Identificação de problemas no contexto de trabalho |
A identificação de problemas na realidade de trabalho é um pressuposto básico da Educação Permanente em Saúde. Tem como protagonistas vários atores, incluindo gestores dos diversos níveis, a própria equipe de saúde e os usuários. A partir dela, busca-se diagnosticar e analisar a realidade de trabalho; e identificar, priorizar e analisar problemas das práticas de saúde, sempre com a intenção de qualificá-la 11. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2009. (Série B. Textos Básicos de Saúde) (Série Pactos pela Saúde, v. 9, 64 p.).,22. Davini MC. Enfoques, problemas e perspectivas na educação permanente dos recursos humanos de saúde. In: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde. Diretoria de Gestão da Educação em Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2009. p. 39-63.,44. Figueiredo MCB, organizador. Formação de facilitadores de educação permanente em saúde. Rio de Janeiro: Ead/Ensp; 2014.,55. Merhy EE, Feuerweker LCM. Educação permanente em Saúde: educação, saúde, gestão e produção do cuidado. In: Mandarino ACS, Gallo E, Gomberg E, organizadores. Informar e educar em saúde: análises e experiências. Salvador, BA: Edufba, Fiocruz; 2014. p. 9-26.,3232. Merhy EE, Feuerweker LCM, Ceccim RB. Educación permanente en salud: una estrategia para intervenir en la micropolítica del trabajo en salud. Rev Salud Colect. 2006; 2(2):147-60.
33. Berbel NAN. A metodologia da problematização e os ensinamentos de Paulo Freire: uma relação mais que perfeita. In: Berbel NAN, organizador. Metodologia da problematização: fundamentos e aplicações. Londrina: Uel; 1999. p. 1-28.
34. Freire P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 2005.
35. Pinto H. Política nacional de educação permanente em saúde: aprender para Transformar. In: Gomes LB, Barbosa MG, Ferla AA, organizadores. A educação permanente em saúde e as redes colaborativas: conexões para a produção de saberes e práticas. Porto Alegre: Rede Unida; 2016. p. 23-65.
36. Hadaad QJ. Las necesidades de intervención y el monitoreo de los procesos educativos. In: Hadaad QJ, Roscke MAC, Davini MC, organizadores. Educacion permanente de personal de salud. Washington: Opas; 1994. p. 145-86. (Serie Desarrollo Recursos Humanos nº 100).
37. Rovere MR. Gestion estrategica de la educacion permanente em salud. In: Hadaad QJ, Roscke MAC, Davini MC, organizadores. Educacion permanente de personal de salud. Washington: OPAS; 1994. p. 63-106. (Serie Desarrollo Recursos Humanos nº 100).-3838. Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Laboratório de Trabalho e Educação Profissional em Saúde. Observatório dos Técnicos em Saúde. Análise da política de educação permanente em saúde: um estudo exploratório de projetos aprovados pelo Ministério da Saúde [Relatório final]. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2006. . As equipes de Telessaúde devem ofertar seus serviços criando oportunidades para que as equipes de ABS reflitam sobre esses processos de trabalho e as práticas clínicas, estimulando a iniciativa ou aprimoramento dos diagnósticos como parte da rotina de trabalho. |
Ampliação do conhecimento aplicado ao contexto local |
A ampliação do conhecimento aplicado ao contexto local acontece em vários momentos do processo de trabalho, como na interação entre profissionais e de profissionais com a comunidade, ou mesmo individualmente, podendo gerar demanda de aprendizagem. A demanda de aprendizagem é fruto do processo crítico de problematização, a partir do que se atualiza e dos conhecimentos produzidos necessários para a qualificação da prática 11. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2009. (Série B. Textos Básicos de Saúde) (Série Pactos pela Saúde, v. 9, 64 p.).,22. Davini MC. Enfoques, problemas e perspectivas na educação permanente dos recursos humanos de saúde. In: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde. Diretoria de Gestão da Educação em Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2009. p. 39-63.,44. Figueiredo MCB, organizador. Formação de facilitadores de educação permanente em saúde. Rio de Janeiro: Ead/Ensp; 2014.,55. Merhy EE, Feuerweker LCM. Educação permanente em Saúde: educação, saúde, gestão e produção do cuidado. In: Mandarino ACS, Gallo E, Gomberg E, organizadores. Informar e educar em saúde: análises e experiências. Salvador, BA: Edufba, Fiocruz; 2014. p. 9-26.,3232. Merhy EE, Feuerweker LCM, Ceccim RB. Educación permanente en salud: una estrategia para intervenir en la micropolítica del trabajo en salud. Rev Salud Colect. 2006; 2(2):147-60.,3434. Freire P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 2005.,3636. Hadaad QJ. Las necesidades de intervención y el monitoreo de los procesos educativos. In: Hadaad QJ, Roscke MAC, Davini MC, organizadores. Educacion permanente de personal de salud. Washington: Opas; 1994. p. 145-86. (Serie Desarrollo Recursos Humanos nº 100).
