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Micrometástases de carcinoma da mama em linfonodos axilares: detecção por imunoistoquímica versus hematoxilina e eosina

Micrometastasis in axillary lymph node in breast cancer: immunohistochemistry versus hematoxylin and eosin detection

INTRODUÇÃO: Os métodos de detecção e o significado prognóstico das micrometástases (Mic-Met) em linfonodos axilares (LA) de pacientes com carcinoma mamário invasor são controversos na literatura. OBJETIVOS: Comparar a detecção de micrometástases de carcinoma mamário em LA através de segunda revisão de lâminas coradas por hematoxilina e eosina (HE) e comparar com a detecção imunoistoquímica (IHQ) e seu impacto no restadiamento das pacientes. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram estudados 190 casos de carcinoma mamário inicialmente diagnosticados como linfonodo-negativos, com reavaliação dos linfonodos em lâminas coradas por HE e IHQ para pancitoqueratina (clone AE1/AE3) e método streptavidina-biotina-peroxidase (LSAB+). RESULTADOS: Foram revistos 2.868 linfonodos corados por HE (média = 15,1 linfonodos/paciente) e 2.444 linfonodos corados por IHQ (média = 12,9 linfonodos/paciente). Micrometástases foram detectadas em 28/190 casos, sendo que a detecção por IHQ (25/190 casos; 13,2%) foi superior à detecção por HE (14/190 casos; 7,4%). A revisão de lâminas coradas por HE apresentou boa especificidade (98,2%), mas baixa sensibilidade (44%) em relação à IHQ (considerada padrão-ouro). Conclusão: A detecção de Mic-Met foi maior por imunoistoquímica do que por segunda leitura de lâminas, e gerou mudança no estadiamento de 28 pacientes (14,7%).

Micrometástases; Carcinoma; Mama; Imunoistoquímica; Hematoxilina-eosina


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