Grupo Operativo
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Proposto e definido pela Escola Argentina de Grupos, tendo em Pichón- Rivière sua formulação. Trata-se de um conjunto de pessoas com um objetivo comum, que opera e se estrutura à medida que se relaciona. Centrado na tarefa objetiva de ensino-aprendizagem ou terapêutica. |
ECRO, para a escola pichoniana, é o Esquema Conceitual Referencial e Operativo do grupo. Momentos evolutivos do grupo: Pré-tarefa; Tarefa=integração entre sentir, pensar e agir; Projeto. |
Alguns conceitos dos grupos operativos a serem analisados pela equipe multiprofissional (Estratégia de Saúde da Família - ESF, por exemplo): a tarefa explícita, implícita, os projetos e os objetivos. |
Grupo Focal
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Origem anglo-saxônica, na década de 1940, como metodologia para pesquisa em ciências sociais (marketing, avaliação de programas, comunicação, etc.). Na área da saúde, a partir da década de 1980. Técnica de pesquisa usada para diagnóstico de problemas educativos e avaliação de programas em desenvolvimento, permitindo a obtenção de dados de natureza qualitativa a partir de sessões grupais em que seis a quinze pessoas, que compartilham um traço comum (idade, ocupação, etc.), discutem vários aspectos de um tema específico. |
Deve haver clareza sobre o problema e objetivos da pesquisa; tema bem estudado; um roteiro flexível de questões preliminares. Possui moderador ou facilitador, com o papel de encorajar os participantes a expressarem seus sentimentos e opiniões sobre a questão em estudo; deve manter a discussão focalizada, fazendo resumos e retomando o assunto quando alguém se desvia dele. E um observador, encarregado de captar as informações não verbais expressas pelos participantes e, ao final, ajudar o moderador a analisar os possíveis vieses ocasionados por problemas na sua forma de coordenar a sessão. Recursos: local acolhedor, periodicidade, duração (1:30h, em média) 35 . |
Técnica muito utilizada nos trabalhos de abordagens qualitativas em pesquisa social. Tem sido utilizada internacionalmente para a estruturação de ações diagnósticas e levantamento de problemas; para o planejamento de atividades educativas, como objeto de promoção em saúde e meio ambiente; para a revisão do processo de ensino-aprendizagem. |
Grupo Balint
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Michael Balint, médico e psicanalista húngaro, década de 1950: teoria sobre a relação médico-paciente e uma metodologia de grupo para capacitar os profissionais. |
Parâmetros e normas para a dinâmica grupal: participantes sentam-se em círculo, o coordenador pergunta ao grupo quem tem um caso. Após contar, resumidamente, o coordenador abre espaço para perguntas ao relator, que responde sucintamente e depois silencia, apenas ouvindo a discussão do grupo, que faz uma reflexão sobre o caso e sobre a relação do profissional relator e seu paciente, procurando compreender os mecanismos psíquicos que perpassaram essa relação interpessoal. Ao final da discussão do grupo, o coordenador abre espaço para o relator voltar a falar, que avalia a discussão e diz se o grupo ajudou ou não. Duração de 90 a 120 minutos. |
Uso da técnica do grupo Balint como dispositivos para a prevenção da Síndrome de Burnout; Grupo Balint-Paideia 18 . |
Grupo Reflexivo
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“Um grupo de pessoas que reconhecem o seu engajamento num projeto comum de pesquisa-formação, por meio da prática de narrativas autobiográficas. A atividade reflexiva no grupo volta-se para a busca de sentido de experiências existenciais e a compreensão de si pela mediação do outro” 36 (p. 44). Passeggi 36 e Pineau 37 como principais teóricos. |
Como um dispositivo de formação continuada para a construção de conhecimento e transformação de si mesmo: narração do percurso pessoal e profissional, relatando experiências 36 . |
Metodologia ativa de aprendizagem a partir do “Grupo de Reflexão”, baseada no construcionismo social. No grupo, o estudante/trabalhador é incentivado a refletir sobre seu conhecimento teórico, técnico, tácito e sobre sua prática profissional em saúde 28 . |
Dinâmica de Grupo
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A partir de 1930-40, com Lewin e colaboradores, a partir de estudos para compreender a estrutura, as influências internas e externas, o poder, a liderança e a comunicação do grupo, enfim, a dinâmica do campo grupal. Para Bión 38 , o grupo é um lugar de realidade psíquica própria, permeado pelas ansiedades primitivas e pressupostos básicos (de dependência; de luta ou fuga; de acasalamento) da dinâmica grupal. |
Como método educativo de treinar as capacidades humanas, conduzindo-as a novos comportamentos por meio da exposição, discussão e decisão em grupo. Com Bión 38 , o Grupo T (trabalho), que corresponde ao grupo evoluído, centrado na tarefa e que se opõe a momentos do grupo dominado pelos pressupostos básicos. Moreno (1889-1974), por meio das técnicas de desempenho de papéis - psicodrama e sociodrama - e a sociometria (ferramenta analítica para o estudo das interações entre grupos). |
O trabalho de equipe como possibilidade de “recomposição” do trabalho em saúde numa outra direção, a da interdisciplinaridade. Sociodrama: um dos objetivos é desenvolver o desempenho e o treinamento de papéis. |
Oficinas; Rodas de Conversa.
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Objetiva provocar o efeito Paideia: processo social e subjetivo em que as pessoas ampliem suas capacidades de buscar informações, de interpretá-las, de compreenderem-se a si mesmas, aos outros e ao contexto, aumentando a possibilidade de agir sobre estas relações. |
Método da Roda: espaço de permanente troca de ideias, conhecimentos e afetos, com mediação de apoio especializado, ofertas teóricas e construção de um ambiente protegido, que permita o aumento da capacidade e análise e intervenção. Método de Espirais de Ascese: grupo fechado, com a incorporação das contribuições teóricas de Balint e de autores que desenvolveram a base conceitual da psicologia de grupo. |
Em experiências de implantação da ESF, nas oficinas para implementação da Política Nacional de Humanização (PNH), a fim de transformações do trabalho e da gestão em saúde. |