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Como a desidratação afeta a flexibilidade do caule e a tenacidade das folhas pós-coleta na liana Amphilophium crucigerum (L.) L.G.Lohmann (Bignoniaceae)

RESUMO

Lianas são trepadeiras lenhosas e seus caules e folhas lidam com diferentes pressões ambientais, como a resistência aos danos mecânicos e de desidratação. A resistência ao dano das plantas pode ser biomecanicamente avaliada pelas propiedades de dureza, flexão e tenacidade. Apesar da conhecida relação entre resistência física e umidade dos órgãos das plantas em espécies lenhosas, essa relação não foi avaliada anteriormente e é incerta em lianas. Assim, este estudo investigou experimentalmente o efeito da desidratação de caules e folhas na estimativa do módulo estrutural de Young do caule e da tenacidade à fratura da folha ao longo do tempo, na liana Amphilophium crucigerum (Bignoniaceae). Dez amostras de caules e folhas foram coletadas e distribuídas em duas condições distintas: (i) amostras mantidas úmidas e (ii) amostras em processo de desidratação gradativa com perda natural de umidade quando expostas ao ar. Medidas sucessivas do módulo de Young e da resistência à fratura dos órgãos foram tomadas a cada 4 horas durante um período de 48 horas em ambas as condições. Amostras de caule e folhas que sofreram desidratação gradual apresentaram maior rigidez à flexão e tenacidade à fratura, respectivamente, enquanto as amostras mantidas úmidas não alteraram essas características durante o experimento. Concluímos que a umidade das amostras de caules e folhas em lianas também é um fator crítico para estimar as propriedades biomecânicas desses órgãos em seu ambiente natural.

Palavras-chave:
trepadeira; fratura de folha; biomecânica vegetal; flexibilidade do caule; Módulo de Young

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