A produção escrita de narrativas tem se apresentado como estratégia de ensino-aprendizagem na formação em saúde do campus Baixada Santista da Universidade Federal de São Paulo. Neste artigo, discutimos como os estudantes se apropriam desta atividade e como os professores estabelecem critérios para avaliar o material que substitui a prova. São apresentadas três experiências: o memorial; a biografia sobre o brincar e a história de vida dos usuários de um Núcleo de Atenção Psicossocial (Naps). O método se baseou na escolha de trechos dos escritos dos estudantes de 2014 e posterior análise à luz de autores que discutem narrativas. Os dados produzidos apontam a importância de considerar o processo criativo na elaboração de um texto; a transitoriedade entre a verticalidade da história singular e a horizontalidade da cultura; e a reflexão acerca da constituição subjetiva no encontro com a diferença.
Palavras-chave
Narrativa de história de vida; Processos de produção de subjetividade; Formação em saúde