O Serviço Residencial Terapêutico (SRT) compõe a estratégia de desinstitucionalização na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), sendo um instrumento de recuperação de cidadania. O objetivo deste estudo foi conhecer a compreensão dos moradores de SRT de uma cidade paulista sobre “saúde” e “cuidado à saúde”. De natureza qualitativa, utilizou o grupo focal narrativo e contou com a participação de dez moradores. Para eles, saúde é ser feliz e sentir prazer; e o cuidado à saúde extrapola as ações nos diferentes pontos da RAPS. A sua rede de cuidados inclui diversificados espaços de trocas sociais em estabelecimentos comerciais, de lazer e de cultura. Concluiu-se que as ações dos profissionais no cuidado à saúde devem ressignificar papéis e mediar relações sociais, contratuais e de poder, na concretização de novos planos de vida na cidade, constituindo-se como um projeto de felicidade.
Desinstitucionalização; Residências terapêuticas; Serviços de saúde mental; Saúde mental; Reforma psiquiátrica