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Checklist das aves do Estado do Mato Grosso do Sul, Brasil

Checklist of the birds of the state of Mato Grosso do Sul, Brazil

RESUMO

Em contraste com vários outros estados brasileiros, apenas recentemente o Mato Grosso do Sul iniciou o inventário organizado de sua avifauna. Relacionamos 630 espécies de aves para o Mato Grosso do Sul, pertencentes a 26 ordens e 74 famílias, que corresponde a 34% da avifauna ocorrente no Brasil. Cerca de 90% dessas espécies apresentam registros comprobatórios de ocorrência no estado conforme as normas propostas pelo CBRO. As demais ainda aguardam documentação comprobatória adequada. Quarenta e cinco espécies foram incluídas na lista terciária por apresentarem problemas de documentação comprobatória devido à ausência de circunstanciação e distribuição incompatível. A grande diversidade de fitofisionomias e paisagens sob influência dos biomas Cerrado, Pantanal, Chaco, Bosques Chiquitanos e Mata Atlântica são responsáveis em parte, pela diversidade de espécies ocorrentes no Mato Grosso do Sul. No entanto, várias dessas fitofisionomias e paisagens já foram suprimidas e/ou alteradas pela pecuária e principalmente monoculturas ( Pinus, Eucalyptus e cana-de-açúcar). Trinta e sete espécies de aves ocorrentes no estado encontram-se presentes em listas de espécies ameaçadas de extinção em âmbito global e/ou nacional. Ainda existem grandes lacunas de conhecimento sobre a avifauna sul-matogrossense, notadamente no Pantanal do Paiaguás e em regiões limítrofes com o estado de Goiás e países como Paraguai (Chaco) e a Bolívia (Bosques Chiquitanos). Instituições como Embrapa Pantanal e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, bem como o trabalho de consultores ambientais e observadores de aves foram relevantes no avanço do conhecimento sobre a avifauna no estado. Grande parte dos museus institucionais no exterior abriga exemplares coletados no Mato Grosso do Sul, dentre os quais se destacam o Museum of Comparative Zoology (Cambridge, EUA), o American Museum of Natural History (Nova York, EUA), o The Field Museum of Natural History (Chicago, EUA) e o National Museum of Natural History (Washington, DC, EUA). No Brasil as principais coleções que guardam material ornitológico sul-matogrossense são o Museu de Zoologia (USP, São Paulo), o Museu Nacional (UFRJ, Rio de Janeiro) e o Departamento de Zoologia da Universidade Federal de Minas Gerais (DZUFMG, Minas Gerais).

PALAVRAS-CHAVE
Pantanal; Cerrado; biodiversidade; Programa BIOTA-MS

ABSTRACT

Contrasting with several other Brazilian states, just recently the state of Mato Grosso do Sul started to organize an inventory of its birdlife. We list 630 species of birds for the Mato Grosso do Sul, belonging to 26 orders and 74 families, representing 34% of birds occurring in Brazil. About 90% of these species have documented records of its occurrence in the state (Main List), according to proposed by CBRO. The others species still wait for adequate supporting documentation (Secondary List). Forty five species were excluded for the Main List and included in Tertiary List due to problems in supporting documentation and/or incompatible distribution. The variety of landscapes and vegetation types under the influence of the biomes Cerrado, Pantanal, Atlantic forest, Chaco and Bosque Chiquitano is partly responsible for the high species diversity in Mato Grosso do Sul. However, several of these landscapes have been suppressed and/or severely altered by pastures, agriculture (mostly monocultures of sugar cane and soybeans) and agroforestry ( Pinus and Eucalyptus). Thirty-seven species of birds occurring in the state were present on red lists at the global and/or national level. There are still large gaps in knowledge about the avifauna of Mato Grosso do Sul, mainly in the region of Paiaguás in the Pantanal wetlands and in neighboring regions with the state of Goiás, Paraguay (Chaco) and Bolivia ( Bosque Chiquitano). Institutions such as Embrapa Pantanal and the Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, as well as the research of environmental consultants and birdwatchers, were relevant in the advancement of ornithological knowledge in the state. Much of the institutional museums harbor specimens collected in Mato Grosso do Sul, which highlights are the Museum of Comparative Zoology (Cambridge, USA), the American Museum of Natural History (New York), the Field Museum of Natural History (Chicago) and the National Museum of Natural History (Washington). In Brazil the main ornithological collections that keep material from Mato Grosso do Sul are the Museu de Zoologia (USP, São Paulo), the Museu Nacional (Rio de Janeiro) and the collection of Departmento de Zoologia at Universidade Federal de Minas Gerais (DZUFMG, Minas Gerais).

KEYWORDS
Pantanal; Cerrado; conservation status; biodiversity; Biota-MS Program

Listas faunísticas são muito importantes para o avanço das ciências naturais, como fontes indispensáveis de subsídios a outras áreas do conhecimento, como a biogeografia, a ecologia e mesmo seus desdobramentos, como a biologia da conservação e as avaliações de impacto ambiental ( Silveira et al., 2010Silveira, L. F.; Beisiegel, B. M.; Curcio, F. F.; Valdujo, P. H.; Dixo, M.; Verdade, V. K.; Mattox, G. M. T. & Cunningham, P. T. M. 2010. Para que servem os inventários de fauna? Estudos Avançados 24(68):173-207.; Scherer-Neto et al., 2011Scherer-Neto, P.; Straube, F. C.; Carrano, E. & Urben-Filho, A. 2011. Lista das aves do Paraná. Edição comemorativa do “Centenário da Ornitologia do Paraná”. Curitiba, Hori Consultoria Ambiental. 130p.). De fato, todo o conhecimento sobre a distribuição das aves brasileiras começou a ser estabelecido, ao longo da história, com o acúmulo de dados originários dos tantos estudos de natureza regional ( Pacheco & Bauer, 2001Pacheco, J. F. & Bauer, C. 2001. A lista de aves do Espírito Santo de Ruschi (1953): uma análise crítica. In: Albuquerque, J. L. B.; Candido Junior, J. F.; Straube, F. C. & Roos, A. L. eds. Ornitologia e conservação: da ciência às estratégias. Tubarão, Unisul. p.261-276.).

Por várias razões, o Mato Grosso do Sul apenas recentemente iniciou o inventário organizado de sua avifauna, contrastando fortemente com outros estados brasileiros como São Paulo ( Ihering, 1898Ihering, H. von. 1898. As aves do Estado de São Paulo. Revista do Museu Paulista 3:113-476., 1900 Ihering, H. von.. 1900. Aves de S. Paulo. Revista do Museu Paulista 4:1-20., 1904 Ihering, H. von.. 1904. As aves do Paraguay em comparação com as de São Paulo. Revista do Museu Paulista 6:310-384.), Rio Grande do Sul ( Ihering, 1899Ihering, H. von.. 1899. As aves do Estado do Rio Grande do Sul. In: Anuário do Estado do Rio Grande do Sul para o ano de 1900. Porto Alegre, Governo do Estado do Rio Grande do Sul, p.113-154.), Minas Gerais ( Pinto, 1952Pinto, O. M. O. 1952. Súmula histórica e sistemática da ornitologia de Minas Gerais. Arquivos de Zoologia do Estado de São Paulo 8(1):1-51.) e Espírito Santo ( Ruschi, 1953Ruschi, A. 1953. Lista das aves do Estado do Espírito Santo. Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão, Série Zoologia 11:1-21.). Este estudo, fundamentado como fonte de referência, objetiva relacionar as espécies de aves até o momento registrados no Estado de Mato Grosso do Sul.

