revisited: Earth’s biologically richest and most threatened ecoregions. CEMEX, Mexico City, Mexico.
  • Mondin, C.A. 2020a. Melanthera in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/ floradobrasil/FB16193 > (acesso em 10-II-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/ floradobrasil/FB16193
  • Mondin, C.A. 2020b. Sphagneticola in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16303 > (acesso em 10-II-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16303
  • Monge, M. & Semir, J. (in memoriam). 2020. Pterocaulon in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16277 (acesso em 10-II-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16277
  • Moreira, G.L. & Cavalcanti, T.B. 2020. Verbesina (Asteraceae: Heliantheae) do Brasil. Rodriguésia 71: 1-20.
  • Moreira, G.L. & Teles, A.M. 2014. A tribo Vernonieae Cass. (Asteraceae) na Serra Dourada, Goiás, Brasil. Iheringia, Série Botânica 69(2): 357-385.
  • Moreira, G.L. 2020. Verbesina in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16370 > (acesso em 10-II-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16370
  • Morellato, L.P.C. & Haddad, C.F. 2000. Introduction: the Brazilian Atlantic Forest. Biotropica 32: 786-792.
  • Nakajima, J. 2020a. Conocliniopsis in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16069 > (acesso em 13-I-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16069
  • Nakajima, J. 2020b. Gymnanthemum in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB22217 > (acesso em 10-II-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB22217
  • Nakajima, J. 2020c. Rolandra in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16287 > (acesso em 10-II-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16287
  • Nascimento, L.M., Rodal, M.J.N. & Silva, A.G.D. 2012. Florística de uma floresta estacional no Planalto da Borborema, nordeste do Brasil. Rodriguésia 63: 429-440.
  • Nascimento, L.M., Sampaio, E.V.D.S.B., Rodal, M.J.N. & Lins-e-Silva, A.C.B. 2014. Secondary succession in a fragmented Atlantic Forest landscape: evidence of structural and diversity convergence along a chronosequence. Journal of forest research 19(6): 501-513.
  • Nash, D.L. 1976. Compositae. VIII. Inuleae. In: D.L. Nash & L.O. Williams (eds.). Flora of Guatemala. Fieldiana, Botany 24(12): 496-502.
  • Nepomuceno, Á. & Alves, M. 2019. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Salicaceae e Violaceae. Rodriguésia 70: 1-12.
  • Nesom, G. & Robinson, H. 2007. Tribe Astereae Cass. (1819). In: J. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8VIII.: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 284-341.
  • Nesom, G.L. 1990. Taxonomic status of Gamochaeta (Asteraceae: Inuleae) and the species of the United States. Phytologia 68: 186-198.
  • Nesom, G.L. 2000. Generic conspectus of the tribe Astereae (Asteraceae) in North America, Central America, the Antilles and Hawaii. Sida Botanical Miscellany 20:1-100.
  • Nicolson, D.H. 1991. Asteraceae/Compositae. In: D.H. Nicolson , R.A. De Filipps & A.C. Nicolson (eds.). Flora of Dominica, Part 2: Dicotyledoneae Smithsonian Contributions to Botany 77: 29-47.
  • Nordenstam, B. 2007. Tribe Senecioneae Cass. (1819). In: J. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8 VIII: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 208-241.
  • Ogasawara, H.A. & Roque, N. 2015. Flora da Bahia: Asteraceae - Subtribo Vernoniinae. Sitientibus série Ciências Biológicas 15: 10.13102.
    » https://doi.org/10.13102
  • Oliveira, C.T. 2015. Sistemática de Mikania Willd. (Eupatorieae-Asteraceae). Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • Olsen, J. 1985. Synopsis of Verbesina sect. Ochractinia (Asteraceae). Plant Systematics and Evolution 149(1/2): 47-63.
  • Orchard, A.E. & Cross, E.W. 2013. A revision of the Austrálian species of Eclipta (Asteraceae: Ecliptinae), with discussion of extra-Austrálian taxa. Nuytsia 23: 43-62.
