Open-access The integration of mental health in Family Health Strategy

Abstracts

Introduction  The integration of mental health (MH) in primary care (PC) is the main guarantee of access to good practices in MH. Although widely recommended for decades, there are few models of effective integration of MH in PC. In 2008 the Brazilian Ministry of Health created the Core of Support for the Family Health Strategy (NASF), to be the responsible for the integration of MH in PC. This study aims understanding the PC manager’s perspective about the integration of MH in PC, their visions about the NASF and their suggestions to improve this model of integrated care. Based on results we will present recommendations to improve NASF’s model of integration MH in PC.

Method  Qualitative research, exploratory and analytical descriptive study. We conducted 10 semi-structured interviews with PC managers, in the metropolitan region of Sao Paulo. We worked with the concept of intentional sampling, using as a criterion for choosing the extreme or deviant cases. We used the Framework Analysis methodological approach, a method of content analysis.

Results  The interviewees considered that there are more barriers than facilitators for the integration of MH in PC. The barriers and facilitators presented were related to the social context, organizational factors, and personal component of the PC staff. Managers’ shows not have clarity about how implement their ideas about integration of MH in PC and about the scope of the interventions of MH in PC. The NASF is still unable to promote the integrated care in managers perception.

Conclusions  The biggest difficulty is not to create a policy of integration of MH in PC, but its implementation. It is recommended to improve the NASF work process and to research about the nature and feasibility of matrix support in the context of PC.

Mental Health; Primary care; Services organization; Qualitative research; Framework analysis


Introdução  A integração da saúde mental (SM) na atenção primária (AP) é a principal garantia de acesso da população às boas práticas em SM. Embora amplamente recomendada há décadas, existem poucos modelos de integração efetiva da SM na AP. Em 2008 o Ministério da Saúde do Brasil criou o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), que passou a ser o responsável pela integração da SM na AP. O objetivo deste estudo é conhecer, a partir da ótica dos gerentes da AP, como se dá a integração da SM na AP, suas visões sobre o NASF e sugestões para melhorar este modelo de integração. A partir dos resultados apresentaremos recomendações para aperfeiçoar o modelo vigente de integração da SM na AP.

Método  Pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, com orientação analítica – descritiva. Foram realizadas dez entrevistas semi-estruturadas com gerentes da AP, na região metropolitana de São Paulo. Trabalhou-se com o conceito de amostragem intencional, utilizando como critério de escolha os casos extremos ou desviantes. Foi utilizado o método da Análise Estrutural ou Framework Analysis, uma modalidade de análise de conteúdo.

Resultados  Os entrevistados consideraram haver mais barreiras do que facilitadores à integração da SM na AP. As barreiras e facilitadores apresentados estavam relacionados ao contexto social, fatores organizacionais, e componentes pessoais das equipes de trabalhadores. Os gerentes mostram não ter clareza sobre como operacionalizar suas ideias sobre integração da SM na AP e sobre o escopo das intervenções da SM na AP. Na visão dos gerentes a atuação do NASF ainda é incapaz de promover o cuidado integrado.

Conclusões  A implementação do cuidado em SM na AP é uma prioridade no cenário brasileiro atual, mas sua efetivação não ocorrerá sem o desenvolvimento de estratégias adequadas. Processos de trabalho que permitam uma integração e colaboração entre o cuidado do profissional da atenção primária e o especialista são de extrema necessidade. A política atual recomenda o cuidado compartilhado, entretanto as novas práticas de trabalho são difíceis de alcançar. Todos os gerentes entrevistados concordam que o melhor é integrar a SM na ESF, mas apontam que esta implementação permanece um desafio. A maior dificuldade não é criar a política de integração da SM na AP, mas viabilizar sua implementação. Por ser o NASF um modelo inovador, sobretudo por ter sido escolhido pelo Ministério da Saúde do Brasil como a estratégia de integração da saúde mental na ESF, é de grande importância a avaliação detalhada desta experiência. Ainda que questões mais específicas acerca da gestão dos NASF não dispensem pesquisas de avaliação mais aprofundadas, os resultados do presente estudo contribuem para estabelecer prioridades das intervenções da SM na AP e para produzir modificações relevantes e úteis para o aprimoramento dos atendimentos da ESF. Recomenda-se aperfeiçoamento do processo de trabalho do NASF e investigações sobre a natureza e exequibilidade do apoio matricial no contexto da AP.

Saúde Mental; Atenção Primária; Organização de serviços; Pesquisa qualitativa; Análise estrutural


Publication Dates

  • Publication in this collection
    Oct-Dec 2014

History

  • Received
    24 June 2014
  • Accepted
    29 Aug 2014
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