MATERIAL E MÉTODOS

Para a elaboração deste checklist, que deve ser tratado como uma ferramenta preliminar e suscetível a alterações, foram considerados registros visuais, audiovisuais e/ou sonoros disponíveis na literatura, museus institucionais no Brasil e no exterior, bem como os dados obtidos em campo pelos autores em diversas localidades do estado.

Ela foi construída com base no formato da “Lista das Aves do Brasil”, compilação que é anualmente produzida e atualizada pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos ( CBRO, 2011CBRO - Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos . 2011. Listas das aves do Brasil . 10ed. - 25.01.2011. Disponível em: < Disponível em: http://www.cbro.org.br/CBRO/pdf/avesbrasil_jan2011.pdf >. Acessado em 14.03.2012.
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), grupo de estudos da Sociedade Brasileira de Ornitologia. Sob essa chancela, o procedimento aqui adotado inclui tanto a apresentação quanto os critérios adotados por aquele Comitê, com dois limites bem claros e definidos para a admissão de espécies ao inventário: (1) Lista Primária (LP), que agrega espécies com pelo menos um dos registros de ocorrência no Mato Grosso do Sul provido de evidência documental, ou seja, item(ns) disponível(is) para consulta independente, na forma de espécime integral ou parcial, fotografia, gravação de áudio ou vídeo, que permitam a determinação segura e indiscutível do táxon e (2) Lista Secundária (LS), incluindo espécies contando com um ou mais registros para o território sul-mato-grossense, mas cuja evidência documental não é conhecida ou disponível. Neste contexto, o protocolo de filtragem é o detalhamento da informação alusiva ao contato, seja visual ou auditivo, associado obrigatoriamente à coerência com o padrão distribucional e de dispersão da espécie estabelecido com base em evidências documentais. As espécies incluídas à lista estadual sob esse critério encontram-se discriminadas entre colchetes.

Em virtude do objetivo deste estudo, não se encontram indicados elementos fundamentais para o juízo e conclusões aqui procedidos, informações essas que se encontram em vias de compilação em obra especialmente destinada e esse fim ( Nunes, et al., 2017Nunes, A. P.; Straube, F. C.; Laps, R. R. & Posso, S. R. 2017. Checklist das aves do Estado do Mato Grosso do Sul, Brasil. Iheringia, Série Zoologia 107: e2017154.).

