Open-access Ampliação da distribuição de Pilostyles blanchetii (Gardner) R.Br. (Apodanthaceae (R.Br) Tiegh. ex Takht.), Estado do Piauí, Brasil

Expansion of the distribution of Pilostyles blanchetii (Gardner) R.Br. (Apodanthaceae (R.Br) Tiegh. ex Takht.), Piauí State, Brazil

RESUMO

A Caatinga é um bioma reconhecido por espécies cujas características morfofisiológicas se encontram adaptadas a altas temperatura e estresse hídrico, apresentando elevada riqueza de espécies, proporcionando a existência de um número significativo de ambientes específicos e de espécies endêmicas, nas diferentes formas de vida. Entre as formas de vida da Caatinga, encontram-se as parasitas, dentre estas Pilostyles blanchetii, pertencente à família Apodanthaceae, que tem como hospedeiro espécies da família Fabaceae. Registro de ocorrência de Pilostyles blanchetii, até então se limitava aos estados do Pará, Roraima, Bahia, Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Coletas em área de Caatinga, Ipiranga do Piauí-PI, foram coletados espécimes identificados como Pilostyles blanchetii. Diante desse achado, o objetivo foi ampliar a distribuição de Pilostyles blanchetii, para o estado do Piauí.

Palavras-chave:
espécies parasitas; Flora da Caatinga; redescoberta

ABSTRACT

The Caatinga is a biome recognized for species whose morphophysiological characteristics are adapted to high temperatures and water stress, presenting high species richness, providing a significant number of specific environments and endemic species, in different forms of life. Among the life forms of the Caatinga, there are parasites, including Pilostyles blanchetii, belonging to the Apodanthaceae family, which has species from the Fabaceae family as its host. Record of occurrence of Pilostyles blanchetii, until then, was limited to the states of Pará, Roraima, Bahia, Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, and Santa Catarina. Collections in Caatinga area, Ipiranga do Piauí, Piauí State, collected specimens identified as Pilostyles blanchetii. Given this finding, the objective was to expand the distribution of Pilostyles blanchetii to the state of Piauí.

Keywords:
parasitic species; Flora of the Caatinga; rediscovery

Introdução

O Piauí apresenta diferentes tipos de vegetação e áreas de tensão ecológica na convergência de Caatinga e Cerrado, onde Castro (2007) aponta a presença dos biomas (unidades de planejamento) Caatinga, Cerrado, Mata de babaçu, litoral, ecótonos setentrionais e ecótonos meridionais para o Piauí. A Caatinga, um bioma localizado no semiárido nordestino, representa a mais diversificada floresta tropical sazonalmente seca do Novo Mundo (FTSS). Apesar de sua relevância, ainda é pouco estudada e protegida, em comparação com as florestas tropicais e savanas vizinhas, embora seja considerada um dos sistemas ecológicos mais vulneráveis às mudanças climáticas (Kill & Porto 2019). No Piauí os estudos sobre biodiversidade são insuficientes em relação a área e aspectos climáticos e ambientais (Sousa & Santos-Filho 2018).

A Caatinga é um bioma reconhecido por espécies cujas características morfofisiológicas se encontram adaptadas a altas temperatura e ao estresse hídrico (Barbosa & Filho 2022). Além disso, vários estudos registram a elevada riqueza e abundância de espécies no que se refere à diversidade florística, demonstrando a existência de um número significativo de ambientes específicos e de espécies endêmicas, nas diferentes formas de vida (Castelleti et al. 2003, Hauff 2010).

Entre as diferentes formas de vida vegetais da Caatinga, encontram-se as parasitas, que evoluíram pelo menos 12 vezes a partir dos seus ancestrais de vida livre e compõem cerca de 1,2 % das espécies de Angiospermas (Nickrent 2020). Cerca de 25 gêneros de plantas parasitas são causadores de patogenias aos seus hospedeiros, as demais espécies não causam danos e são importantes por manterem inter-relações positivas, influenciando a ciclagem de nutrientes e a biodiversidade da comunidade (Hatcher & Dunn 2012). Apodanthaceae, Cynomoriaceae, Cytinaceae, Hydnoraceae Krameriaceae, Lennoaceae, Mitrastemonaceae, Orobanchaceae, Rafflesiaceae, Santalales e os gêneros Cassytha e Cuscuta apresentam espécies hemi e holoparasitas as quais muitas vezes são negligenciadas em coleções científicas, sub amostradas com informações insuficientes nas fichas das exsicatas (Teixeira-Costa et al. 2023).

