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Vespas Spheciformes (Hymenoptera, Apoidea) do Mato Grosso do Sul, Brasil

Spheciformes Wasps (Hymenoptera, Apoidea) from Mato Grosso do Sul, Brazil

RESUMO

Apresentamos aqui uma lista de espécies de vespas esfeciformes das famílias Ampulicidae, Sphecidae e Crabronidae registradas para o oeste e sudoeste do estado de Mato Grosso do Sul em inventários recentes realizados em 22 pontos amostrais, com principal ênfase na Serra da Bodoquena, contemplando os principais biomas do estado como o Cerrado, a Mata Atlântica e o Chaco Brasileiro. Foram registrados 506 indivíduos distribuídos em 109 espécies e 47 gêneros. Trypoxylon Latreille foi o gênero mais diverso com 155 indivíduos coletados e 12 espécies, sendo o único gênero amostrado em todas as metodologias. Eremnophila binodis (Fabricius, 1798) foi a espécie mais abundante registrada dentre os esfeciformes, com 35 indivíduos coletados. Esta lista acrescenta 83 novos registros de distribuição de espécies dessas vespas no estado, ampliando para 139 espécies de vespas esfeciformes conhecidas para o estado.

PALAVRAS-CHAVE
Crabronidae; Região Neotropical; Sphecidae; vespas solitárias; Programa Biota-MS

ABSTRACT

Here we present a species list of spheciformes wasps of the families Ampulicidae, Sphecidae and Crabronidae, registered in west and southwest of the Mato Grosso do Sul state, Brazil. The surveys were conducted in 22 sampling points, with emphasis on Serra da Bodoquena region, covering the biomes: Cerrado, Atlantic Forest and Chaco. We recorded 506 individuals distributed in 47 genera and 109 species. Trypoxylon Latreille was the most diverse genus with 155 individuals collected and 12 morphospecies, being the only genus sampled in all methodologies. Eremnophila binodis (Fabricius, 1798) was the most abundant species recorded from these wasps with 35 individuals collected. This list adds 83 new records to this wasp’s distribution in the state, expanding to 139 species of wasps spheciformes known to the state.

KEYWORDS
Crabronidae; Neotropical Region; solitary wasps; Sphecidae; Biota-MS Program

As vespas Spheciformes, termo utilizado por Brothers (1975)Brothers, D. J. 1975. Phylogeny and Classification of the Aculatea Hymenoptera, with special reference to Mutillidae. University of Kansas Science Bulletin 50(11):483-648. , Amarante (2002) Amarante, S. 2002. A synonymic catalog of the Neotropical Crabronidae and Sphecidae (Hymenoptera: Apoidea). Arquivos de Zoologia 37(1):1-139. e Gonzalez (2006)Gonzalez, V. H. 2006. Superfamilia Apoidea. In: Fernández, F.& Sharkey, M. J.eds.. Introduccíon a los Hymenoptera de la Región Neotropical Bogotá, Sociedad Colombiana de Entomología y Universidad Nacional de Colombia, p. 443-448. , compõe um grupo cosmopolita de vespas caçadoras de insetos, aranhas e colêmbolos de hábito geralmente solitário. Este grupo apresenta uma grande diversidade morfológica, ecológica, biológica e comportamental; por esses motivos, as classificações sistemáticas variam muito entre os autores ( Bohart & Menke, 1976Bohart, R. M. & Menke, A. S. 1976. Sphecidae wasps of the world. A generic revision. Berkley, University of California Press. 695p. ; Krombein, 1979Krombein, K. V. 1979. Superfamily Sphecoidea. In:; Krombein, K. V. Hurd Jr., P. D.; Smith, D. R. & Burks B. D. eds. Catalog of Hymenoptera in America north of Mexico, Apocrita (Aculeata). Washington, D. C., Smithsonian Institution Press. vol. 2, p. 1573-1740. ; Finnamore, 1993Finnamore, A. T. 1993. Series Spheciformes. In: Goulet, H. & Huber, J. T. eds. Hymenoptera of the world. An identification guide to families. Ottawa, Agriculture Canada, Publication 1894/E, p. 280-306. ; Melo, 1999Melo, G. A. R. 1999. Phylogenetic relationships and classification of the major lineages (Hymenoptera), with emphasis on the Crabronidae wasps. Natural History Museum the University of Kansas, Scientific Papers 14:1-55. ; Amarante, 2006 Amarante, S. 2006. Crabronidae. In: Fernández, F. & Sharkey, M. J. eds. Introduccíon a los Hymenoptera de la Región Neotropical. Bogotá, Sociedad Colombiana de Entomología y Universidad Nacional de Colombia. 894p.). Hanson & Menke (2006Hanson, P. E. & Menke, A. S.2006. Las avispas apoideas: Ampulicidae, Sphecidae, Crabronidae. Memoirs of the American Entomological Institute 77:694-733. ) classificam as vespas esfeciformes na Superfamília Apoidea junto com as abelhas e reconhecem quatro famílias atualmente: Heterogynaidae (restrita ao Velho Mundo), Ampulicidae, Sphecidae e Crabronidae. Estas vespas compartilham características morfológicas com a maioria das abelhas, porém, estas possuem pelos plumosos e as vespas esfeciformes possuem pêlos lisos ( Menke & Fernández, 1996Menke, A. S. & Fernández, F.C. 1996. Claves ilustradas para las subfamilias, tribus y géneros de esfécidos neotropicales (Apoidea: Sphecidae). Revista de Biología Tropical 44(2):1-68.).