37. Rovere MR. Gestion estrategica de la educacion permanente em salud. In: Hadaad QJ, Roscke MAC, Davini MC, organizadores. Educacion permanente de personal de salud. Washington: OPAS; 1994. p. 63-106. (Serie Desarrollo Recursos Humanos nº 100).
38. Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Laboratório de Trabalho e Educação Profissional em Saúde. Observatório dos Técnicos em Saúde. Análise da política de educação permanente em saúde: um estudo exploratório de projetos aprovados pelo Ministério da Saúde [Relatório final]. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2006.
39. United Kingdom. Department of Health. ‘Working Together – Learning Together’ A framework for lifelong learning for the NHS. London: Department of Health Publications; 2001.-4040. United Kingdom. Department of Health. Liberating the NHS: developing the healthcare workforce from design to delivery. London: Department of Health Publications; 2012. . As equipes de Telessaúde devem facilitar e promover o acesso à informação e ao conhecimento em saúde com a elaboração de objetos de aprendizagem contextualizados e relacionados tanto ao processo de trabalho quanto aos aspectos de assistência, baseados na melhor evidência científica. |
Trabalho interdisciplinar |
O trabalho interdisciplinar também tem um peso muito forte nas ações de Educação Permanente. Apesar de a Educação Permanente ter um impacto no aspecto individual e na postura da pessoa em fazer do seu processo de trabalho também um processo de aprendizagem, ela só tem sentindo quando ganha corpo no coletivo, na discussão conjunta da realidade, no exercício da democracia participativa, na escuta cuidadosa do outro e na produção de consensos entre os profissionais e a população 11. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2009. (Série B. Textos Básicos de Saúde) (Série Pactos pela Saúde, v. 9, 64 p.).,44. Figueiredo MCB, organizador. Formação de facilitadores de educação permanente em saúde. Rio de Janeiro: Ead/Ensp; 2014.,55. Merhy EE, Feuerweker LCM. Educação permanente em Saúde: educação, saúde, gestão e produção do cuidado. In: Mandarino ACS, Gallo E, Gomberg E, organizadores. Informar e educar em saúde: análises e experiências. Salvador, BA: Edufba, Fiocruz; 2014. p. 9-26.,1111. World Health Organization. Telemedicine: opportunities and developments in Member States: report on the second global survey on eHealth. Global Observatory for eHealth Series. Geneva: WHO; 2010.,3232. Merhy EE, Feuerweker LCM, Ceccim RB. Educación permanente en salud: una estrategia para intervenir en la micropolítica del trabajo en salud. Rev Salud Colect. 2006; 2(2):147-60.
33. Berbel NAN. A metodologia da problematização e os ensinamentos de Paulo Freire: uma relação mais que perfeita. In: Berbel NAN, organizador. Metodologia da problematização: fundamentos e aplicações. Londrina: Uel; 1999. p. 1-28.
34. Freire P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 2005.-3535. Pinto H. Política nacional de educação permanente em saúde: aprender para Transformar. In: Gomes LB, Barbosa MG, Ferla AA, organizadores. A educação permanente em saúde e as redes colaborativas: conexões para a produção de saberes e práticas. Porto Alegre: Rede Unida; 2016. p. 23-65.,3838. Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Laboratório de Trabalho e Educação Profissional em Saúde. Observatório dos Técnicos em Saúde. Análise da política de educação permanente em saúde: um estudo exploratório de projetos aprovados pelo Ministério da Saúde [Relatório final]. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2006.