  • Orchard, A.E. 2012. The Australian species of Blainvillea Cass. (Asteraceae: Ecliptinae). Austrobaileya 8(4): 653-669.
  • Ostroski, P., Saiter, F.Z., Amorim, A.M. & Fiaschi, P. 2020. Angiosperm endemism in a Brazilian Atlantic Forest biodiversity hot-point. Brazilian Journal of Botany 43: 397-404
  • Panero, J.L. 2007a. Tribe Heliantheae Cass. (1819). In: J.W. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8VIII.: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 440-477.
  • Panero, J.L. 2007b. Tribe Millerieae Lindl. (1829). In: J.W. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8VIII.: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 477-491.
  • Panero, J.L. 2007c. Tribe Tageteae Cass. (1819). In: J.W. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8VIII.: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 420-431.
  • Peixoto, A.L. & Maia, L.C. 2013. Manual de Procedimentos para herbários. Ed. Universitária da UFPE, Recife.
  • Pereira, R.C.A. & Melo, M.R.C.S. 2009. Checklist da Flora de Mirandiba: Asteraceae. In: M. Alves, M.F. Araújo, J.R. Maciel & S. Martins (eds.). Flora da Mirandiba. Associação Plantas do Nordeste, Recife, pp. 71-83.
  • Pereira, R.C.A. 1989. A tribo Heliantheae Cassini (Asteraceae) no estado de Pernambuco - Brasil. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Pernambuco.
  • Pessoa, L.M., Pinheiro, T.S., Alves, M.C.J.L., Pimentel, R.M.M. & Zickel, C.S. 2009. Flora lenhosa em um fragmento urbano de floresta atlântica em Pernambuco. Revista de Geografia 26(3): 247-262.
  • Pessoa, E. & Alves, M. 2012. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Orchidaceae. Rodriguésia 63(2): 341-356.
  • Pessoa, E., Sader, M., Pedrosa-Harand, A. & Alves, M. 2020. A natural hybrid, an autopolyploid, or a new species? An integrative case study of a distinctive Costus species (Costaceae) from the Atlantic Forest of Brazil. Systematics and Biodiversity 18(1): 42-56.
  • Petenatti, E.M. & Ariza-Espinar, L. 1997. Asteraceae, Tribu VI. Helenieae. In: A.T Hunziker (ed.). Flora Fanerogámica Argentina. Programa Proflora (CONICET), Córdoba, pp. 1-34.
  • Picanço, W.L., Loeuille, B.F.P., Marques, D., Nakajima, J., Souza-Souza, R.M.B. & Esteves, R.L. 2020. Cyrtocymura in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB27011 > (acesso em 16-I-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB27011
  • Powell, A.M. 1965. Taxonomy of Tridax (Compositae). Brittonia 17(1): 47-96.
  • POWO. 2019. Plants of the World Online. Facilitated by the Royal Botanic Gardens, Kew . Disponível em http://www.plantsoftheworldonline.org/ > (acesso em 20-VI-2021)
    » http://www.plantsoftheworldonline.org/
  • Pruski, J. F., & Robinson, H. 2018.Asteraceae.Flora Mesoamericana. Missouri Botanical Garden, St. Louis 5(2): 1-608.
  • Pruski, J.F. & Sancho, G. 2006. Conyza sumatrensis var. leiotheca (Compositae: Astereae), a new combination for a common neotropical weed. Novon: A Journal for Botanical Nomenclature 16(1): 96-101.
  • Pruski, J.F. 1996. Compositae of the Guayana Highland: XI. Tuberculocarpus gen. nov. and some other Ecliptinae (Heliantheae). Novon 6: 404-418.
  • Pruski, J.F. 1997. Asteraceae. In: P.E. Berry, J.A. Steyermark, B.K. Holst & K. Yatskievych (eds.). Flora of the Venezuelan Guayana. Missouri Botanical Garden, St. Louis 3: 177-774.
