Este artigo versa sobre uma experiência clínica denominada Oficina Terapêutica de Mosaico de Papel, concebida para atendimento grupal de pessoas com deficiência física, em situação de exclusão e vulnerabilidade social. Esta intervenção, ainda em curso, ocorre no âmbito da Terapia Ocupacional, orientando-se no pensamento psicanalítico, sobretudo em Winnicott. O artigo discute os temas: escolha e uso dos materiais na terapia ocupacional, análise do potencial terapêutico e alcance deste enquadre clínico. Aproxima-se destas questões por meio da narrativa da construção coletiva do primeiro quadro da oficina. Os encontros abriram novas dimensões da experiência da clínica e das condições existenciais e dos sofrimentos experimentados pelos participantes. A efetividade terapêutica dessa intervenção, que transita na interface entre arte e produção de saúde, mostra-se pela possibilidade de novos fazeres, de novos papéis diante do outro, de participar mais de perto da vida comunitária.
Terapia Ocupacional; Oficina Terapêutica; Arte; Produção de Saúde