Adicionalmente, e também conforme recomendações do CBRO, são excluídas algumas espécies que, embora citadas na literatura como componentes da avifauna do Mato Grosso do Sul, carecem de detalhes documentados ou minimamente circunstanciados. Esses casos estão consolidados em uma Lista Terciária ( Apêndice I Apêndice 1. Lista terciária das aves do estado do Mato Grosso do Sul, Brasil. Táxon Nome popular Fonte de citação e racionália Tinamidae Nothura boraquira (Spix, 1825) codorna-do-nordeste Straube et al. (2006): embora a espécie tenha sido tentativamente identificada com base na literatura e comparação com exemplares de museu (Straube et al., 2006), a identificação é frágil, pela falta de documentação e da semelhança conhecida entre outras espécies, inclusive Nothoprocta cinerascens (Burmeister, 1860) que, embora ainda não registrada no País, ocorre marginalmente ao Mato Grosso do Sul, precisamente na região onde ocorreu o contato (Short, 1975). Anatidae Anas sibilatrix Poeppig, 1829 marreca-oveira Melo (2006): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; a distribuição é incompatível. Anas cyanoptera Vieillot, 1816 marreca-colorada Nunes et al. (2008): os dados alusivos ao registro não puderam ser reavaliados. Mergus octosetaceus Vieillot, 1817 pato-mergulhão Collar et al. (1992): menção para bacia do Sucuriú, sem circunstanciação; Hughes et al. (2006) descartam esse registro. Cracidae Penelope obscura Temminck, 1815 jacuaçu Aguirre & Aldrighi (1983), Souza (2005): o exemplar atribuído à espécie não foi analisado por Nacinovic (2012) que procedeu a correção da identificação para P. ochrogaster. Accipitridae Geranoaetus polyosoma (Quoy & Gaimard, 1824) gavião-de-costas-vermelhas Reichholf (1974), Pacheco (2004): menção em lista de espécies, sem circunstanciação, localidades ou datas. Rallidae Fulica leucoptera Vieillot, 1817 carqueja-de-bico-amarelo Leuzinger (2009): menção em lista de espécies, sem detalhamento; a distribuição é incompatível. Scolopacidae Numenius phaeopus (Linnaeus, 1758) maçarico-galego Morrison et al. (2008): menção em obra de referência, sem circunstanciação. Arenaria interpres (Linnaeus, 1758) vira-pedras Morrison et al. (2008): menção em obra de referência, sem circunstanciação. Calidris alba (Pallas, 1764) maçarico-branco Tubelis & Tomas (2003): menção em lista de espécies. Equívoco de identificação. De acordo com Straube et al. (2006), os espécimes procedentes de Porto Quebracho e identificados no Museu Nacional como tal, são Phalaropus tricolor (Vieillot, 1819). Calidris pusilla (Linnaeus, 1766) maçarico-rasteirinho Tubelis & Tomas (2003): registro único, não documentado do segundo autor, que não pôde ser reavaliado. Calidris minutilla (Vieillot, 1819) maçariquinho Leuzinger (2009): citação em lista de espécies, sem circunstanciação. Calidris bairdii (Coues, 1861) maçarico-de-bico-fino Melo (2006): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; conforme Straube et al. (2006), os espécimes identificados no Museu Nacional como tal, se tratam de Calidris melanotos (Vieillot, 1819); a espécie é de difícil identificação e geralmente distribuída pelo litoral meridional do Brasil. Columbidae Columbina cyanopis (Pelzeln, 1870) rolinha-do-planalto Parker & Willis (1997): registro único, não documentado e carente de confirmação. Psittacidae Anodorhynchus glaucus (Vieillot, 1816) arara-azul-pequena Collar et al. (1992): menção em lista de espécies, sem circunstanciação. O suposto avistamento em Corumbá trata-se de equívoco de identificação. A distribuição é incompatível. Pionopsitta pileata (Scopoli, 1769) cuiú-cuiú Bocchese et al. (2008): citação em lista de espécies, sem circunstanciação. Distribuição incompatível. Triclaria malachitacea (Spix, 1824) sabiá-cica Sick & Teixeira (1979), Sick (1985): a indicação para “Campo Grande”, foi satisfatoriamente refutada por Straube & Scherer-Neto (1995), situação acatada em Sick (1997). Strigidae Aegolius harrisii (Cassin, 1849) caburé-acanelado Hass (2004): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; a distribuição é incompatível. Caprimulgidae Hydropsalis forcipata (Nitzsch, 1840) bacurau-tesoura-gigante Endrigo (2005): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; o autor (Endrigo, 2012 in litt.) confirmou o equívoco. Apodidae Chaetura brachyura (Jardine, 1846) andorinhão-de-rabo-curto Travassos (1940), Naumburg (1930): erro de identificação: o exemplar coletado em Salobra e depositado no Museu Nacional corresponde ao congênere C. meridionalis e o exemplar no American Museum carece de confirmação quanto à identidade. Trochilidae Phaethornis ruber (Linnaeus, 1758) rabo-branco-rubro Hass (2004): menção em lista de espécies, sem circunstanciação. Distribuição incompatível. Campylopterus largipennis (Boddaert, 1783) asa-de-sabre-cinza Previatto et al. (2009): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; a distribuição é incompatível. Hylocharis sapphirina (Gmelin, 1788) beija-flor-safira Tubelis & Tomas (2003), Nunes et al. (2009), Previatto et al. (2009): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; a distribuição é incompatível. O segundo autor (Nunes et al. 2009) confirmou o equívoco. Heliomaster longirostris (Audebert & Vieillot, 1801) bico-reto-cinzento Hass (2004), Previatto et al. (2009): menção em lista de espécies, sem circunstanciação. Ramphastidae Ramphastos tucanus Linnaeus, 1758 tucano-grande-de-papo-branco Pivatto et al. (2008): os autores relatam um único indivíduo observado, o que poderia ser decorrente de escape ou soltura de cativeiro e, além disso, discutem sobre o status da espécie na área do registro e da necessidade de confirmação. Picidae Melanerpes cruentatus (Boddaert, 1783) benedito-de-testa-vermelha Hass (2004): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; a distribuição é incompatível com o registro. Piculus aurulentus (Temminck, 1821) pica-pau-dourado Schubart et al. (1965): possível equívoco na identificação do exemplar coletado em Salobra e depositado no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Thamnophilidae Formicivora grisea (Boddaert, 1783) papa-formiga-pardo Hass (2004): menção em lista de espécies sem circunstanciação. A dificuldade de identificação exige material documental. Desta forma o registro atribuído a esse táxon foi convertido em Formicivora melanogaster, com ocorrência no estado. Thamnophilus stictocephalus Pelzeln, 1868 choca-de-natterer Silva et al. (2006): menção em lista de espécies, sem circunstanciação. Distribuição incompatível. Hypocnemoides maculicauda (Pelzeln, 1868) solta-asa Ridgely & Tudor (1994): os autores mencionam “n. Mato Grosso do Sul” - provavelmente um engano, se referindo ao estado antes da divisão política; a distribuição é incompatível. Dendrocolaptidae Dendroplex kienerii (Dês Murs, 1855) arapaçu-ferrugem Pinto (1978): menção a pele de Dendroplex picus kienerii; a subespécie em questão tem status de espécie plena (Aleixo, 2002) com distribuição incompatível, sendo que o registro em questão deve ser revertido à Dendroplex picus (Gmelin, 1788). Xiphorhynchus fuscus (Vieillot, 1818) arapaçu-rajado Donatelli (2005), Leuzinger (2009): menção em lista de espécies, sem circunstanciação. Distribuição incompatível. Furnariidae Philydor atricapillus (Wied, 1821) limpa-folha-coroado Ridgely & Tudor (1994): menção em obra de referência, sem circunstanciação. Rhynchocyclidae Phylloscartes eximius (Temminck, 1822) barbudinho Ridgely & Tudor (1994): menção em obra de referência, sem circunstanciação; a distribuição é incompatível. Tyrannidae Myiopagis flavivertex (Sclater, 1887) guaracava-de-penacho-amarelo Tubelis & Tomas (2003), Melo (2006): menção em lista de espécies, sem circunstanciação. Distribuição incompatível. Xolmis dominicanus (Vieillot, 1823) noivinha-de-rabo-preto Silva (1995): menção em lista de espécie, sem circunstanciação. Distribuição incompatível. Conopias trivirgatus (Wied, 1831) bem-te-vi-pequeno Tubelis & Tomas (2003), Donatelli (2005), Gimenes et al. (2007): menção em lista de espécies, sem circunstanciação. Distribuição incompatível. Pipridae Machaeropterus pyrocephalus (Sclater, 1852) uirapuru-cigarra Posso et al. (2008) menção em lista de espécies, sem circunstanciação. Distribuição incompatível Hirundinidae Prognesubis (Linnaeus, 1758) andorinha-azul Melo (2006), Nunes et al. (2010): a dificuldade de identificação exige material documental. Progne elegans Baird, 1865 andorinha-do-sul Melo (2006): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; a dificuldade de identificação exige material documental. Turdidae Turdus flavipes Vieillot, 1818 sabiá-una Ragusa-Neto (2002): indicação em nota de rodapé; a identificação de fêmeas é complicada e não há, na fonte original, nenhum detalhamento sobre o contato. Emberizidae Haplospiza unicolor Cabanis, 1851 cigarra-bambu Posso et al. (2009): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; distribuição incompatível. Tiaris fuliginosus (Wied, 1830) cigarra-do-coqueiro Leuzinger (2009): citação em lista de espécies, sem circunstanciação. Coryphospingus pileatus (Wied, 1821) tico-tico-rei-cinza Hass (2004): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; a distribuição é incompatível. Icteridae Agelasticus thilius (Molina, 1782) sargento Melo (2006): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; distribuição incompatível. ), que também aponta a fonte original de menção e a racionália respectiva para a exclusão.

A lista de espécies segue a ordenação taxonômica bem como a nomenclatura científica e os nomes em português propostos pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos ( CBRO, 2011CBRO - Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos . 2011. Listas das aves do Brasil . 10ed. - 25.01.2011. Disponível em: < Disponível em: http://www.cbro.org.br/CBRO/pdf/avesbrasil_jan2011.pdf >. Acessado em 14.03.2012.
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), com exceção de algumas recentes deliberações para as famílias Caprimulgidae e Thraupidae/Emberizidae e, ainda, de situações provisórias ( incertae sedis) de alguns grupos ou espécies, nesses casos baseados na edição anterior da mesma lista ( CBRO, 2009CBRO - Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. 2009. Listas das aves do Brasil. 8ed - 09.08.2009. Disponível em: < Disponível em: http://www.cbro.org.br/CBRO/pdf/avesbrasil_ago2009.pdf >. Acessado em: 14.03.2012.
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), sob a forma de arranjo mais coerente e consensual possível.