  • Raimundo, R.L.G., Fonseca, R.L., Schachetti-Pereira, R., Peterson, A.T. & Lewinsohn, T.M. 2007. Native and exotic distributions of siamweed (Chromolaena odorata) modeled using the genetic algorithm for rule-set production. Weed Science 55(1): 41-48.
  • Ritter, M.R. & Miotto, S.T.S. 2005. Taxonomia de Mikania Willd. (Asteraceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Hoehnea 32: 309-359.
  • Ritter, M.R., Gandara, A., Simão-Bianchini, R., Souza-Buturi, F.O. & Abreu, V.H.R. 2020. Mikania in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB5344 > (acesso em 10-II-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB5344
  • Rivera, V.L. 2020. Ageratum in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB15932 > (acesso em 12-I-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB15932
  • Robinson, H. & Funk, V.A. 2014. Gymnanthemum koekemoerae (Compositae, Vernonieae), a new species from South Africa. PhytoKeys 36: 59-65.
  • Robinson, H. 1987. Studies in the Lepidaploa complex (Vernonieae: Asteraceae). III. Two new genera, Cyrtocymura and Eirmocephala. Proceedings of the Biological Society of Washington 100: 844-855.
  • Robinson, H. 1999. Generic and subtribal classification of american Vernonieae. Smithsonian contributions to Botany. Smithsonian Institution Press, Washington, D.C., pp. 1-116.
  • Robinson, H. 2007. Tribe Vernonieae Cass. (1819). In: J.W. Kadereit & C. Jeffrey (eds.). The families and genera of vascular plants, v. 8 VIII: Flowering Plants Eudicots. Asterales. Springer, Berlin , Heidelberg, New York , pp. 149-174.
  • Robinson, H., Skvarla, J.J. & Funk, V.A. 2016. Vernonieae (Asteraceae) of southern Africa: A generic disposition of the species and a study of their pollen. PhytoKeys 60: 49-126.
  • Rodal, M.J.N. & Nascimento, L.M.D. 2002. Levantamento florístico da floresta serrana da reserva biológica de Serra Negra, microrregião de Itaparica, Pernambuco, Brasil. Acta Botanica Brasilica 16(4): 481-500.
  • Rodal, M.J.N. & Sales, M.F.D. 2007. Composição da flora vascular em um remanescente de floresta montana no semi-árido do nordeste do Brasil. Hoehnea 34(4): 433-446.
  • Rodal, M.J.N., Lucena, M.D.F.A., Andrade, K.V.S.A. & Melo, A.D. 2005a. Mata do Toró: uma floresta estacional semidecidual de terras baixas no nordeste do Brasil. Hoehnea 32(2): 283-294.
  • Rodal, M.J.N., Sales, M.F., Silva, M.J.D. & Silva, A.G.D. 2005b. Flora de um Brejo de Altitude na escarpa oriental do planalto da Borborema, PE, Brasil. Acta Botanica Brasilica 19(4): 843-858.
  • Roque, N. & Bautista, H.P. 2008. Asteraceae: Caracterização e Morfologia Floral. EDUFBA.
  • Roque, N., Keil, D.J. & Susanna, A. 2009. Illustrated glossary of Compositae. In: V.A. Funk, A. Susanna, T.F. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, evolution and biogeography of the Compositae. Vienna: IAPT, pp. 781-806.
