Resumo
Com o objetivo de compreender o modo como mulheres transexuais têm sido atendidas em instituições do Sistema Único de Saúde, o estudo adotou o delineamento qualitativo. A análise de conteúdo temática de entrevistas e de grupo focal resultou em três categorias: utilização de serviços de saúde por mulheres trans; violência na Atenção à Saúde; falta de atendimento especializado. As participantes referiram não possuir vínculos com a Atenção Primária e buscar atendimento no ambulatório vinculado ao hospital de ensino e em pronto atendimento. Casos de violência institucional, negligência e preconceito permeiam suas experiências. Atendimento humanizado; credenciamento do hospital para o processo transexualizador; investimento no bem-estar do trabalhador; criação de protocolos de atendimento e canais de denúncia foram sugeridos. A equidade e a atenção integral requerem ampliação e qualificação dos serviços. Investimentos em Educação Permanente são essenciais.
Equidade em saúde; Minorias sexuais; Atenção à saúde