O grupo artístico Meninas de Sinhá teve como princípio um encontro de mulheres idosas em situação de vulnerabilidade que utilizam a brincadeira da dança de roda como uma potência curativa, capaz de torná-las mais saudáveis. Investigamos a atribuição de sentidos pelo grupo, no campo da saúde e do lazer, ao longo de sua formação estabelecida nos espaços/tempos de brincar de roda. Analisamos os estados corporais revelados nos depoimentos das mulheres que constam em documentos produzidos sobre o grupo e nas suas músicas autorais. Explicitamos esses estados na passagem da condição de adoecimento para a vida de artistas. Percebemos que, como prática comunitária, a brincadeira de roda constituiu-se como uma necessidade social específica para fruição da experiência do lazer, para mobilizar uma rede de encontros e cuidados (na troca e no autocuidado) e para o empoderamento dessas idosas.
Saúde; Atividades de lazer; Envelhecimento