  • Roque, N., Nakajima, J., Heiden, G., Monge, M., Ritter, M.R., Loeuille, B.F.P., Christ, A.L., Rebouças, N.C., Castro, M.S., Saavedra, M.M., Teles, A.M., Gandara, A., Marques, D., Bringel Jr., J.B.A., Angulo, M.B., Santos, J.U.M.D., Souza-Buturi, F.O., Alves, M., Sancho, G., Reis-Silva, G.A., Volet, D.P., Hattori, E.K.O., Plos, A., Simão-Bianchini, R., Rivera, V.L., Magenta, M.A.G., Silva, G.H.L., Abreu, V.H.R., Grossi, M.A., Amorim, V.O., Schneider, A.A., Carneiro, C.R., Borges, R.A.X., Siniscalchi, C.M., Bueno, V.R., Via do Pico, G.M., Almeida, G.S.S., Freitas, F.S., Deble, L.P., Moreira, G.L., Contro, F.L., Gutiérrez, D.G., Souza-Souza, R.M.B., Viera Barreto, J.N., Soares, P.N., Quaresma, A.S., Picanço, W.L., Fernandes, F., Mondin, C.A., Salgado, V.G., Kilipper, J.T., Farco, G.E., Ribeiro, R.N., Walter, B.M.T., Lorencini, T.S., Fernandes, A.C., Silva, L.N., Barcelos, L.B., Barbosa, M.L., Bautista, H.P., Casas, J.C., Dematteis, M., Ferreira, S.C., Hiriart, F.D., Moraes, M.D. & Semir, J (in memoriam) . 2020. Asteraceae in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB55 > (accesso em 27-V-2021)
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB55
  • Roque, N., Teles, A.M. & Nakajima, J.N. 2017. Introdução. In: N. Roque , A.M. Teles & J.N. Nakajima (eds.). A família Asteraceae no Brasil: classificação e diversidade. Salvador: EDUFBA, pp. 19-35.
  • Schessl, M., Silva, W.L. & Gottsberger, G. 2008. Effects of fragmentation on forest structure and litter dynamics in Atlantic rainforest in Pernambuco, Brazil. Flora 203(1): 215-228.
  • Sherff, E.E. 1937. The genus Bidens (Part I). Field Museum Natural History, Botanical Series 16: 1-346.
  • Silva, A.G., Sá-e-Silva, I.M.M., Rodal, M.J.N. & Lins-e-Silva, A.C.B. 2008. Influence of edge and topography on canopy and sub-canopy structure of an Atlantic Forest fragment in Igarassu, Pernambuco State, Brazil. Bioremediation, Biodiversity and Bioavailability 2(1): 41-46.
  • Simpson, B.B. 2009. Economic importance of Compositae. In: V.A. Funk, A. Susanna, T.F. Stuessy & R.J. Bayer (eds.). Systematics, evolution and biogeography of the Compositae. IAPT, Vienna , pp. 45-58.
  • Souza, A.C.R., de Almeida Jr, E.B. & Zickel, C.S. 2009. Riqueza de espécies de sub-bosque em um fragmento florestal urbano, Pernambuco, Brasil. Biotemas 22(3): 57-66.
  • Souza-Souza, R.M.B. 2020. Elephantopus in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16095 > (acesso em 17-I-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16095
  • Staudt, M.G. & Roque, N. 2020. As tribos Vernonieae e Eupatorieae (Asteraceae) de Morro do Chapéu, Bahia, Brasil. Rodriguésia, 71: 1-46.
  • Stevens, W.D., Ulloa, C.U., Pool, A. & Montiel, O.M. 2001. Flora de Nicaragua. Monographs in Systematic Botany from the Missouri Botanical Garden 85: 1-42.
  • Tabarelli, M., Siqueira-Filho, J.A. & Santos, A. 2003. A Floresta Atlântica ao norte do rio São Francisco. In: K.C. Pôrto , J. Almeida-Cortez & M. Tabarelli (eds.). Diversidade Biológica e Conservação da Floresta Atlântica ao Norte do Rio São Francisco. MMA, Brasília, pp. 25-40.
  • Tadesse, M. & Beentje, H. 2004. A Synopsis and new species of Emilia (Compositae-Senecioneae) in Northeast tropical África. Kew Bulletin 59: 469-482.
  • Teles, A.M. & Freitas, F.S. 2020a. Emilia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16104 > (acesso em 17-I-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16104
  • Teles, A.M. & Freitas, F.S. 2020b. Erechtites in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16111 > (acesso em 18-I-2021).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16111
  • Thiers, B. [continuously updated] Index Herbariorum: A global directory of public herbaria and associated staff. New York Botanical Garden’s Virtual Herbarium. Disponível em http://sweetgum. nybg.org/science/ih/ > (acesso em 10-XII-2020).