As fêmeas dessas vespas são caçadoras e utilizam o ferrão para paralisar suas presas, aprovisionando-as ainda vivas, para a alimentação de sua prole em ninhos que variam desde simples escavações no solo ou a ocupação de cavidades pré-existentes, à construção de ninhos com barro ou até mesmo com fibras vegetais ( Hanson & Menke, 1995Hanson, P. E. & Menke, A. S.1995. The sphecid wasps (Sphecidae). In: Hanson, P. E.& Gauld, I. A. eds. The Hymenoptera of Costa Rica. New York, Oxford University Press, p. 621-649. ). Embora a maioria das espécies apresente comportamento solitário, vários níveis de socialidade são observados no grupo, que variam de simples agregações até um exemplo de eusocialidade registrado para Microstigmus Ducke ( Matthews, 1991Matthews, R. W. 1991. Evolution of social behavior in sphecid wasps. In: Ross, K. G. & Matthews, R. W. eds. The Social Biology of Wasps. Ithaca, Comstock, p. 570-602.).

Muitas das ordens de insetos são utilizadas como presas, entre elas Thysanopetera, Heteroptera, Psocoptera, Orthoptera, Blattaria, Lepidoptera, Diptera, Coleoptera e Hymenoptera, além de algumas famílias de Araneae e Collembola. Para o gênero Microbembex Patton, 1879, é registrado o comportamento de necrofagia. Devido a estes hábitos, um dos papéis ecológicos mais evidentes deste grupo de vespas é a regulação populacional das espécies que usam como presa ( Amarante, 1999Amarante, S. T. P. 1999. Sphecidae. In: Joly, C. A. & Bicudo, C. E. M. eds. Biodiversidade do Estado de São Paulo. Invertebrados Terrestres. São Paulo, WinnerGraph, FAPESP. 157 p. ).

No mundo são conhecidas aproximadamente 9.700 espécies ( Pulawski, 2012Pulawski, W. J. 2012. Catalog of Sphecidae senso lato. Banco de dados eletrônico. Disponível em: < Disponível em: http://research.calacademy.org/sites/research.calacademy.org/files/Departments/ent/sphecidae/Number_of_Species.pdf >. Acessado em: 06/04/2012.
http://research.calacademy.org/sites/res...
) e Amarante (2005) Amarante, S. 2005. Addendum and corrections to a synonymic catalog of the Neotropical Crabronidae and Sphecidae (Hymenoptera: Apoidea). Papéis Avulsos de Zoologia 45:1-18.registrou cerca de 1.900 espécies neotropicais. No Brasil, os estudos envolvendo a diversidade dessas vespas são raros devido à escassez de especialistas. Inventários recentes foram apresentados por Buys (2009Buys, S. C. 2009. Sphecidae (Hymenoptera: Apoidea) of Rio de Janeiro State (Souheastern Brazil): inventory of species and notes on biology and distribution. Arquivos do Museu Nacional 67:275-282. , 2011Buys, S. 2011. Sphecidae (Hymenoptera: Apoidea) of Rio de Janeiro State (Southeast Brazil): new geographic records and remarks on faunal distribution. Biota Neotropica 11:369-372.), porém, apenas amostrando Sphecidae e restritos a fauna do estado do Rio de Janeiro. Um checklist das espécies do Peru foi apresentado por Rasmussen & Asenjo (2009)Rasmussen, C. & Asenjo, A. 2009. A checklist to the wasps of Peru (Hymenoptera, Aculeata). Zookeys 15:1-78. , que registraram 301 espécies. Horta Vega et al. (2007)Horta Vega, J. V.; Pinson Domínguez, O. N.; Barrientos Lozano, L. & Correa Sandoval, A. 2007. Sphecidae and Crabronidae (Hymenoptera) de algunos municipios del centro y sur de Tamaulipas, México. Acta Zoológica Mexicana (nueva serie) 23:35-48. , em inventário do estado de Tamaulipas, no México, registram 124 espécies dessas vespas.