Adicionalmente, este estudo adota os limites de espécies para Aburria Reichenbach, 1853 apresentados por Lopes (2009Lopes, P. 2009. Taxonomia alfa e distribuição dos representantes do gênero Aburria Reichenbach, 1853 (Aves: Cracidae). Dissertação de Mestrado. São Paulo, Universidade de São Paulo . 158p. ) contra Grau et al. (2004Grau, E. T.; Pereira, S. L.; Silveira, L. F.; Höfling, E. & Wajntal, A. 2004. Molecular phylogenetics and biogeography of Neotropical piping guans (Aves: Galliformes): Pipile Bonaparte, 1856 is synonym of Aburria Reichenbach, 1853. Molecular Phylogenetics and Evolution 35:637-645.) e CBRO (2011CBRO - Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos . 2011. Listas das aves do Brasil . 10ed. - 25.01.2011. Disponível em: < Disponível em: http://www.cbro.org.br/CBRO/pdf/avesbrasil_jan2011.pdf >. Acessado em 14.03.2012.
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), particularmente na aceitação de A. grayi Pelzeln, 1870 e A. nattereri Reichenbach, 1862 como espécies plenas. Além disso, também se utiliza os conceitos e conclusões de D’Horta et al. (2008D’Horta, F. M.; Silva, J. M. C. & Ribas, C. C. 2008. Species limits and hybridization zones in Icterus cayanensis-chrysocephalus group (Aves: Icteridae). Biological Journal of the Linnean Society 95:583-597. ) na admissão de quatro espécies antes agregadas em Icterus cayanensis (Linnaeus, 1766), tais como I. pyrrhopterus (Vieillot, 1819), I. valenciobuenoi Ihering, 1902; I. periporphyrus (Bonaparte, 1850) e I. tibialis Swainson, 1838, sendo as três primeiras ocorrentes no Mato Grosso do Sul (vide Omland et al., 1999Omland, K. E.; Lanyon, S. M. & Fritz, S. J. 1999. A molecular phylogeny of the New World orioles ( Icterus): the importance of dense taxon sampling. Molecular Phylogenetics and Evolution 12:224-239.; Sturge et al., 2009Sturge, R.; Jacobsen, F.; Rosensteel, B. B.; Neale, R. J. & Omland, K. E. 2009. Colonization of South America from Caribbean Islands confirmed by molecular phylogeny with increased taxon sampling. Condor 11:575-579.). Essas manobras, embora discordantes do cenário nacional, visam ao fortalecimento do conhecimento da distribuição dos respectivos táxons envolvidos, todos eles - na opinião dos autores - perfeitamente reconhecíveis e dispondo de documentações satisfatórias.

Por questões de objetividade, os nomes em português aludem exclusivamente aos “nomes vernáculos técnicos” ( sensuFarias & Alves, 2007Farias, G. B. & Alves, A. G. C. 2007. É importante pesquisar o nome local das aves? Revista Brasileira de Ornitologia 15(3):403-408.). Cientes de que se trata de denominações técnicas escolhidas para individualizar cada espécie de ave brasileira com uma única designação em língua portuguesa, acreditamos que tais nomes possuem caráter puramente instrumental, visando tão somente à comunicação com o público leigo. Nomes populares autênticos (“nomes locais”, segundo Farias & Alves, 2007Farias, G. B. & Alves, A. G. C. 2007. É importante pesquisar o nome local das aves? Revista Brasileira de Ornitologia 15(3):403-408.) desta forma, não são apresentados, aguardando estudos pertinentes de colecionamento geograficamente significativo e a necessária base linguística, visando especialmente à preservação desse patrimônio cultural de indiscutível importância.

Na elaboração da lista de espécies de aves ameaçadas de extinção ocorrentes no Mato Grosso do Sul, consideramos a lista nacional de espécies ameaçadas ( Silveira & Straube, 2008Silveira, L. F. & Straube, F. C. 2008. Aves ameaçadas de extinção no Brasil. In: Machado, A. B. M.; Drummond, G. M. & Paglia, A. P. eds. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Brasília, Ministério do Meio Ambiente /Fundação Biodiversitas, p.379-666.), com os seguintes status de ameaça: CR (Criticamente em Perigo), EN (Em Perigo) e VU (Vulnerável).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Relacionamos 630 espécies de aves para o Mato Grosso do Sul, pertencentes a 26 ordens, 74 famílias e 396 gêneros ( Tab. I), o que corresponde a aproximadamente 35% das espécies ocorrentes no Brasil ( CBRO, 2011CBRO - Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos . 2011. Listas das aves do Brasil . 10ed. - 25.01.2011. Disponível em: < Disponível em: http://www.cbro.org.br/CBRO/pdf/avesbrasil_jan2011.pdf >. Acessado em 14.03.2012.
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).

Tab. I
Lista das aves do estado do Mato Grosso do Sul (Brasil). Status de conservação: CR (Criticamente em Perigo), EN (Em Perigo) e VU (Vulnerável), segundo Silveira & Straube (2008).

