RESUMO
Introdução:
Dados nacionais sobre o tratamento dialítico crônico são essenciais para a elaboração de políticas de saúde que almejem melhora no tratamento dos pacientes.
Objetivo:
Apresentar dados do inquérito da Sociedade Brasileira de Nefrologia sobre pacientes com doença renal crônica dialítica em julho de 2018, fazendo análise comparativa dos últimos 10 anos.
Métodos:
Coleta de dados a partir das unidades de diálise, com preenchimento de questionário on-line referentes a 2018. Foram comparados dados de 2009, 2013 e 2018.
Resultados:
288 (36,6%) centros responderam ao questionário. Em julho de 2018, o número total estimado de pacientes em diálise foi de 133.464. Estimativas das taxas de prevalência e incidência de pacientes em tratamento dialítico por milhão da população (pmp) foram de 640 e 204, respectivamente, com médias de aumento anuais de 23,5 pmp e 6 pmp para prevalência e incidência, respectivamente. Taxa anual de mortalidade bruta foi de 19,5%. Dos pacientes prevalentes, 92,3% estavam em hemodiálise e 7,7%, em diálise peritoneal, com 29.545 (22,1%) em fila de espera para transplante. Concentração mediana de bicarbonato no banho de hemodiálise foi de 32 mEq/L. Cateter venoso era usado como acesso em 23,6% dos pacientes em hemodiálise. Taxa de prevalência de sorologia positiva para hepatite C apresentou redução progressiva (3,2%).
Conclusão:
Número absoluto de pacientes e taxas de incidência e prevalência em diálise no país aumentaram substancialmente no período, embora haja diferenças consideráveis nas taxas por estado. Tem havido persistente aumento no uso de cateter venoso como acesso para diálise; e redução de pacientes com sorologia positiva para hepatite C.
Palavras-chave:
Censos; Falência Renal Crônica; Epidemiologia; Diálise Renal; Diálise Peritoneal; Brasil