    » http://sweetgum. nybg.org/science/ih/
  • Thompson, I.R. 2015. Asteraceae: Trib. 1. Senecioneae. In: A.J.G. Wilson (ed.). Flora of Australia. V. 37, Asteraceae 1. Melbourne: Australian Biological Resources Study/CSIRO Publishing, pp. 192-314.
  • Trindade, M.B., Lins-e-Silva, A.C.B., Silva, H.D., Figueira, S.B. & Schessl, M. 2008. Fragmentation of the Atlantic Rainforest in the northern coastal region of Pernambuco, Brazil: recent changes and implications for conservation. Bioremediation, Biodiversity and Bioavailability 2(1): 5-13.
  • Urtubey, E., López, A., Chemisquy, M.A., Anderberg, A.A., Baeza, C.M., Bayón, N.D., Deble, L.P., Moreira-Muñoz, A., Nesom, G.L., Alford, M.H., Salomón, L. & Freire, S.E. 2016. New circumscription of the genus Gamochaeta (Asteraceae, Gnaphalieae) inferred from nuclear and plastid DNA sequences. Plant Systematics and Evolution 302(8): 1047-1066.
  • Wagner, W.L. & Robson, H. 2001. Lipochaeta and Melanthera (Asteraceae: Heliantheae Subtribe Ecliptinae): establishing their natural limits and a synopsis. Brittonia 53(4): 536-561.
  • Williams, L.O. 1976a. Compositae. II. Eupatorieae. In: D.L. Nash & L.O. Williams (eds.). Flora of Guatemala. Fieldiana, Botany 24(12): 466-482.
  • Williams, L.O. 1976b. Compositae. VIII. Senecioneae. In: D.L. Nash & L.O. Williams (eds.). Flora of Guatemala. Fieldiana, Botany 24(12): 585-589.
  • Young, C.E.F. & Castro, B.S. 2021. Financing Conservation in the Brazilian Atlantic Forest. In: M.C.M. Marques & C.E.V. Grelle (eds.). The Atlantic Forest. Springer, Cham, 451-468

Lista de Exsicatas

Albuquerque, N.A. & Rocha, F.M. 390 (16.1). Albuquerque, N.A. et al. 373 (5.1), 362, 370 (7.1), 339 (9.1), 353, 385 (10.1), 480 (11.1), 480 (11.2), 395 (12.1), 357 (12.2), 377 (13.1), 413 (19.1), 303, 369 (19.1), 368 (20.1), 215 (21.1), 302, 442 (24.1), 301, 335 (25.1), 548 (27.1). Alves-Araújo & Marques, J.S. 851 (17.2). Alves-Araújo, A. et al. 419 (1.1), 1063 (11.2), 587 (17.1), 887 (17.2). Andrade-Lima 60-3453 (17.2), 60-3452 (17.3). Araújo, A. & Xavier, H. s.n. IPA 73437 (1.1). Araújo, D. & Alves-Araújo, A. 514 (27.1). Araújo, D. 292 (9.1), 340, 380 (9.1), 344 (19.1), 170 (20.1). Araújo, D. et al. 557 (8.1), 459 (11.1), 339 (13.1), 419 (19.1), 181 (21.1), 620 (22.1), 291 (24.1), 176 (24.1). Araújo, K.C. & Cavalcanti, M.F. 24 (10.1). Araújo, K.C. 47 (1.1), 3 (2.1), 27 (5.1), 22 (6.1), 8, 38 (8.1), 28 (10.1), 41, 42 (12.2), 37 (20.1), 36 (22.1), 15 (25.1). Arruda, T. 81 (26.1). Barreto, R. & Chiapeta, A. s.n. PEUFR 6645 (24.1). Bezerra, G.J. & Silva, M.J. 70 (3.1), 38 (12.1). Bezerra, G.J. s.n. PEUFR 43994 (7.1). Cavalcanti, D. et al. 66 (23.1). Coutinho, T.S. et al. 147 (2.1), 148 (12.2), 146 (19.1), 149 (24.1). Fonseca, N. et al. 4 (2.1), 1 (11.1), 2 (11.2), 3 (12.2), 5 (13.1). Garcia, J.D. et al. 1009 (9.1). Hutzler, R. et al. 87237 (18.1). Irapuan, J. 34 (12.1), 35 (20.1). Irapuan, J. et al. 15 (19.1). Kimmel, T. 22 (10.1), 31 (17.1), 27 (20.1). Lima, V.C. 530 (15.1). Marques, J.S. & Albuquerque N.A. 98, 178 (4.1), 5 (7.1), 93 (9.1). Marques, J.S. & Irapuan, J. 326 (13.1). Marques, J.S. et al. 94 (5.1), 165 (7.1), 166 (9.1), 56 (9.1), 176 (12.1), 58 (12.2), 212 (14.1), 274 (21.1), 57 (23.1), 10, 144 (24.1). Mascena, V.M. C36 (15.1). Melo, A. & Albuquerque, N. 170 (9.1). Melo, A. et al. 85 (4.1), 82 (9.1), 75 (12.1), 210 (20.1), 77 (24.1). Melquíades, A. & Bezerra G.J. 160 (5.1), 40 (8.1), 105 (9.1), 184 (10.1), 54 (12.2), 46 (19.1), 74 (23.1), 107 (24.1). Melquíades, A. & Silva, D.S. 1 (9.1), 11 (24.1). Melquíades, A. et al. 37 (24.1). Miranda, A.M. & Barros, R. 6681 (21.1). Nascimento, L.M. & Batista, G. 688 (6.1), 759 (7.1), 632 (8.1), 786, 670 (24.1), 614 (26.1), 630, 768 (27.1). Ojima, P.Y. 45, 74 (4.1), 65 (7.1), 86, 98 (7.1), 3 (9.1), 92 (12.1), 46 (12.2), 83 (13.1), 53 (18.1), 20 (23.1), 26, 44 (24.1), 22, 26 (24.1). Paula, A.P.O. s.n. PEUFR 8660 (16.1). Pereira, R. 122 (1.2). Pessoa, E. & Garcia, J.D. 271 (8.1), 268 (17.2), 267 (23.1). Pessoa, E. & Souza, J.A.N. 189 (3.1), 146 (7.1), 187 (10.1), 180 (12.2), 223 (21.1). Pessoa, E.M. & García-Gonzaléz, J.D. 264 (9.1). Prance, G.T. et al. 5909 (14.1). Sá e Silva, I.M.M. & Silva, M.J. 284 (23.1). Santos, S.O. 142 (10.1). Santos, S.O. et al. 146 (7.1), 144 (12.1), 144 (12.2), 143 (23.1). Schessl, M. 6425 (10.1), 6459 (12.2). Silva, A. 26 (1.2), 37 (15.1). Silva, I.M.M.S. & Macelle 315 (24.1). Silva, L.A.M. et al. 1355 (17.3). Silva. A.C.O. 69 (16.1). Vasconcelos, J.M. 1447 (14.1). Viana, J.L. & Santos, S.O. 3 (20.1). Viana, J.L. et al. 86 (12.1).

Editado por

Editor Associado:

Rafael Batista Louzada

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    26 Set 2022
  • Data do Fascículo
    2022

Histórico

  • Recebido
    26 Fev 2021
  • Aceito
    02 Fev 2022
Instituto de Pesquisas Ambientais Av. Miguel Stefano, 3687 , 04301-902 São Paulo – SP / Brasil, Tel.: 55 11 5067-6057, Fax; 55 11 5073-3678 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: hoehneaibt@gmail.com