39. United Kingdom. Department of Health. ‘Working Together – Learning Together’ A framework for lifelong learning for the NHS. London: Department of Health Publications; 2001.
40. United Kingdom. Department of Health. Liberating the NHS: developing the healthcare workforce from design to delivery. London: Department of Health Publications; 2012.
41. Ceccim RB, Ferla AA. Educação permanente em saúde. In: Pereira IB, Lima JC, coordenadores. Dicionário da educação profissional em saúde. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio e Estação de Trabalho Observatório de Técnicos em Saúde. 2a ed. Rio de janeiro: EPSJV; 2008. p. 162-8.-4242. Ferreira GE, Brondani JP, Neves M, Duarte ERM. Da avaliação à cooperação: constituindo espaços de Educação Permanente em Saúde no trabalho avaliativo. In: Gomes LB, Barbosa MG, Ferla AA, organizadores. A educação permanente em saúde e as redes colaborativas: conexões para a produção de saberes e práticas. Porto Alegre: Rede Unida; 2016. . As equipes de Telessaúde, a partir do pressuposto da integralidade, devem promover a reflexão sobre a importância do trabalho interdisciplinar na qualificação das práticas de saúde e incentiva a sistematização de espaços democráticos de planejamento do cuidado e da escuta qualificada da população. |
Protagonismo das equipes na tomada de decisão |
O protagonismo na tomada de decisão é objetivo maior da Educação Permanente em Saúde, no contexto brasileiro. Traduz-se pela responsabilização das equipes na transformação das práticas com sua qualificação e se reflete na consolidação do SUS enquanto modelo integral de atenção à saúde 22. Davini MC. Enfoques, problemas e perspectivas na educação permanente dos recursos humanos de saúde. In: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde. Diretoria de Gestão da Educação em Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2009. p. 39-63.,44. Figueiredo MCB, organizador. Formação de facilitadores de educação permanente em saúde. Rio de Janeiro: Ead/Ensp; 2014.,55. Merhy EE, Feuerweker LCM. Educação permanente em Saúde: educação, saúde, gestão e produção do cuidado. In: Mandarino ACS, Gallo E, Gomberg E, organizadores. Informar e educar em saúde: análises e experiências. Salvador, BA: Edufba, Fiocruz; 2014. p. 9-26.,3232. Merhy EE, Feuerweker LCM, Ceccim RB. Educación permanente en salud: una estrategia para intervenir en la micropolítica del trabajo en salud. Rev Salud Colect. 2006; 2(2):147-60.,3535. Pinto H. Política nacional de educação permanente em saúde: aprender para Transformar. In: Gomes LB, Barbosa MG, Ferla AA, organizadores. A educação permanente em saúde e as redes colaborativas: conexões para a produção de saberes e práticas. Porto Alegre: Rede Unida; 2016. p. 23-65.
36. Hadaad QJ. Las necesidades de intervención y el monitoreo de los procesos educativos. In: Hadaad QJ, Roscke MAC, Davini MC, organizadores. Educacion permanente de personal de salud. Washington: Opas; 1994. p. 145-86. (Serie Desarrollo Recursos Humanos nº 100).
37. Rovere MR. Gestion estrategica de la educacion permanente em salud. In: Hadaad QJ, Roscke MAC, Davini MC, organizadores. Educacion permanente de personal de salud. Washington: OPAS; 1994. p. 63-106. (Serie Desarrollo Recursos Humanos nº 100).
38. Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Laboratório de Trabalho e Educação Profissional em Saúde. Observatório dos Técnicos em Saúde. Análise da política de educação permanente em saúde: um estudo exploratório de projetos aprovados pelo Ministério da Saúde [Relatório final]. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2006.
39. United Kingdom. Department of Health. ‘Working Together – Learning Together’ A framework for lifelong learning for the NHS. London: Department of Health Publications; 2001.-4040. United Kingdom. Department of Health. Liberating the NHS: developing the healthcare workforce from design to delivery. London: Department of Health Publications; 2012. . As equipes de Telessaúde devem estimular e incentivar a responsabilização e o protagonismo das equipes de ABS na qualificação de suas práticas de trabalho e disponibilizam objetos de aprendizagem e instrumentos para realização do planejamento, sempre em consonância com as demandas apresentadas e analisadas. |