A família Apodanthaceae Tiegh. ex Takht. é representada por dois gêneros, o gênero Apodanthes Poit., monoespecífico e o gênero Pilostyles Guill, com nove espécies. Pertence à Ordem Cucurbitales (APG IV 2016), ocorrendo nas Américas do Norte e do Sul, África continental, sudeste da Ásia e Austrália. Os representantes da família são ervas aclorofiladas endoparasitas, com a porção vegetativa apresentando haustório filamentoso. Os principais hospedeiros são espécies de Fabaceae e Salicaceae (Groppo et al. 2007, Giulietti et al. 2019). Apodanthes parasita principalmente espécies de Salicaceae, e Pilostyles são parasitas das espécies de Fabaceae (Bollot & Renner 2014, Groppo 2018).

No Brasil existem registros da espécie Apodanthes caseariae Poir, com distribuição para os Estados do Amazonas, Roraima, Bahia, Mato Grosso, Espírito Santos e Minas Gerais, e a espécie Pilostyles blanchetii (Gardner) R.Br. com registros para os estados do Pará, Roraima, Bahia, Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Em relação aos domínios fitogeográficos brasileiros, as espécies de Apodanthaceae se distribuem pela Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, nos tipos vegetacionais de Caatinga stricto sensu, Campo rupestre, Cerrado lato sensu, Floresta Estacional Semidecídua, Floresta Ombrófila Pluvial (Giulietti et al. 2019, Groppo 2020).

Para o domínio da Caatinga, existem registros para os estados da Bahia, Pernambuco (Flora e Funga do Brasil 2024) e Paraíba (speciesLink 2024), com ocorrência para o Piauí Groppo (2020), espécime coletada por Ule na Serra Branca em 1907. Este trabalho amplia a distribuição de Pilostyles blanchetii para o Estado do Piauí.

Material e métodos

O espécime foi coletado no município de Ipiranga do Piauí (06°49'42"S, 41°44'26"O), microrregião de Picos (figura 1). A cobertura vegetal é caracterizada por Campo Cerrado, Cerradão e Caatinga arbustiva, com clima quente úmido, tropical chuvoso, caracterizado como As, de acordo com Medeiros et al. (2020), com chuvas durante o verão. A precipitação pluviométrica média anual apresenta isoietas anuais variando de 800 mm a 1.400 mm e a umidade relativa do ar é cerca de 60% na estação chuvosa, podendo chegar a 20% na estação seca, e temperaturas médias entre 25 °C a 34 °C (Aguiar 2004). Solos profundos, de arenosos a argilosos, caracterizados como Latossolos vermelho-amarelo distróficos associados a areias quartzosas distróficas e solos litólicos, geralmente de baixa fertilidade (Sampaio & Freitas 2021).

Figura 1
Registros de Pilostyles blanchetii (Gardner) R.Br. no estado do Piauí, Brasil.
Figure 1
Records of Pilostyles blanchetii (Gardner) R.Br. in Piauí, Brazil.

Coleta e identificação da espécie

Em coletas realizadas no município de Ipiranga do Piauí, foram coletados espécimes em estado reprodutivo, que se encontravam sobre Bauhinia dubia G.Don. Os espécimes foram processados segundo técnicas usuais em botânica (Mori et al. 1989) e a identificação foi realizada com base em revisão de literatura especializada (Pastore et al. 2018, Giulietti et al. 2019), chave de identificação (Giulietti et al. 2019) e confirmada com coleções digitais disponíveis em bancos de dados, Flora e Funga do Brasil 2023 (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/), speciesLink (https://specieslink.net/) e iNaturalist (https://www.inaturalist.org/).

Para as descrições dos caracteres morfológicos gerais foram consultadas bibliografias especializadas (Pastore et al. 2018, Giulietti et al. 2019) e complementado com informações sobre a análise do material botânico, características exclusivas da espécie, distribuição geográfica, períodos de floração e frutificação, obtidas nas redes de dados online da Flora e Funga do Brasil (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/) e speciesLink (https://specieslink.net/). A exsicata Borges, K.M.L 253 foi incorporada ao Herbário Graziela Barroso (TEPB) da Universidade Federal do Piauí, com registro 32548.

Resultados

A espécie Pilostyles blanchetii (Gardner) R.Br., apresentava registro de coleta realizada por Ule na Serra Branca no ano de 1907, de acordo com Harms (2016) este local corresponde ao atual município de São Raimundo Nonato. Durante coletas realizadas, 116 anos após o primeiro registro desta espécie, no município de Ipiranga do Piauí, coletou-se amostras desta espécie em uma região em que predomina a vegetação de Caatinga.

