Este trabalho visa identificar trajetórias que contribuem para o fato de jovens de setores populares serem vítimas de homicídio. Trataremos de mortes que ocorram entre pessoas que possuem vínculo anterior ao evento e que não têm motivação para cometer roubo ou outro crime. O texto documenta e analisa a trajetória de uma jovem vítima desse tipo de homicídio em uma perspectiva qualitativa. O trabalho de campo ocorreu entre 2011 e 2017 em bairros populares de municípios da periferia da província de Buenos Aires, Argentina. Argumentamos que há um processo coletivo ao longo da trajetória que aumenta a vulnerabilidade dos jovens às agressões letais. Em sua composição, destacamos eventos-chave que restringem as possibilidades do agenciamento para as vítimas e as conduzem a uma zona de fragilidade à morte no contexto da sociabilidade local.
Palavras-chave
Homicídio; Adulto jovem; Violência; Áreas de pobreza; Argentina