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Macroivertebrados sob perturbações hidrológicas estocásticas em riachos de Cerrado do Brasil Central

No Cerrado, onde o regime pluviométrico é bem definido, as chuvas tem um importante papel no controle da vazão dos riachos e, por consequência, sobre a estruturação da fauna de macroinvertebrados. Apesar dos efeitos das chuvas associados à sazonalidade serem bem estudados, pouco se sabe a respeito dos efeitos de chuvas estocásticas sobre a comunidade. No presente estudo nós avaliamos a estrutura e a composição faunística de quatro riachos de primeira ordem no Brasil Central na estação seca em dois anos, com e sem chuvas estocásticas. A amostragem da comunidade foi feita através da colonização de placas de polietileno de alta densidade (PEAD), removidas após um mês submersas nos riachos. A Análise de Variância (ANOVA) realizada não indicou diferença da riqueza rarefeita entre os dois períodos coletados, diferente da densidade numérica de organismos que se mostrou maior no período em que não houve perturbação; além disso, a Análise de Correspondência Destendenciada (DCA) revelou diferenças na composição faunística entre os dois períodos. Nossos resultados indicam que as chuvas estocásticas são um importante fator na estruturação da fauna de macroinvertebrados na região estudada.

Chuva; estrutura faunística; riqueza rarefeita; densidade numérica; fauna bentônica


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