Aproximadamente 90% das espécies de aves ocorrentes no estado apresentam registros comprobatórios de ocorrência por meio de espécime(s) integral(is) ou parcial(is), fotografia, gravação de áudio ou vídeo e outros tipos de documentos que permitam a determinação segura, e a aferição posterior, do táxon (vide Carlos et al., 2010Carlos, C. J.; Straube, F. C. & Pacheco, J. F. 2010. Conceitos e definições sobre documentação de registros ornitológicos e critérios para a elaboração de listas de aves para os estados brasileiros. Revista Brasileira de Ornitologia 18(4):355-361.). As demais ainda aguardam documentação comprobatória adequada, mas foram incluídas provisoriamente na lista secundária. Quarenta e seis espécies foram transferidas para a lista terciária devido à ausência (ou casos insolúveis mal esclarecidos) de documentação, associada à incompatibilidade de distribuição geográfica ( Apêndice 1 Apêndice 1. Lista terciária das aves do estado do Mato Grosso do Sul, Brasil. Táxon Nome popular Fonte de citação e racionália Tinamidae Nothura boraquira (Spix, 1825) codorna-do-nordeste Straube et al. (2006): embora a espécie tenha sido tentativamente identificada com base na literatura e comparação com exemplares de museu (Straube et al., 2006), a identificação é frágil, pela falta de documentação e da semelhança conhecida entre outras espécies, inclusive Nothoprocta cinerascens (Burmeister, 1860) que, embora ainda não registrada no País, ocorre marginalmente ao Mato Grosso do Sul, precisamente na região onde ocorreu o contato (Short, 1975). Anatidae Anas sibilatrix Poeppig, 1829 marreca-oveira Melo (2006): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; a distribuição é incompatível. Anas cyanoptera Vieillot, 1816 marreca-colorada Nunes et al. (2008): os dados alusivos ao registro não puderam ser reavaliados. Mergus octosetaceus Vieillot, 1817 pato-mergulhão Collar et al. (1992): menção para bacia do Sucuriú, sem circunstanciação; Hughes et al. (2006) descartam esse registro. Cracidae Penelope obscura Temminck, 1815 jacuaçu Aguirre & Aldrighi (1983), Souza (2005): o exemplar atribuído à espécie não foi analisado por Nacinovic (2012) que procedeu a correção da identificação para P. ochrogaster. Accipitridae Geranoaetus polyosoma (Quoy & Gaimard, 1824) gavião-de-costas-vermelhas Reichholf (1974), Pacheco (2004): menção em lista de espécies, sem circunstanciação, localidades ou datas. Rallidae Fulica leucoptera Vieillot, 1817 carqueja-de-bico-amarelo Leuzinger (2009): menção em lista de espécies, sem detalhamento; a distribuição é incompatível. Scolopacidae Numenius phaeopus (Linnaeus, 1758) maçarico-galego Morrison et al. (2008): menção em obra de referência, sem circunstanciação. Arenaria interpres (Linnaeus, 1758) vira-pedras Morrison et al. (2008): menção em obra de referência, sem circunstanciação. Calidris alba (Pallas, 1764) maçarico-branco Tubelis & Tomas (2003): menção em lista de espécies. Equívoco de identificação. De acordo com Straube et al. (2006), os espécimes procedentes de Porto Quebracho e identificados no Museu Nacional como tal, são Phalaropus tricolor (Vieillot, 1819). Calidris pusilla (Linnaeus, 1766) maçarico-rasteirinho Tubelis & Tomas (2003): registro único, não documentado do segundo autor, que não pôde ser reavaliado. Calidris minutilla (Vieillot, 1819) maçariquinho Leuzinger (2009): citação em lista de espécies, sem circunstanciação. Calidris bairdii (Coues, 1861) maçarico-de-bico-fino Melo (2006): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; conforme Straube et al. (2006), os espécimes identificados no Museu Nacional como tal, se tratam de Calidris melanotos (Vieillot, 1819); a espécie é de difícil identificação e geralmente distribuída pelo litoral meridional do Brasil. Columbidae Columbina cyanopis (Pelzeln, 1870) rolinha-do-planalto Parker & Willis (1997): registro único, não documentado e carente de confirmação. Psittacidae Anodorhynchus glaucus (Vieillot, 1816) arara-azul-pequena Collar et al. (1992): menção em lista de espécies, sem circunstanciação. O suposto avistamento em Corumbá trata-se de equívoco de identificação. A distribuição é incompatível. Pionopsitta pileata (Scopoli, 1769) cuiú-cuiú Bocchese et al. (2008): citação em lista de espécies, sem circunstanciação. Distribuição incompatível. Triclaria malachitacea (Spix, 1824) sabiá-cica Sick & Teixeira (1979), Sick (1985): a indicação para “Campo Grande”, foi satisfatoriamente refutada por Straube & Scherer-Neto (1995), situação acatada em Sick (1997). Strigidae Aegolius harrisii (Cassin, 1849) caburé-acanelado Hass (2004): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; a distribuição é incompatível. Caprimulgidae Hydropsalis forcipata (Nitzsch, 1840) bacurau-tesoura-gigante Endrigo (2005): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; o autor (Endrigo, 2012 in litt.) confirmou o equívoco. Apodidae Chaetura brachyura (Jardine, 1846) andorinhão-de-rabo-curto Travassos (1940), Naumburg (1930): erro de identificação: o exemplar coletado em Salobra e depositado no Museu Nacional corresponde ao congênere C. meridionalis e o exemplar no American Museum carece de confirmação quanto à identidade. Trochilidae Phaethornis ruber (Linnaeus, 1758) rabo-branco-rubro Hass (2004): menção em lista de espécies, sem circunstanciação. Distribuição incompatível. Campylopterus largipennis (Boddaert, 1783) asa-de-sabre-cinza Previatto et al. (2009): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; a distribuição é incompatível. Hylocharis sapphirina (Gmelin, 1788) beija-flor-safira Tubelis & Tomas (2003), Nunes et al. (2009), Previatto et al. (2009): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; a distribuição é incompatível. O segundo autor (Nunes et al. 2009) confirmou o equívoco. Heliomaster longirostris (Audebert & Vieillot, 1801) bico-reto-cinzento Hass (2004), Previatto et al. (2009): menção em lista de espécies, sem circunstanciação. Ramphastidae Ramphastos tucanus Linnaeus, 1758 tucano-grande-de-papo-branco Pivatto et al. (2008): os autores relatam um único indivíduo observado, o que poderia ser decorrente de escape ou soltura de cativeiro e, além disso, discutem sobre o status da espécie na área do registro e da necessidade de confirmação. Picidae Melanerpes cruentatus (Boddaert, 1783) benedito-de-testa-vermelha Hass (2004): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; a distribuição é incompatível com o registro. Piculus aurulentus (Temminck, 1821) pica-pau-dourado Schubart et al. (1965): possível equívoco na identificação do exemplar coletado em Salobra e depositado no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Thamnophilidae Formicivora grisea (Boddaert, 1783) papa-formiga-pardo Hass (2004): menção em lista de espécies sem circunstanciação. A dificuldade de identificação exige material documental. Desta forma o registro atribuído a esse táxon foi convertido em Formicivora melanogaster, com ocorrência no estado. Thamnophilus stictocephalus Pelzeln, 1868 choca-de-natterer Silva et al. (2006): menção em lista de espécies, sem circunstanciação. Distribuição incompatível. Hypocnemoides maculicauda (Pelzeln, 1868) solta-asa Ridgely & Tudor (1994): os autores mencionam “n. Mato Grosso do Sul” - provavelmente um engano, se referindo ao estado antes da divisão política; a distribuição é incompatível. Dendrocolaptidae Dendroplex kienerii (Dês Murs, 1855) arapaçu-ferrugem Pinto (1978): menção a pele de Dendroplex picus kienerii; a subespécie em questão tem status de espécie plena (Aleixo, 2002) com distribuição incompatível, sendo que o registro em questão deve ser revertido à Dendroplex picus (Gmelin, 1788). Xiphorhynchus fuscus (Vieillot, 1818) arapaçu-rajado Donatelli (2005), Leuzinger (2009): menção em lista de espécies, sem circunstanciação. Distribuição incompatível. Furnariidae Philydor atricapillus (Wied, 1821) limpa-folha-coroado Ridgely & Tudor (1994): menção em obra de referência, sem circunstanciação. Rhynchocyclidae Phylloscartes eximius (Temminck, 1822) barbudinho Ridgely & Tudor (1994): menção em obra de referência, sem circunstanciação; a distribuição é incompatível. Tyrannidae Myiopagis flavivertex (Sclater, 1887) guaracava-de-penacho-amarelo Tubelis & Tomas (2003), Melo (2006): menção em lista de espécies, sem circunstanciação. Distribuição incompatível. Xolmis dominicanus (Vieillot, 1823) noivinha-de-rabo-preto Silva (1995): menção em lista de espécie, sem circunstanciação. Distribuição incompatível. Conopias trivirgatus (Wied, 1831) bem-te-vi-pequeno Tubelis & Tomas (2003), Donatelli (2005), Gimenes et al. (2007): menção em lista de espécies, sem circunstanciação. Distribuição incompatível. Pipridae Machaeropterus pyrocephalus (Sclater, 1852) uirapuru-cigarra Posso et al. (2008) menção em lista de espécies, sem circunstanciação. Distribuição incompatível Hirundinidae Prognesubis (Linnaeus, 1758) andorinha-azul Melo (2006), Nunes et al. (2010): a dificuldade de identificação exige material documental. Progne elegans Baird, 1865 andorinha-do-sul Melo (2006): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; a dificuldade de identificação exige material documental. Turdidae Turdus flavipes Vieillot, 1818 sabiá-una Ragusa-Neto (2002): indicação em nota de rodapé; a identificação de fêmeas é complicada e não há, na fonte original, nenhum detalhamento sobre o contato. Emberizidae Haplospiza unicolor Cabanis, 1851 cigarra-bambu Posso et al. (2009): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; distribuição incompatível. Tiaris fuliginosus (Wied, 1830) cigarra-do-coqueiro Leuzinger (2009): citação em lista de espécies, sem circunstanciação. Coryphospingus pileatus (Wied, 1821) tico-tico-rei-cinza Hass (2004): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; a distribuição é incompatível. Icteridae Agelasticus thilius (Molina, 1782) sargento Melo (2006): menção em lista de espécies, sem circunstanciação; distribuição incompatível. ).

