RESUMO
Introdução:
A pseudotrombocitopenia constitui importante fonte de problemas pré-analíticos no laboratório clínico, por isso deve ser corretamente avaliada. Baixas contagens de plaquetas espúrias podem levar a suspeitas diagnósticas equivocadas.
Objetivo:
Este estudo se propôs a estudar a resolução da pseudotrombocitopenia na rotina de laboratório de análises clínicas pela padronização do uso de vortex.
Métodos:
Trata-se de um estudo transversal analítico e quantitativo, apresentando-se dentro de uma abordagem de cunho experimental, o qual envolveu 45 amostras pseudotrombocitopênicas divididas em três grupos e submetidas a agitação com vortex nos tempos de 1, 2 e 3 minutos.
Resultados:
Durante a realização do estudo, foram realizados 28.435 hemogramas, sendo 56 (0,196%) amostras confirmadas com a presença de agregados plaquetários. Os tempos de 2 e 3 minutos normalizaram a contagem de plaquetas (maior que 150.000/µl), em dois terços das amostras testadas. Plaquetas, índice de hemólise, amplitude de distribuição das plaquetas (PDW) e volume plaquetário médio (VPM) apresentaram diferença de média estatisticamente significativa (p < 0,05) após o tratamento com vortex em todos os tempos testados.
Conclusão:
Os tempos de 2 e 3 minutos foram os mais eficazes na resolução da pseudotrombociopenia, contudo, o tempo de 2 minutos deve ser utilizado por ter produzido menores efeitos sobre a membrana eritrocitária.
Unitermos:
trombocitopenia; contagem de plaquetas; técnicas de laboratório clínico; automação laboratorial