A diagonal de formações abertas secas da América do Sul ou Arco Pleistocênico é uma faixa de clima sazonal e vegetações abertas onde a distribuição dos conjuntos de organismos estende-se por cinco províncias biogeográficas que compreendem a sub-região Chaquenha (Chacoana): a Caatinga, o Cerrado, o Chaco, o deserto do Monte e o Pampa. Cada província possui uma grande diversidade de ecossistemas que por sua vez, exibem componentes bióticos endêmicos ( Morrone, 2000Morrone, J. J. 2000. What is the Chacoan subregion? Neotropica 46:51-68. ; Prado, 2000Prado, D. E. 2000. Seasonally dry forest of tropical South America: from forgotten ecosystems to a new phytogeographic unit. Edinburgh Journal of Botany 57:437-461.; Morrone et al., 2004Morrone, J. J.; Mazzucconi, S. A. & Bachmann, A. O. 2004. Distributional patterns of Chacoan water bugs (Heteroptera: Belostomatidae, Corixidae, Micronectidae and Gerridae). Hydrobiologia 523:159-173. ; Colli, 2005Colli, G. R. 2005. As origens e a diversificação da herpetofauna do Cerrado. In: Scariot, A.; Souza-Silva, J. C. & Felfili, J. M. eds. Cerrado. Ecologia, biodiversidade e conservação. Brasília, Ministério do Meio Ambiente, p. 249-264.; Zanella, 2011 Zanella, F. C. V. 2011. Evolução da Biota da Diagonal de Formações Abertas Secas da América do Sul. In: Carvalho, C. J. B. & Almeida, E. A. B. eds. Biogeografia da América do Sul. Padrões e processos. São Paulo, Roca, p. 198-220. ; Silvestre et al., 2012)Silvestre, R.; Demétrio, M. F. & Delabie, J. H. C. 2012. Community structure of leaf-litter ants in a Neotropical Dry Forest: A Biogeographic approach to explain betadiversity. Psyche 2012:1-15.. A maior parte do território de Mato Grosso do Sul está localizado dentro do domínio do Cerrado, o restante está em áreas de transição entre os domínios do Cerrado, Mares de Morros (Floresta Paraná), Floresta de Araucárias, Chaco Oriental (Misiones) e Pantanal ( Ab’Saber, 1977Ab’Saber, A. N. 1977. Os domínios morfoclimáticos na América do Sul: primeira aproximação. Geomorfologia 53:1-23. ; Morrone, 2006Morrone, J. 2006. Biogeographic areas and transition zones of latin america and the caribbean islands based on panbiogeographic and cladistic analyses of the entomofauna. Annual Review of Entomology51:467-494.).

O desenvolvimento agropecuário e socioeconômico tem causado significativas reduções das formações florestais da região Centro-Oeste como, o Cerrado e as Matas Estacionais Deciduais e Semi-Deciduais. Esta última, particularmente, foi drasticamente fragmentada, pois sua ocorrência coincide com solos férteis e úmidos e, por conseguinte, mais propensos à agropecuária ( Van Den Berg & Oliveira-Filho, 2000van Den Berg, E. & Oliveira-Filho, A. T. 2000. Composição florística e estrutura fitossociológica de uma floresta ripária em Itutinga, MG, e comparação com outras áreas. Revista Brasileira de Botânica23(3):231-253. ; Pott & Pott, 2003Pott, A. & Pott, V. J. 2003. Espécies de fragmentos florestais em Mato Grosso do Sul. In: Costa, R. B. org. Fragmentação florestal e alternativas de desenvolvimento rural na região Centro-Oeste. Campo Grande, UCDB, p. 26-52. ).