Apodanthaceae Tiegh. ex Takht. Sist. Magnoliof. 42 (1987) Apodanthes Poit. (1824)

Pilostyles blanchetii (Gardner) R.Br., Trans. Linn. Soc. London 19(3): 247. 1844. Apodanthes blanchetii Gardner, Icon. Pl. 7: t. 655B (1844). Brasil, Blanchet 2861 (K! - Holótipos e BM, MG e NY - isótipos). Ilustr.: Gentry, Ann. Missouri Bot. Gard. 60: 18, t. 1 E-H (1973).

Descrição taxonômica

Pilostyles blanchetii (Gardner) R.Br. (figura 2)

Figura 2
Detalhes de Pilostyles blanchetii (Gardner) R.Br. a. Hábito (arranjo sobre hospedeiro). b. Botões. c. Estrutura da flor aberta.
Figure 2
Details of Pilostyles blanchetii (Gardner) R.Br. a. Habit (arrangement on host). b. Buds. c. Open flower structure.

Erva endoparasita; Folhas ausentes; Flores pistiladas não observadas; Flores estaminadas globosas, dispostas ao longo dos ramos do arbusto hospedeiro; perigônio em 3 verticilos, tépalas 4, ápices arredondados a obtusos, margens ciliadas, as externas, suborbiculares, as medianas, oblongas a elípticas, as internas, largo-elípticas estreitando-se em direção a base, purpúreas 2,8-5,1 mm de diâmetro; nectário floral anular disposto entre o perigônio e a coluna, carnoso, convexo, de coloração purpúrea passando a creme; Androceu polistêmone, coluna central de ápice estéril ca. 1 mm diâmetro; estames sésseis, anteras adnatas a coluna; Fruto não observado.

Comentários: Flores estaminadas purpúreas, dispostas regularmente ao longo dos ramos do arbusto hospedeiro (Bauhinia dubia G.Don), cheiro forte, onde foi percebido presença de diferentes insetos como moscas, mutucas e outros.

Fenologia: foi observada flores estaminadas de janeiro a março, fruto não observado.

Material examinado: Brasil. Piauí. Ipiranga do Piauí, Povoado Tabocas (6º86'31"S 41º71'06"O, 431 m), 22 fev. 2023, Borges, K.M.L. (TEPB32548).

Material adicional selecionado: Foram listados os materiais registrados para o Nordeste na tabela 1.

Tabela 1
Coletas de Pilostyles blanchetii na região Nordeste, Brasil. Flor masculina (♂), flor feminina (♀), Fruto (Fr) e informação ausente (*).
Table 1
Collections of Pilostyles blanchetii in the Northeast region, Brazil. Male flower (♂), female flower (♀), Fruit (Fr) and missing information (*).

Agradecimentos

Agradecemos ao CNPq a Bolsa de Iniciação Científica concedida ao primeiro autor. Agradecemos também a Universidade Federal do Piauí pela infraestrutura.

