Existe uma grande quantidade de pessoas privadas de liberdade em delegacias, e a Atenção Básica (AB) constitui a porta de entrada para os cuidados em saúde dessa população. Esta pesquisa envolveu reclusos e reclusas de duas delegacias de polícia – uma com população masculina e outra, feminina – Curitiba, Paraná, Brasil – com a finalidade de analisar o acesso à saúde naqueles espaços a fim de auxiliar na formação de estratégias de acolhimento dessa população na AB. Trata-se de um estudo qualitativo com entrevistas abertas, observação participante, registro em diário de campo e pesquisador com experiência no atendimento dessa população. Como resultado, observaram-se aspectos estruturais e processuais interferindo no acesso aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos do atendimento à saúde, bem como a quase inexistência da prevenção de doenças.
Populações vulneráveis; Assistência à saúde; Representações sociais; Percepção de doença e saúde; População privada de liberdade