Algumas espécies poderiam ser consideradas como ocorrentes no Mato Grosso do Sul pelos registros na Reserva Biológica de Mbaracayú ( Pérez & Colman, 1995Pérez, V. & Colman, J. 1995. Avifauna de las areas protegidas de Itaipu. I. Aves del Refugio Biologico Mbaracayu, Salto de Guayra Paraguay. Biota 4:1-4.), tal como sugerido por Bornschein (2000Bornschein, M. R. 2000. É igualmente brasileiro o registro de Pseudocolopteryx dinellianus (Passeriformes: Tyrannidae) para o Refúgio Biológico de Maracaju, uma reserva binacional (Paraguai-Brasil). Nattereria 1:23-24.). No entanto, em se tratando de uma área protegida binacional cujos limites ainda não foram acordados no contexto territorial do Brasil e Paraguai, e pelo fato dos pontos específicos de contato merecerem o devido resgate, esses táxons adquiriram uma situação provisória ( Straube, 2003Straube, F. C. 2003. Bases legais para a identificação dos limites territoriais do Brasil na fronteira com o Paraguai e suas implicações para a consideração de registros ornitológicos. Ararajuba 11(1):131-145.). Nesse sentido enquadram-se Podicephorus major (Boddaert, 1783); Gallinula melanops (Vieillot, 1819); Chaetura cinereiventris Sclater, 1862; Stephanoxis lalandi (Vieillot, 1818); Pteroglossus bailloni (Vieillot, 1819); Pseudocolopteryx dinelliana Lillo, 1905; Pygochelidon melanoleuca (Wied, 1820); Tachycineta leucopyga (Meyen, 1834); Anthus hellmayri Hartert, 1909; Agelasticus thilius (Molina, 1782) e Euphonia pectoralis (Latham, 1801).

Em virtude do ineditismo desta lista não é possível comparar riquezas nem avanços no conhecimento ornitológico do estado. No entanto, a avifauna sul-matogrossense pode ser considerada bastante diversificada, pois apesar da grande extensão territorial, essa unidade da federação não possui litoral, tampouco condições orográficas com expressivo gradiente altitudinal, tal como verificado nas porções atlânticas dos estados de São Paulo ( Silveira & Uezu, 2011Silveira, L. F. & Uezu, A. 2011. Checklist das aves do Estado de São Paulo, Brasil. Biota Neotropica 11(1a):1-28. Disponível em: < http://www.biotaneotropica.org.br/v11n1a/pt/abstract?inventory+bn0061101a201>.
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), Paraná ( Scherer-Neto et al., 2011Scherer-Neto, P.; Straube, F. C.; Carrano, E. & Urben-Filho, A. 2011. Lista das aves do Paraná. Edição comemorativa do “Centenário da Ornitologia do Paraná”. Curitiba, Hori Consultoria Ambiental. 130p.) e Rio Grande do Sul ( Bencke, 2001Bencke, G. A. 2001. Lista de Referência das Aves do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. 104p.), que contam com 793, 744 e 624 espécies, respectivamente.

Por outro lado, o Mato Grosso do Sul abriga fitofisionomias e paisagens únicas no Brasil, tais como o Pantanal, o Chaco e os Bosques Chiquitanos. O primeiro deles corresponde a uma vasta depressão inundável do rio Paraguai, que no estado ocupa grande parte do território fronteiriço com a Bolívia e Paraguai. Nessa imensa depressão predominam as áreas abertas (campo cerrado, campos de gramíneas nativas e/ou exóticas, corixos, vazantes, baías e salinas) e, em menor proporção, os ambientes florestais, ali representados por cordilheiras (cerradão e floresta semidecídua), capões e matas de galeria ao longo do rio Paraguai e seus principais afluentes ( Straube & Pivatto, 2012Straube, F. C. & Pivatto, M. A. C. 2012. O Pantanal do Mato Grosso do Sul: destino para a observação de aves. Atualidades Ornitológicas 167:33-50.).

Na borda oeste da planície do Pantanal o Bosque Chiquitano, um tipo especial de fitofisionomia típica da Bolívia, adentra o território brasileiro e cobre grande parte da Serra do Amolar e os morros de calcário no entorno do município de Corumbá ( Vasconcelos & Hoffmann, 2006Vasconcelos, M. F. & Hoffmann, D. 2006. Os Bosques Secos Chiquitanos também são nossos! Atualidades Ornitológicas 130:10-11.). Ainda na borda oeste, destaca-se o Maciço do Urucum, que exibe uma considerável variedade de tipos fitofisionômicos os quais reúnem elementos típicos de vários biomas (Cerrado, Chaco, Bosques Chiquitanos e Mata Atlântica), com predomínio de florestas estacionais semideciduais submontanas, seguidas das florestas estacionais deciduais submontanas e, em menor representatividade, os campos das altitudes mais elevadas ( Pott et al., 2000Pott, A.; Silva, J. S. V.; Salis, S. M.; Pott, V. J. & Silva, M. P. 2000. Vegetação e uso da terra. In: Silva, J. S. V. org. Zoneamento ambiental da borda oeste do Pantanal: Maciço do Urucum e adjacências. Brasília, Embrapa , Comunicação e Transferência de Tecnologia, p.111-131.).

A região fronteiriça com o Paraguai, no município de Porto Murtinho, a Província Chaquenha marca o limite oeste do Pantanal com presença de dois componentes básicos ( Adámoli, 1986Adámoli, J. 1986. Fitogeografia do Pantanal. In: Anais do I Simpósio sobre recursos naturais e socioeconômicos do Pantanal. Brasília, Embrapa, Ministério da Agricultura, p.105-106.): o “chaco seco” com predominância de vegetação decídua e espinhenta (diversas espécies de bromélias e cactos, bem como espécies arbóreas, notadamente aquelas do gênero Prosopis L.) e o “chaco úmido”, com florestas (quebrachais Schinopsis balansae Engl. e Aspidosperma quebracho-blanco Schltdl.) e savanas (carandazais Copernicia alba Morong.) ( Straube & Di Giácomo, 2007Straube, F. C. & Di Giácomo, A. 2007. Avifauna das regiões subtropical e temperada do Neotrópico: desafios biogeográficos. Ciências do Ambiente 35:137-166.).