Literatura citada

  • Aguiar, R.B. de & Gomes, J.R. de C. 2004. Diagnóstico do município de Bocaina. Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea estado do Piauí. Disponível em https://rigeo.cprm.gov.br (acesso em 26-01-2023).
    » https://rigeo.cprm.gov.br
  • APG IV. 2016. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG IV. Botanical Journal of the Linnean Society 181: 1-20
  • Barbosa, T.A., Filho, R.R.G. 2022. Biodiversidade e conservação da Caatinga: revisão sistemática. Journal of Environmental Analysis and Progress, v. 7, n. 4, pp. 177-189.
  • Bellot, S. & Renner, S.S. 2014. The systematics of the worldwide endoparasite family Apodanthaceae (Cucurbitales), with a key, a map, and color photos of most species. PhytoKeys 36: 41-57.
  • Castelletii, C.H.M., Santos, A.M.M., Tabarelli, M. & Silva, J.M.C. 2003. Quanto ainda resta da Caatinga? Uma estimativa preliminar. In: I.R. Leal, M. Tabarelli, & J.M.C. Silva (eds.). Ecologia e Conservação da Caatinga. Editora Universitária da UFPE, Recife, pp. 719-734.
  • Flora e Funga do Brasil. 2023. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ (acesso em 03-VII-2023).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/
  • Giulietti, A.M., Carneiro-Torres, D.S., Marinho, L.C., Queiroz, L.P. & Oliveira, R.P. 2019. Flora da Bahia: Apodanthaceae. SITIENTIBUS série Ciências Biológicas, v. 19, pp. 1-7.
  • Groppo, M., Amaral, M.M & Ceccantini, G.C.T. 2007. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Apodanthaceae (Rafflesiaceae s.l.), e notas sobre a anatomia de Pilostyles. Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo 25: 81-86.
  • Groppo, M. 2018. Apodanthaceae. In: Flora do Brasil (2020, em construção). Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ (acesso em 15-VII-2023).
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/
  • Groppo, M. 2020. Apodanthaceae. In: Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em https://floradobrasil2020.jbrj.gov.br/FB87382 (acesso em 15-VII-2023).
    » https://floradobrasil2020.jbrj.gov.br/FB87382
  • Harms, H. 2016. Biography of Ernst Ule (1854-1915). Herbarium Hambuergense, pp. 1-39.
  • Hatcher, M.J., Dick, J.T. & Dunn, A.M. 2012. Diverse effects of parasites in ecosystems: Linking interdependent processes. Frontiers in Ecology and the Environment 10: 186-194. Disponível em https://doi.org/10.1890/110016 (acesso em 26-I-2023).
    » https://doi.org/10.1890/110016
  • Hauff, S.N. 2010. Representatividade do Sistema Nacional de Unidades de conservação na Caatinga. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Brasília, v. 28. Disponível em https://doi.org/10.1093/plphys/kiab279 (acesso em 26-I-2023).
    » https://doi.org/10.1093/plphys/kiab279
  • iNaturalist. 2023. Inaturalist. Disponível em: https://www.inaturalist.org/ (acesso em 3-VII-2023).
    » https://www.inaturalist.org/
  • Kill, L.H.P., Porto, D.D. 2019. Bioma Caatinga: oportunidades e desafios de pesquisa para o desenvolvimento sustentável. In: E.F. Vilela, G.M. Callegaro & G.W. Fernandes (orgs.). Biomas e agricultura: oportunidades e desafios. Rio de Janeiro: Vertente edições, pp. 65-80.
  • Medeiros, R.M., Cavalcanti, E.P. & Duarte, J.F.M. 2020. Classificação climática de Köppen para o estado do Piauí - Brasil. Revista Equador 9: 82-99.
  • Mori, S.A., Silva, L. A.M., Lisboa, G. & Coradin, L. 1989. Manual de manejo do herbário fanerogâmico. CEPLAC. 2 ed. Ilhéus.
  • Nickrent, D.L. 2020. Parasitic angiosperms: How often and how many? Taxon 69: 5-27. Disponível em https://doi.org/10.1002/tax.12195 (acesso 28-I-2023)
    » https://doi.org/10.1002/tax.12195
  • Pastore, M., Rangel, W.M., Giulietti, A.M. 2018. Flora das cangas da Serra dos Carajás, Pará, Brasil: Apodanthaceae. Rodriguésia 69: 1049-1053.
  • Sampaio, E.V.S.B., Freitas, A.D.S. 2021. Caatinga: descrição geral. In: Moura, F.B.P., Silva, J.V. (org.). Restauração na Caatinga. EDUFAL, Maceió, pp. 10-26.
  • Sousa, S.R.V.S., Santos-Filho, F.S. 2018. Panorama geral dos estudos sobre Biodiversidade no Piauí. Revista Equador 7:17-41. Disponível em: https://revistas.ufpi.br/index.php/equador/article/view/6437/0 (acesso em 25-I-2023).
    » https://revistas.ufpi.br/index.php/equador/article/view/6437/0
  • SpeciesLink. Ano. Nome da página. Disponível em https://specieslink.net/ (acesso em 3-VII-2023).
    » https://specieslink.net/
  • Teixeira-Costa, L., Davis, C.C. 2021. Life history, diversity, and distribution in parasitic flowering plants. Plant Physiology 4: 32-51.
  • Teixeira-Costa, L., Heberling, J.M., Wilson, C.A. & Davis, C.C. 2023. Parasitic flowering plant collections embody the extended specimen. Methods in Ecology and Evolution, 14: 319-331. Disponível em https://doi.org/10.1111/2041-210X.13866 (acesso em 25-I-2023).
    » https://doi.org/10.1111/2041-210X.13866

Editado por

  • Editor Associado:
    Francisco de Assis dos Santos

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    18 Ago 2025
  • Data do Fascículo
    2025

Histórico

  • Recebido
    28 Set 2023
  • Aceito
    08 Abr 2025
location_on
Instituto de Pesquisas Ambientais Av. Miguel Stefano, 3687 , 04301-902 São Paulo – SP / Brasil, Tel.: 55 11 5067-6057, Fax; 55 11 5073-3678 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: hoehneaibt@gmail.com
rss_feed Stay informed of issues for this journal through your RSS reader
Report error