Open-access Qualidade de vida em Indígenas de uma cidade da Rota Bioceânica

Resumo

Os povos indígenas enfrentam desigualdades históricas que impactam sua saúde e qualidade de vida, incluindo dificuldades de acesso a serviços básicos, baixa escolarização e insegurança alimentar. Este estudo objetivou analisar a qualidade de vida dos povos indígenas urbanos da Província de Jujuy, Argentina. O estudo quantitativo transversal foi realizado com 42 adultos autodeclarados indígenas (18-60 anos) residentes em territórios urbanos. Utilizou-se amostragem não probabilística por conveniência. Os instrumentos incluíram questionário sociodemográfico e WHOQOL-BREF para avaliação da qualidade de vida. A análise foi realizada por estatística descritiva usando Excel e SPSS. A amostra apresentou média de idade de 49,76 anos (DP=13,21), sendo 66,7% mulheres. A maioria tinha ensino secundário completo (42,9%). Na avaliação da qualidade de vida, o domínio “Relações Sociais” obteve maior pontuação (M=3,88; DP=0,79), seguido pelo “Psicológico” (M=3,47; DP=0,58). Itens críticos identificados incluíram baixa satisfação com a saúde (M=2,93), presença de dor física limitante (M=2,14), sentimentos negativos frequentes (M=2,19) e insuficiência financeira (M=2,26). O estudo evidenciou que fatores como dor física, sentimentos negativos, insatisfação com a saúde e limitações financeiras impactam negativamente a qualidade de vida dos participantes. Os achados reforçam a necessidade de políticas intersetoriais que considerem as especificidades socioculturais desta população, visando a promoção do bem-estar físico, emocional e social.

Palavras-chave
povos indígenas; educação em saúde; comportamentos relacionados com a saúde; Rota Bioceânica

location_on
Universidade Católica Dom Bosco Av. Tamandaré, 6000 - Jd. Seminário, 79117-900 Campo Grande- MS - Brasil, Tel.: (55 67) 3312-3608 - Campo Grande - MS - Brazil
E-mail: suzantoniazzo@ucdb.br
rss_feed Acompanhe os números deste periódico no seu leitor de RSS
Reportar erro