Não obstante seja necessário mencionar tais situações, ressalta-se o Cerrado como o bioma mais influente na porção central e leste do estado, estendendo seus domínios até a borda leste do Pantanal (Serra de Maracaju) com predominância de fitofisionomias como cerradões (savana florestada), florestas estacionais semideciduais, vegetação ripária (mata de galeria e mata ciliar) e veredas ( Adámoli, 1986Adámoli, J. 1986. Fitogeografia do Pantanal. In: Anais do I Simpósio sobre recursos naturais e socioeconômicos do Pantanal. Brasília, Embrapa, Ministério da Agricultura, p.105-106.). A Serra de Maracaju atravessa todo o território no sentido norte-sul, atuando como um divisor de águas entre as bacias hidrográficas dos rios Paraguai (a oeste), e Paraná (a leste) ( Boggiani et al., 1998Boggiani, P. C.; Coimbra, A. M.; Riccomini, C. & Gesicki, A. L. D. 1998. Recursos minerais não-metálicos do Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Revista do Instituto Geográfico de São Paulo 19(1/2):31-41.).

As florestas meridionais ou atlânticas e suas transições, embora atualmente reduzidas a pequenos fragmentos, se fazem presentes na região sul de Mato Grosso do Sul e se estendem até o sudeste do estado (limite oeste da Província Atlântica), na planície alagável do alto rio Paraná ( Veloso & Strang, 1968Veloso, H. P. & Strang, H. E. 1968. Aspectos da fitofisionomia do sul do Estado de Mato Grosso. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz 68(1):77-88.; Gimenes et al., 2007Gimenes, M. R.; Lopes, E. V.; Loures-Ribeiro, A.; Mendonça, L. B. & Anjos, L. 2007. Aves da planície alagável do alto rio Paraná. Maringá, Editora da Universidade Estadual de Maringá. 281p.). Na região do alto rio Paraná, a paisagem destaca-se pelos amplos canais anastomasados com reduzida declividade, ora com vasta planície inundável e grande acúmulo de sedimento em seu leito, originando pequenas ilhas, ora com ilhas grandes e planície alagável mais restrita ( Gimenes et al., 2007Gimenes, M. R.; Lopes, E. V.; Loures-Ribeiro, A.; Mendonça, L. B. & Anjos, L. 2007. Aves da planície alagável do alto rio Paraná. Maringá, Editora da Universidade Estadual de Maringá. 281p.).

Essa notável variedade de condições propicia também a diversidade de paisagens verificada no Mato Grosso do Sul, aspecto que se revela como causa direta para a riqueza de espécies de aves listadas nesse estudo. Excetuando-se a tiriba-fogo ( Pyrrhura devillei), que em território nacional ocorre somente em restrita área do Mato Grosso do Sul, de modo geral há ausência de endemismos.

As espécies aquáticas ou relacionadas a ambientes aquáticos representam 18% da comunidade de aves sul-matogrossense e estão concentradas principalmente no Pantanal e na planície de inundação do alto rio Paraná, na divisa com os estados de São Paulo e Paraná. O Pantanal abriga as maiores populações de aves aquáticas continentais ocorrentes no Brasil ( Nunes & Tomas, 2008Nunes, A. P. & Tomas, W. M. 2008. Aves migratórias e nômades ocorrentes no Pantanal. Corumbá, Embrapa-CPAP. 124p.). Vinte e sete espécies, a maioria maçaricos (Scolopacidae), inverna no Mato Grosso do Sul por ali passam durante seus deslocamentos do Hemisfério Norte em direção à Patagônia e vice-versa. Os visitantes meridionais (aves neotropicais) partindo da Argentina, Chile, Uruguai e extremo sul do Brasil (Rio Grande do Sul) atingem áreas mais ao norte do continente Sul Americano, como Colômbia e Venezuela ( Sick, 1983Sick, H. 1983. Migrações de aves na América do Sul continental. Brasília, Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal. 86p.).

O Estado do Mato Grosso do Sul conta com 18 espécies ameaçadas de extinção em âmbito nacional, sendo 14 inclusas na categoria de vulnerável, três em perigo e uma criticamente ameaçada. Verifica-se, no entanto, que essa condição é frágil e inconsistente, ao menos no cenário estadual, uma vez que vários táxons de distribuição restrita e/ou com sérios problemas de conservação, devido em grande parte à perda de habitat, estão fora da lista brasileira de ameaçadas de extinção ( Silveira & Straube, 2008Silveira, L. F. & Straube, F. C. 2008. Aves ameaçadas de extinção no Brasil. In: Machado, A. B. M.; Drummond, G. M. & Paglia, A. P. eds. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Brasília, Ministério do Meio Ambiente /Fundação Biodiversitas, p.379-666.). Listas de espécies ameaçadas são de extrema importância no planejamento de estratégias e na definição de prioridades para a conservação ( Gärdenfors, 2001Gärdenfors, U. 2001. Classifying threatened species at national versus global levels. Trends in Ecology and Evolution 16:511-516.). Desta forma, faz-se extremamente necessária e urgente a elaboração de uma lista de espécies ameaçadas para o Mato Grosso do Sul, através de ampla consulta e participação dos pesquisadores atuantes no estado, a exemplo do que tem sido realizado em vários outros estados brasileiros, como São Paulo ( Silveira et al., 2009Silveira, L. F.; Benedicto, G. A.; Schunck, F. & Sugieda, A. M. 2009. Aves. In: Bressan, P. M.; Kierulff, M. C. M. & Sugieda, A. M. coord. Fauna ameaçada de extinção no Estado de São Paulo. Vertebrados. São Paulo, Governo do Estado de Minas Gerais/Secretaria do Meio Ambiente, Fundação Parque Zoológico de São Paulo, p. 87-283.) e Paraná ( Straube et al., 2004Straube, F. C.; Urben-Filho, A. & Kajiwara, D. 2004. Aves. In: Mikich, S. B. & Bérnils, B. S. eds. Livro vermelho da fauna ameaçada no estado do Paraná. Curitiba, Instituto Ambiental do Paraná, p.145-496.).

Principais grupos de pesquisa. A Ornitologia contemporânea no Estado do Mato Grosso do Sul já é uma das mais destacadas no Brasil e, embora grande parte do conhecimento até então gerado se concentre na planície do Pantanal, esforços gradativamente direcionados a diversas outras regiões do estado, caracterizam-na como emergente em pleno desenvolvimento, inclusive pelo início e desenvolvimento de grupos institucionalizados.

