O estudo objetivou compreender a deliberação ética de enfermeiros e médicos diante de pacientes difíceis na Atenção Primária à Saúde (APS). Utilizou-se uma abordagem compreensiva, ancorada no referencial teórico metodológico da bioética deliberativa. Analisaram-se as entrevistas semiestruturadas, tomando a prudência como categoria analítica. Entre 2002-2010, entrevistaram-se setenta profissionais da APS do município de São Paulo. Os resultados evidenciam que os cursos de ação intermediários dos profissionais tendem à conciliação dos valores cuidado e ordenamento. Nos cursos de ação extremos, as enfermeiras tendem para o cuidado, e os médicos, para o ordenamento. Conclui-se que os pacientes difíceis são comuns na APS e os profissionais tendem a apresentar cursos de ação para atendê-los, sem perturbar a rotina da unidade, os demais profissionais e usuários.
Prática profissional; Relação enfermeiro-paciente; Relação médico-paciente; Atenção Primária à Saúde