Este trabalho tem como objetivo apresentar preliminarmente a lista de vespas esfeciformes coletados no MS, levando em consideração os diferentes ecossistemas do estado, ampliando os registros de distribuição de algumas espécies destas vespas e contribuindo para estudos biogeográficos, ecológicos e taxonômicos deste grupo.

MATERIAL E MÉTODOS

Áreas de estudo. Este inventário abrange uma série de coletas realizadas em 22 localidades no estado ( Fig. 1), nas seguintes regiões ( Tab. I):

Fig. 1
Pontos de amostragem de Spheciformes (Hymenoptera, Apoidea) no Mato Grosso do Sul, Brasil.

Tab. I
Localidades amostradas e metodologia empregada nos inventários de vespas realizados entre 2004 a 2011 no estado de Mato Grosso do Sul, Brasil.

Serra da Bodoquena: é uma das maiores áreas cársticas contínuas do Brasil, com aproximadamente 200 km de extensão no sentido norte-sul com altitude entre 450 a 800 m. Situada ao leste do Pantanal do Nabiléque, formada por rochas calcárias do grupo Corumbá (Neoproterozóico III) ( Bogianni et al., 1993Boggiani, P. C.; Fairchild, T. R. & Coimbra, A. M. 1993. O grupo Corumbá (Neoproterozóico-Cambriano) na região central da Serra da Bodoquena (Faixa Paraguai) Mato Grosso do Sul. Revista Brasileira de Geociências 23:301-305. ). O clima é tropical úmido com precipitação média anual entre 1300 a 1700 mm. Os tipos vegetacionais predominantes são matas estacionais deciduais e semideciduais aluviais e áreas com influência dos domínios do Cerrado, Pantanal, Amazônia, Chaco e Mata Atlântica ( Sallun-Filho & Karmann, 2007Sallun-Filho, W. & Karmann, I. 2007. Geomorphological map of the Serra da Bodoquena Karst, West-Central Brazil. Journal of Maps 2007:282-295. ). Foram amostradas 13 localidades no período de 2006 a 2011.

Pantanal: possui formações florestais como capões, cordilheiras, paratudais e matas ciliares. A depressão do Pantanal possui poucos planaltos isolados, dentre eles a Serra do Amolar e o Maciço do Urucum ( Bordignon & França, 2004Bordignon, M. O. & França, A. O. 2004. Análise preliminar sobre a diversidade de morcegos no Maciço do Urucum, Mato Grosso do Sul, Brasil. In: IV SINPAN Simpósio Sobre Recursos Naturais e Socioeconômicos do Pantanal. Corumbá, Embrapa Pantanal [CD room]. ). As expedições de coletas contemplaram áreas de Floresta Estacional Decidual (mata seca), próximas à lagoa Mandioré, nos períodos da seca e cheia, no ano de 2010. A mata ciliar do Rio Miranda foi amostrada em novembro de 2009 e as formações de floresta semidecídua e campo rupestre do Maciço do Urucum em dezembro de 2007 e maio de 2008.