A unidade que mais se destaca nesse sentido é a Empresa Brasileira de Desenvolvimento Agropecuário (Embrapa-Pantanal), sediada em Corumbá para onde, graças aos inúmeros trabalhos ali desenvolvidos desde a década de 1980, converge a maior parte do conhecimento da composição estadual. Essa condição, inclusive, tem servido não somente para a produção de novas publicações sobre avifauna de localidades específicas, como para um projeto integrado e abrangente de compilação de obras instrumentais, dentre ela a Coletânea da avifauna do Estado do Mato Grosso do Sul (Nunes, et al., 2017Nunes, A. P.; Straube, F. C.; Laps, R. R. & Posso, S. R. 2017. Checklist das aves do Estado do Mato Grosso do Sul, Brasil. Iheringia, Série Zoologia 107: e2017154) que se encontra em fase final de preparação.

De igual importância merecem menção os estudos realizados pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), notadamente no campus de Três Lagoas, com destaque para os estudos realizados pelos ornitólogos Augusto João Piratelli, José Ragusa Netto e Sérgio Roberto Posso, cabendo a este último a responsabilidade pelo Laboratório de Ecologia, Sistemática e Conservação das Aves Neotropicais (LESCAN).

Não há como deixar de ressaltar a participação de outras universidades e demais instituições e centros de pesquisa que, embora sediados em outros estados brasileiros, se dedicam direta ou indiretamente a regiões limítrofes de seus territórios estaduais, com certa atenção nas áreas limítrofes que incluem o Mato Grosso do Sul. Graças a essas intervenções, vários setores passaram a ter sua avifauna mais conhecida, tais como a bacia do Rio Paraná (Museu de História Natural Capão da Imbuia/MHNCI, Universidade Estaduais de Londrina/UEL, Maringá/UEM e do Oeste do Paraná/UNIOESTE). Por sua importância como área úmida, o Pantanal também recebe com grande frequência a visita de estudiosos brasileiros e do exterior, por meio de projetos de organizações não governamentais empenhadas em estudos de migrações (Cemave, WWF-Brasil, Conservation International) ou de espécies ameaçadas. Em alguns casos, projetos financiados por várias entidades são sediados em pontos específicos (Fundação Neotropica, Ecotropica, projeto Arara Azul, Earthwatch, Fundação Boticário e Fundect).

O ecoturismo em geral e a observação de aves em particular é um elemento não somente importante como fundamental para a propulsão do conhecimento, ainda bastante preliminar, da avifauna do Mato Grosso do Sul. Situado em um dos polos turísticos mais importantes e promissores do Brasil, o Pantanal há muito tempo se destaca como área onde se concentram a maiora das visitas de observadores de aves no Mato Grosso do Sul ( Straube & Pivatto, 2012Straube, F. C. & Pivatto, M. A. C. 2012. O Pantanal do Mato Grosso do Sul: destino para a observação de aves. Atualidades Ornitológicas 167:33-50.). Outra importante fonte de conhecimento sobre a avifauna do Mato Grosso do Sul são os estudos técnicos e avaliações de impactos ambientais realizados em áreas de grandes empreendimentos tais mineradoras (e.g. Maciço do Urucum), indústrias de celulose, açúcar e álcool.

Principais acervos. Algumas instituições no exterior abrigam vários exemplares do Mato Grosso do Sul, dentre elas o Museum of Comparative Zoology (MCZ, Cambridge, EUA), o American Museum of Natural History (AMNH, Nova York, EUA), o The Field Museum of Natural History (FMNH, Chicago, EUA) e o National Museum of Natural History (NMNH, Washington, DC, EUA). No Brasil as principais coleções que guardam material ornitológico sul-matogrossense são o Museu de Zoologia (USP, São Paulo), o Museu Nacional (UFRJ, Rio de Janeiro) e o Departamento de Zoologia da Universidade Federal de Minas Gerais (DZUFMG, Minas Gerais). Há alguns exemplares depositados no Museu de História Natural Capão da Imbuia (MHNCI, Paraná), na Universidade Estadual de Londrina (UEL, Paraná), coleção da Fundação Museu de Ornitologia (FMO, Goiás) e no Laboratório de Ecologia, Sistemática e Conservação das Aves Neotropicais (UFMS, Três Lagoas). Ainda há um grande problema, extensível à literatura, que é o resgate de certas informações antigas de espécimes, em cujo campo de localidade de coleta consta apenas “Mato Grosso”. Investigações futuras dos itinerários de coletores, especialmente se os exemplares estiverem acompanhados de data de coleta, poderão elucidar muitas dessas situações.

Principais lacunas de conhecimento e perspectivas de pesquisa em Ornitologia para os próximos 10 anos. Ainda existem grandes lacunas de conhecimento sobre a avifauna de Mato Grosso do Sul, notadamente em regiões limítrofes com o Paraguai (Chaco) e a Bolívia (Bosques Chiquitanos), bem como o Pantanal (sub-regiões Taquari e rio Taquari) e áreas limítrofes com o estado de Goiás. Tais regiões merecem atenção em futuros estudos e levantamento avifaunísticos, pois várias espécies de aves têm elevado potencial de ocorrência em território sul-matogrossense. Nesse sentido enquadram-se Micropygia schomburgkii (Schomburgk, 1848) e Sporophila minuta (Linnaeus, 1758), espécies ocorrentes no Parque Nacional de Emas ( Hass, 2004Hass, A. 2004. Aves. In: Plano de Manejo do Parque Nacional das Emas (IBAMA). Brasília, Ministério do Meio Ambiente, p. 2.19-2.25.), situado na região limítrofe de Goiás e Mato Grosso do Sul. No Chaco brasileiro há elevado potencial de ocorrência de Eleothreptus anomalus (Gould, 1838), Amazona vinacea (Kuhl, 1820) e Chaetura cinereiventris Sclater, 1862; ambos os táxons já foram confirmados como ocorrentes em algumas localidades no Paraguai, situadas a poucos quilômetros da fronteira com o Mato Grosso do Sul.

Agradecimentos

Agradecemos a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciências e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect) e a Superintendência de Ciências e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Sucitec/MS) pelo convite de participação neste fascículo especial da Iheringia, Série Zoologia e o suporte financeiro para sua publicação; e a todos os pesquisadores que forneceram informações importantes sobre a avifauna de Mato Grosso do Sul: Maurício Neves Godoi, Dante R. C. Buzzetti, Sáuria L. R. Castro, Reginaldo J. Donatelli, Claudenice Faxina, Diego Hoffmann, Iêda M. Novaes Ilha, Edson Vargas Lopes, Alyson Melo, José Carlos Morante Filho, Eduardo W. Patrial, Augusto João Piratelli, Maria Antonietta C. Pivatto, José Ragusa-Netto, Luís Fábio Silveira, Walfrido M. Tomas, Alberto Urben-Filho e Marcelo Ferreira de Vasconcelos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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  • Aguirre, A. C. & Aldrighi, A. D. 1983. Catálogo das aves do Museu da Fauna. Rio de Janeiro, IBDF. vol. I. 143p.
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Apêndice 1.

Lista terciária
das aves do estado do Mato Grosso do Sul, Brasil.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    2017

Histórico

  • Recebido
    21 Nov 2016
  • Aceito
    06 Fev 2017
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