Apesar dos avanços no enfrentamento à Aids, registra-se, na última década, o aumento de infecções por HIV entre jovens. Isso motivou o Museu da Vida a produzir uma peça sobre HIV/Aids voltada a esse público. Neste artigo, apresentamos resultados de estudo conduzido com o público do espetáculo, com idades de 11 a 19 anos, baseado na observação de nove apresentações, cinco debates pós-peça e 220 questionários. Além de recepção positiva e forte adesão dos espectadores, verificamos que a peça foi capaz de engajá-los no debate sobre HIV/Aids. Contudo, observamos que faltam espaços de diálogo sobre o assunto, o que pode estar associado à manutenção de estigma e discriminação. Concluímos que a estratégia de unir Saúde e Teatro em uma atividade de divulgação científica foi bem-sucedida, mas ainda há muitos desafios relacionados ao enfrentamento do HIV/Aids, sobretudo entre os jovens.
Palavras-chave
Divulgação científica; Ciência e arte; Saúde e teatro; HIV/Aids