Chaco: o Chaco brasileiro possui uma área de 3.839 km2 e ocupa 6,7% da sub-região do Pantanal do Nabiléque ( Silva et al., 2000Silva, M. P.; Mauro, R.; Mourão, G. & Coutinho, M. 2000. Distribuição e quantificação de classes de vegetação do Pantanal através de levantamento aéreo. Revista Brasileira de Botânica 23:143-152. ). Delimita-se a oeste pelo Rio Paraguai, ao sul pelo Rio Apa, a norte pelo Rio Aquidaban e a leste pela Serra da Bodoquena. A principal ocorrência geológica da região é a Formação Pantanal. Nesta região as transições florísticas formam ecótonos de diferentes regiões fitoecológicas, sendo reconhecidas as seguintes fisionomias: Savanas Estépica Gramíneo-Lenhosa (Florestada) e Estépica Arbórea, Parque de Carandazais, formações de encrave Chaco/Floresta Decidual e Chaco/Cerrado, brejos, banhados e salitres ( Noguchi et al., 2009Noguchi, D. K.; Nunes, G. P. & Sartori, A. L. B. 2009. Florística e síndromes de dispersão de espécies arbóreas em remanescentes de Chaco de Porto Murtinho, Mato Grosso do Sul, Brasil. Rodriguesia 60(2):353-365. ; Pennington et al., 2000Pennington, R. T.; Prado, D. E. & Pendry, C. A. 2000. Neotropical seasonally dry forest and quaternary vegetation changes. Journal of Biogeography 27:261-273.). As coletas foram realizadas em novembro de 2010 e maio de 2011 em cinco pontos amostrais.

Complexo Aporé-Sucuriú: localizado no chamado Planalto da Bacia Sedimentar do Paraná, com predominância do Cerrado ( Pagotto & Souza, 2006Pagotto, C. S. & Souza, P. R.2006. Biodiversidade do Complexo Aporé-Sucuriú. subsídios à conservação e Manejo do cerrado: área prioritária 316-Jauru. Campo Grande, Editora UFMS, 308p. ). As coletas foram realizadas em flores nas matas-ciliares dos rios Aporé e Sucuriú, em dois pontos amostrais nos meses de abril e novembro de 2004 por Aoki & Sigrist (2006)Aoki, C. & Sigrist, M. R. 2006. Inventário dos visitantes florais no Complexo Aporé-Sucuriú. In: Pagotto, T. C. S. & Souza, P. R. orgs. Biodiversidade do Complexo Aporé-Sucuriú. Subsídios à conservação e manejo do bioma Cerrado. Campo Grande, Editora da UFMS, p.143-162. .

Floresta Estacional Semidecidual: áreas de transição com o Cerrado e a Mata Atlântica da bacia do Paraná ( Pott & Pott, 2003Pott, A. & Pott, V. J. 2003. Espécies de fragmentos florestais em Mato Grosso do Sul. In: Costa, R. B. org. Fragmentação florestal e alternativas de desenvolvimento rural na região Centro-Oeste. Campo Grande, UCDB, p. 26-52. ). As coletas foram realizadas durante o período de 2007 a 2011, nos municípios de Dourados, Ivinhema e Maracajú.

Métodos de Amostragem. Foram empregadas três técnicas diferentes utilizadas em estudos com himenópteros: rede entomológica, armadilhas de Malaise e armadilhas de Moërick (bandejas de cores azul e amarela, preparadas com água e detergente e alocadas sobre a serapilheira) ( Sarmiento, 2006Sarmiento, C. E. 2006. Métodos generales de recoleccion. In: Fernández, F.& Sharkey, M. J.eds.. Introduccíon a los Hymenoptera de la Región Neotropical Bogotá, Sociedad Colombiana de Entomología, Universidad Nacional de Colombia, p. 115-131. ). Os esforços de coleta não foram padronizados entre as localidades devido aos objetivos particulares de cada expedição.

O material coletado foi determinado pelo especialista Bolívar R. Garcete-Barrett no Laboratório de Biologia Comparada de Hymenoptera da Universidade Federal do Paraná e os exemplares estão depositados na coleção de Hymenoptera do Museu de Biodiversidade da Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais da Universidade Federal da Grande Dourados (MuBio/FCBA-UFGD).

RESULTADOS

Foram coletados 506 indivíduos distribuídos em 109 espécies e 47 gêneros ( Tab. II). Amarante (2002) Amarante, S. 2002. A synonymic catalog of the Neotropical Crabronidae and Sphecidae (Hymenoptera: Apoidea). Arquivos de Zoologia 37(1):1-139. catalogou 56 espécies no estado de Mato Grosso do Sul, destas espécies 30 espécies não foram coletadas neste inventário ( Tab. III); o que totaliza 139 espécies registradas para o estado de Mato Grosso do Sul.

Tab. II
Espécies de vespas esfeciformes registradas por localidades no estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, no período de 2004 a 2011.

