Ideia central |
Relato |
Potencialidades na integração ensino-serviço-comunidade. |
“Eu acho que eles têm muito a somar no trabalho da unidade. A tendência é melhorar essa simbiose entre universidade e serviço, os dois podem sair ganhando muito” (E7). |
A universidade não substitui o serviço. |
“Tem coisas que, por mais que gostem do pessoal da TS, do pessoal da equipe multidisciplinar, mas eles gostam de conversar com o agente comunitário” (E2) “A escola do bairro já tinha pedido pr’a gente fazer algum trabalho lá com os adolescentes, e a gente não estava dando conta. Então, foi bem legal, porque daí veio a proposta da UNIFESP, da TS. A gente desenvolveu muitos grupos que antes não tinham; a gente conseguiu estruturar” (E3) “Os grupos que os residentes desenvolvem e que o pessoal da TS também participa ‘traz’ orientações, ‘diminui’ a quantidade de tempo das nossas visitas, porque o tanto de informações que a gente ia passar nas visitas, a gente consegue ir ‘em’ mais casas” (E5) |
O momento de pausa e a discussão. |
“A universidade traz aquele momento também de pausa: ‘Olha, tem que se atentar mais pra isso’. Eles vão a campo, depois trazem pr’a gente; a gente discute. Isso é fundamental (E6) |
Relação e percepção dos problemas dos usuários. |
“Eles me ensinaram bastante a ter um relacionamento melhor, até mesmo com meus cadastrados; eles me ensinaram ver de perto o problema do munícipe, pra tentar resolver da melhor forma” (E1) |
A dicotomia entre teoria e prática. |
“É diferente, a parte acadêmica da parte prática. Não que a gente não tenha isso, mas é diferente, a dinâmica. Quando a gente só vai trabalhando, deixa um pouco dessa questão do estudar diariamente, até porque você tem que correr atrás do concreto” (E4). “Então, vem com todo um deslumbramento, de que tudo na prática tinha que ser como na teoria. Mas a gente ‘tá lá realmente pra colocar um pouco o pé no chão” (E6) |
O estudo e o contato com novas ferramentas/formas de trabalho. |
“Os alunos voltaram realmente a aguçar o nosso interesse pelo estudo. Pr’a gente não se sentir desatualizado com relação aos alunos, voltou a estudar, correr atrás. Ficou com bem mais afinco por conta desse estímulo” (E7) “A gente teve também contato com disciplina de políticas públicas, de projetos terapêuticos integrados, de uma série de ferramentas que a gente não teve contato assim, logo que entrou na prefeitura” (E7) “A equipe começou a aprender a lidar com essa coisa de outros profissionais, outros olhares, nas reuniões de equipe, de discutir o caso com todas essas visões. Então, pr’a equipe também foi muito bom ‘dá’ uma acordada, questionar algumas coisas, tentar fazer diferente, trazer ideias, sair daquela acomodação que todo mundo acaba caindo” (E3) |
Possibilidade de repensar a concepção de saúde, cuidado e trabalho em equipe. |
“Querer mapear o território primeiro, pra depois fazer as ações. Nunca se inseriam nas atividades. Depois de um tempo é que, aí sim, deslanchou” (E6) “Eles têm uma dificuldade de se entender como equipe. O que eu vou fazer? Ficam aqueles conflitos: em que momento eu atuo como grupo, equipe multi e em que momento eu posso atuar como profissional” (E6) “Eles têm que seguir as normas dos preceptores: o que pode, o que não pode fazer. Disposição, a gente percebe que eles têm, e muita. Eles vão passar por cima de quem é a chefia deles? É igualzinho eu passar por cima da minha enfermeira. Não posso, né?” (E2) |