Resumo
Busca-se, com este artigo, engendrar reflexões acerca da narrativa epistolar como uma categoria de escrita de vida, na qual hibridez e fluidez são características importantes para o que se pretende discutir aqui - possibilidades de escritas de vida agirem como potência de escritas coletivas e a amplitude da narrativa epistolar no campo das narrativas literárias. Assim, o objetivo central aqui é discutir escritas de vida que se deslocam da intimidade para a coletividade e se oferecem como uma política de resistência, de modo especial, para se pensar o feminismo interseccional e Letter to my daughter (2008), de Maya Angelou, configura-se como um significativo exemplo desse tipo de narrativa, conforme se demonstrará ao longo deste artigo.
Palavras-chave
Interseccionalidade; Carta; Escritas de vida; Resistência; feminismo