Tab. III
Lista de espécies de esfeciformes apresentada por Amarante (2002) Amarante, S. 2002. A synonymic catalog of the Neotropical Crabronidae and Sphecidae (Hymenoptera: Apoidea). Arquivos de Zoologia 37(1):1-139. referente à fauna de Mato Grosso do Sul, que não foram registradas neste inventário.

Trypoxylon Latreille, 1796 foi o gênero mais diverso com 155 indivíduos coletados e 12 espécies, sendo o único gênero amostrado em todas as localidades e por todos os tipos de metodologias. Eremnophila binodis (Fabricius, 1798) foi a espécie mais abundante, com 35 indivíduos coletados; destes, 34 indivíduos foram coletados com rede entomológica e apenas um com armadilha de Malaise.

Entre os Crabronidae foram coletados 372 indivíduos, distribuídos em 85 espécies de 38 gêneros. As cinco subfamílias reconhecidas para a Região Neotropical foram amostradas: Astatinae, Bembicinae, Crabroninae, Pemphredoninae e Philantinae.

De Sphecidae foram registrados 131 indivíduos, totalizando 23 espécies em oito gêneros de Ammophilinae, Sceliphrinae e Sphecinae. O gênero que apresentou maior riqueza entre os Sphecidae foi Sphex Linnaeus, 1758, com cinco espécies. Eremnophila Menke, 1964 foi o mais abundante entre os esfecídeos, com 58 indivíduos coletados.

Ampulicidae foi representada apenas por três indivíduos da mesma espécie, Ampulex compressa (Fabricius, 1781), amostrada em coleta ativa com rede entomológica. Estes registros ocorreram em áreas antropizadas em Dourados.

A maior diversidade foi registrada na Serra da Bodoquena, com 298 indivíduos, 87 espécies de 41 gêneros. No Chaco foram contabilizados 116 indivíduos de 22 espécies e 17 gêneros; em Dourados foram coletados 44 de 22 espécies e 16 gêneros e no Complexo Aporé-Sucuriú foram registrados 39 indivíduos (22 espécies, 13 gêneros). Trachypus Klug, 1810 foi obtido apenas com rede entomológica nas flores e Nitela Latreille, 1809 foi coletado com armadilha de Malaise.

DISCUSSÃO

Os dados utilizados neste estudo são oriundos de trabalhos com diferentes propósitos e com metodologias distintas, consideradas complementares na amostragem destas vespas ( Amarante, 1999Amarante, S. T. P. 1999. Sphecidae. In: Joly, C. A. & Bicudo, C. E. M. eds. Biodiversidade do Estado de São Paulo. Invertebrados Terrestres. São Paulo, WinnerGraph, FAPESP. 157 p. ), mas que não foram simultâneas nas áreas. Este é o primeiro esforço amostral para Sphecidae e Crabronidae realizadas no Mato Grosso do Sul, não existindo nenhum levantamento faunístico dessas vespas realizado metodicamente para esta região na literatura, apenas os registros constantes no catálogo de Amarante (2002) Amarante, S. 2002. A synonymic catalog of the Neotropical Crabronidae and Sphecidae (Hymenoptera: Apoidea). Arquivos de Zoologia 37(1):1-139., de material depositado em museus.

Este esforço amostral contribui para o conhecimento da diversidade da fauna de esfeciformes nos diversos ecossistemas do estado, ampliando os registros de distribuição destes táxons. Para alguns gêneros descritos recentemente, como por exemplo Alinia Antropov, 1993, são registradas quatro espécies, com apenas duas registradas no Brasil; neste trabalho foi verificado apenas uma fêmea, não identificada em nível específico. Para Allogorytes R. Bohart, 2000, somente um macho e uma fêmea de Allogorytes bifasciatus (Brèthes, 1909) foi apontada. Podagritus Spinola, 1851, Podium Fabricius, 1804, Rhopalum Stephens, 1829 e Zanysson Rohwer, 1921, são amostrados pela primeira vez no estado.

Devido à escassez de especialistas neste grupo no Brasil, existem lacunas em relação à distribuição das espécies e as informações de biologia, classificação e taxonomia ainda são apresentadas de forma fragmentada. Recentemente metodologias de coleta como armadilhas de Malaise e Moërick, têm sido empregadas de forma complementar a levantamentos realizados com rede entomológica, ampliando o registro de muitos gêneros de difícil amostragem. Das metodologias que são tradicionalmente indicadas para a obtenção de vespas, apenas os ninho-armadilhas não foram empregados neste estudo.

