O objetivo deste estudo foi compreender as representações sociais de gestantes e puérperas encarceradas sobre o parir na prisão. Trata-se de pesquisa de abordagem qualitativa desenvolvida com 19 mulheres, estando estas abrigadas em Colônias Penais do estado de Pernambuco, Brasil. Para coleta de dados, utilizaram-se entrevistas grupais, analisadas pelo software Iramuteq. As representações sobre parir durante o encarceramento são marcadas pelo sofrimento ocasionado pelo medo da separação. O processo do trabalho de parto é manifesto pelo preconceito da sociedade; já o tipo de parto parece influenciar na concepção de parir e ser mãe. O estudo aponta a importância de entender a problemática da maternidade no cárcere, bem como as dificuldades atreladas ao processo. Além do mais, faz-se necessário melhorar a atenção e cuidado por parte dos profissionais de saúde e gestores na garantia dos direitos dessa população.
Representações sociais; Parto obstétrico; Prisões