As espécies de vespas estão estritamente correlacionadas com as formações fitofisionômicas, sendo que a distribuição, riqueza e diversidade depende da heterogeneidade de hábitats e do arranjo espacial. Foi observada uma associação de determinadas espécies com a estrutura física dos ambientes, como por exemplo, a associação de Bembecini com áreas abertas de solos arenosos. Cavidades protegidas de intempéries em afloramentos rochosos ou entre cascas de árvores também favorecem a nidificação de algumas espécies, como observado para Trypoxylon. Foram observadas espécies coletoras de barro em barrancas de rios e córregos e a uma maior atividade das vespas de alguns gêneros como Sceliphron em locais próximos a fontes de água.

Devido ao hábito predador destas vespas, a maioria tende a especializar-se na caça de grupos restritos de presas, o que torna cada espécie um controlador quase que específico da população de suas presas. Este papel desempenhado por estas vespas não é avaliado e suas propriedades bioindicadoras ainda estão indefinidas. Ambientes com maior complexidade possibilitam o estabelecimento e a sobrevivência de maior número de espécies e o estado de conservação desses ecossistemas interfere diretamente na diversidade ( Lawton, 1983Lawton, J. H. 1983. Plant architecture and the diversity of phytophagous insects. Annual Review of Entomology 28:23-39. ; Andren, 1994Andren, H. 1994. Effects of habitat fragmentation on birds and mammals in landscapes with different proportions of suitable habitat: A review. Oikos 71:355-366.; Steffan-Dewenter & Tascharntke, 2002Steffan-Dewenter, I. & Tscharntke, T. 2002. Insect communities and biotic interactions on fragmented calcareous grassland - a mini review. Biological Conservation 104:275-284. ; Santos et al., 2007Santos, G. M. M.; Bicharra-Filho, C. C.; Resende, J. J.; Cruz, J. D. & Marques, O. M. 2007. Diversity and community structure of social wasps (Hymenoptera, Vespidae) in three ecosystems in Itaparica Island, Bahia State, Brazil. Neotropical Entomology 36:180-185. , 2009Santos, G. M. M.; Cruz, J. D. Marques, O. M.& Gobbi, N. 2009. Diversidade de vespas sociais (Hymenoptera: Vespidae) em áreas de cerrado na Bahia. Neotropical Entomology38(3):317-320. ).

Pott & Pott (2003Pott, A. & Pott, V. J. 2003. Espécies de fragmentos florestais em Mato Grosso do Sul. In: Costa, R. B. org. Fragmentação florestal e alternativas de desenvolvimento rural na região Centro-Oeste. Campo Grande, UCDB, p. 26-52. ) consideraram o Chaco brasileiro uma das localidades prioritárias para conservação no Brasil, em função da fragilidade deste ecossistema e o avanço desenfreado da agropecuária na região. Das áreas amostradas neste estudo, reafirmamos a necessidade da conservação de áreas de formações chaquenhas, pela riqueza apresentada, como também, apontamos a Serra da Bodoquena, como uma das áreas mais ricas do estado para a fauna de vespas esfeciformes.

Agradecimentos.

Nossos sinceros agradecimentos a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciências e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect) e a Superintendência de Ciências e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Sucitec/MS) pelo convite de participação neste fascículo especial da Iheringia, Série Zoologia e o suporte financeiro para sua publicação; ao Dr. Anorld S. Menke, Dr. Wojciech J. Pulawski, Dr. Michel Ohl e Dr. Pavel G. Nemkov, pelo envio dos manuscritos; a Bolívar R. Garcete-Barrett pela identificação do material coletado; a Manoel Fernando Demétrio, Tiago Henrique Auko, Vander Carbonari, Nelson Rodrigues da Silva, Mario Fernandes dos Santos e Flavia Helena Braff Denes pelas relevantes contribuições; aos membros do “Exército de Libertação da Natureza” e aos pesquisadores do Hecolab - Laboratório de Ecologia de Hymenoptera.

Referências Bibliográficas

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    2017

Histórico

  • Recebido
    22 Dez 2016
  • Aceito
    06 Fev 2017
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